domingo, 21 de maio de 2017


Volumes Iguais das Naturezas

 

                            O raio da Terra é de 6.372 km e como a fórmula de volume é V = 4πR3/3 temos V (físico-químico) = 1,08. 1012 km3 (em ordem de grandeza 1012 km3) até duas casas decimais (pois pi = 3,141592...). Supondo que 1/3 dos 510 milhões de km2 da superfície da Terra sejam as terras emersas, isso constituiria 170 milhões de km2, das quais estimei 90 milhões são as terras sem desertos de água e gelo. Dizem na Internet que apenas 50 milhões de km2 podem ser efetivamente ocupados pelo ser humano. Conservando minha estimativa e acreditando que a massa viva compactada naquela área fosse de um metro de espessura (o que será muito), teremos volume vivo V (b/p.2) de 90 mil km3 (em ordem de grandeza 105 km3) e V (f/q) /V (b/p.2) = 1012/105 = 107. Tomando cada um dos 6,3 bilhões e seres humanos como tendo 70 kg (é muito, considerando as crianças), teríamos 4,41. 1011 kg (não podemos considerar só o cérebro na dimensão psicológica/p.3 PORQUE cérebros sem corpos não funcionam) como sendo o peso de todos os seres humanos. Um km3 tem 109 m3 (103 x 103 x 103). O peso de um m3 de água é uma tonelada. Um dm3 de água é um kg. Um m3 é 10.10.10 dm3 = 103 dm3. Assim, um km3 = 1012 dm3 = 1012 kg (de água). Assim, toda aquela massa humana é menos de metade de um km3.

                            Teríamos esta relação: V (f/q) / V (b/p.2) / V (p/p.3) = 1012 / 105 / 0,5 = 10.000.000 / 1 / 0, 000.005 (dez milhões para um, para cinco milionésimos). Ainda que a natureza zero físico-química seja muito maciça ela é evidentemente menos importante que a biológica/p.2, embora a proporção desta para aquela em massa seja de um para dez milhões. E ainda que a natureza um, biológica/p.2 seja muito mais volumosa que a psicológica/p.3 esta é, evidentemente, mais preciosa, que pese os raciocínios dos amebianos.

                            Supondo que as relações (isso é falso, dado que não tomamos os volumes do sistema solar e dos vazios interestelares, mas só para simplificar) seja 107 / 1 / 10-7, veja só que cada natureza multiplica (ou divide) a outra por 10 milhões. Assim, a natureza psicológica/p.3 seria DEZ MILHÕES DE VEZES TÃO VALIOSA quanto a biológica/p.2 e esta o mesmo tanto em relação à física/química. Nesta o volume é muito grande, porém a escala racional é nula.

                            Você vê, volume não é documento.

                            Vitória, sábado, 28 de fevereiro de 2004.

Vacuômetro

 

                            Vácuo é relativo a vazio e metro a medida, medidor-de-vazio.

                            Gabriel e eu estávamos no supermercado e ele zombou dos idiotas que colocam “alto vácuo” nas embalagens de café.

                            De fato, é incorreto mesmo.

                            Porque o vácuo, assim como a gravidade que não zera nunca, efetivamente, também nunca é perfeito. Vácuo é vazio, não existe “alto vazio”, porque vazio é não-ter; seria como dizer “alto zero”, por contraste supostamente havendo um “baixo zero” e vários zeros intermediários. Vácuo seria θ = 0, para usar essa letra grega, teta, para indicar o vazio, aquele que é total mesmo e não pode ser obtido (isso rende uma discussão). Poderíamos até adotar uma convenção para indicar as várias relações nas tentativas de atingir V0. Θ1 = 10-10, θ2 = 10-9 e assim por diante, dividindo-se por potências de dez, qualquer coisa do estilo, indicando o estado de rarefação ou divisão molecular a um padrão relacional. Porque, é evidente, o vazio é uma relação com o cheio e se o cheio não for marcado não saberemos de qual vazio estamos falando.

                            Só porque são comerciantes, os pobres devem ser deixados em estado de ignorância? Não, não é? Os tecnocientistas deveriam intervir para adotar um padrão-de-simbolização que pudesse ser estampado nos rótulos das embalagens de todo gênero de produto “embalado a vácuo”, dizendo-se precisamente de que tipo seria ele. Os T/C deveriam se pronunciar para ajudar essa gente. Ficam lá nos laboratórios e nos escritórios das universidades e não se interessam pela vida prática. Do outro lado os comerciantes, não sabendo como se pronunciar corretamente, fazem e dizem qualquer coisa que lhes vem à cabeça.

                            Vitória, sábado, 28 de fevereiro de 2004.

Terapia de Choque

 

                            Imaginei a seguinte situação para filmes, um piloto e seriado, se emplacar: em qualquer situação, de pessoa que não vê mais motivos para continuar vivendo, achando tudo ruim na vida, ela é levada a uma determinada clínica onde prometem a cura e vai achando que será só mais uma “terapia de choque”, de eletrochoques, mas essa é diferente. Lá esse indivíduo (homem ou mulher) muda sua mente para um outro corpo. Pode ser um aleijado, um anão, se branco para preto ou vice-versa, para mulher ou homem (se homem ou mulher), para pobre ou rico, sempre alguma situação que essa pessoa julgará de início adversa ou benéfica.

                            Quando ela acorda da injeção, eis que está em outro corpo com o qual terá de aprender a viver. De nada adiantará dizer que é outra pessoa, que o corpo certo não é aquele, vão levar à conta de paranóia associada a tratamento psiquiátrico, até que ela se acostume. E verá com o tempo que há muitas gratificações, adotando uma nova percepção-de-mundo, o que será lição também para os espectadores (que se verão dentro do novo corpo). Com isso poderemos esposar os pontos de vistas de várias frações desprestigiadas e abandonadas, percebendo melhor sua luta para sobreviver (a retratação deve ser A MAIS FIEL POSSÍVEL, construindo-se roteiros com base nas vidas dessas pessoas prejudicadas em relação às médias aprovadas).

                            Se for corpo de anão teremos condição de ver como os anões vivem (inclusive com as câmeras à altura dos olhos deles). Podemos encarnar as prostitutas, os cegos (quando a câmera estivesse nos olhos deles a tela ficaria escura, só com sons), os dementes, os índios, os aleijados tetraplégicos, os velhos, as crianças (algumas cenas muito tocantes ocorrerão) – devendo-se realizar pesquisas de como REALMENTE vivem as pessoas nessas condições. Podemos visitar situações de vida as mais disparatadas, sempre grandes dificuldades que só imaginamos, mas não sabemos mesmo como é viver nelas. Não deve ser ótica conformista, de modo algum, e sim a luta forte, grande batalha para cada um levar sua cruz.

                            Vitória, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004.

Supercaverna

 

                            Como vimos na coletânea A Expansão dos Sapiens a Caverna geral antiga onde os hominídeos viveram por 10 milhões de anos criou retroativamente em nós um cérebro-caverna, mais nas mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras que nos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores.

                            Na cabeça delas HÁ UMA CAVERNA, um grande buraco de estocagem na retaguarda do cérebro, e um olho que vê na frente, a boca da caverna, uma boca imensa, o que faz delas consumidoras eméritas. E, uma vez que provem elas não conseguirão não-levar; levarão obrigatoriamente, de forma que o PRIMEIRO OBJETIVO do vendedor (para as mulheres) é colocar algo nas mãos delas, fazê-las roçar a pele, degustar, além de mostrar coisas coloridas e chamativas.

                            Assim sendo, os supermercados e outros lugares ainda devem simbolizar as cavernas antigas com árvores, com córregos, com pedras, com tudo que, podemos imaginar, ficava no terreirão muito pisado diante delas; e com trilhas, céu azul (que significava poder sair), com indicação de tranqüilidade, com cheiros agradáveis, com sons de pássaros, com animais domésticos, entre os quais os gatos, de preferência. Enfim, os supermercados devem se parecer com os terreirões diante das cavernas. Como as cavernas certamente ficavam num lugar mais alto (pois de outro modo fatalmente alagariam) deve-se descer da “boca grande” delas para a área de compras mais abaixo, cujo significado mental é claro: vai-se à coleta e volta-se para a segurança mais no alto, longe das chuvas e das enchentes, para o lugar quente, sequinho e protegido.

                            Em resumo, se tudo isso é verdadeiro os supermercados de hoje são muito mal-planejados, embora tremendamente melhores, até fantasticamente melhores que os do passado recente. São melhores porque constituem evoluções das coisas mais antigas, mas estão longe de ser as coisas mais adequadas aos nossos espíritos. Pelo menos aos espíritos das mulheres. A questão dos homens é outra, bem diferente.

                            Vitória, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004.

Segundo Princípio

 

                            Observando como as pessoas nas repartições (tanto governamentais quanto empresariais, embora bem menos nestas) demoram a nos atender, podemos requisitar a instalação universal desse PRINCÍPIO-DO-ATENDIMENTO-NUM-SEGUNDO ou segundo-princípio (pois deve existir um primeiro-princípio – será talvez gostar de atender, para o quê deveríamos ser treinados).

                            Acho que os pesquisadores deveriam recorrer às pesquisas de campo nas repartições e em todos os lugares para medir quanto demora efetivamente o atendimento, colocando numa Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas. Para AMBIENTES (repartições dos órgãos internacionais, das nações, dos estados, dos municípios/cidades) e para PESSOAS (de empresas, de grupos e até atendimento familiar e individual). Era muito pior por telefone nas empresas, agora melhorou um pouco. Quanto destoa nos diversos mundos, de um a cinco? Em quanto tempo atendem nas empresas em que houve treinamento específico? Com que qualidade, isto é, qual o percentual de soluções de casos?

                            De fato, levando em conta que o coração bate uma vez em pouco menos de um segundo e tomando o segundo como unidade, deveria tudo que esperamos acontecer no máximo após um segundo, apenas, idealmente, embora, é claro, demore muito mais que isso. Com a banda larga uma música pode (6,4 megas) ser baixada a 256 KB/s (efetivos 1/8 ou 32 KB/s) em 200 segundos ou 3,33 minutos. Imagine que isso é 200 vezes o SP, um tempo longuíssimo – para ver como estamos distantes do que seria o melhor para nós. O ser humano não funciona em minutos e sim em segundos, senão em menos que isso, porque para o olho num segundo há 25 quadros e a mão é ainda mais veloz que os olhos. Há algo errado num mundo que tenta impingir às pessoas que baixar essa música em mais de três minutos é uma conquista excepcional (só se for em relação ao passado – mas, se ficarmos erguendo o passado como métrica, por quê não levantamos logo a bandeira primitiva?). Os governempresas precisam colocar a cabeça no lugar, pensar no SP com afinco e dedicação, deixando de arrotar falsas vitórias.

                            De fato, tudo é paquidermicamente, diplodocamente lento.

                            É irritante demais.

                            Vitória, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004.

Quem Quase Bateu em Einstein

 

                            Judeu alemão (1879 a 1955), Albert Einstein foi o mais célebre dos físicos do século XX, um dos maiores de todos os tempos e é conhecido de quase todos na Terra, tanto propagaram seu nome.

                            Dizem seus detratores (as pequenas cracas que se agarram à pele da imensa baleia e começam a piscar tentando chamar atenção para si à custa do corpo maior) que Einstein tinha uma relação tempestuosa com Mileva Maric, húngara, sua primeira esposa. Disseram mundos e fundos dele, com base nisso – uma vida inteira dedicada à prosperidade humana e esses criminosos se voltam para isso!

                            Pois bem, seria interessante escrever um livro contando as vezes em que os seres humanos minúsculos, por trivialidades (não quando tenham sido abertamente provocados) e insignificâncias quiseram bater e ferir os chamados “grandes seres” ou “grandes homens” por este ou aquele motivo ridículo. Seria interessante mirar os níveis (povo, lideranças, profissionais, pesquisadores, estadistas, santos/sábios e iluminados) para ver quantas vezes os de baixo bateram nos de cima a troco de nada, por ninharias, cheios de vontade humana falível, cheios de orgulhos e ódio, cheios de inveja e desamor, por todas aquelas questiúnculas que vimos de ver nessa curta vida humana que temos.

                            Todos aqueles 100 ou 1.000 ou 10.000 seres humanos mais significativos nesses 100 bilhões que dizem terem nascido, atingidos por todos que chegaram à idade adulta, todos que foram além dos 13 anos que, diz a Bíblia (coisa assim; a Bíblia diz tantas coisas!), passam além da inocência da infância. Quantas vezes os supostos grandes foram batidos ou quase batidos por este ou aquele? A vida na Terra é coisa das mais interessantes, pelo absurdo que comporta, de os pequenos seres baterem nos grandes. Ora, assassinar é fácil, é daqui para ali, TODOS sabem desconstruir. Construir é que é difícil.

                            Será um dos livros mais curiosos, ver como cada um desses grandes esteve no limiar de ser atingido (claro, nunca saberemos de tudo, porque a grande maioria dos eventos negativos não foi retratada).

                            Vitória, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2004.

Os Propagandistas de Adão

 

                            Se de fato, como está na seqüência da coletânea Adão Sai de Casa (siga a trilha), Adão e Eva e seus descendentes, pondo-se em guerra permanente contra o Serpente e seus descendentes desde que chegaram à Terra em 3,75 mil antes de Cristo, cooptaram os padres, estes estabeleceram as dinastias reinóis e os nobres ou militares ou matadores colocaram uma barreira, deve-se pensar que onde há guerra há propaganda. Os dois lados a fariam.

                            Do lado de Adão Tolkien colocou em O Senhor dos Anéis o caminhante (= CRISTO = ATLANTE = ADÂMICO = CELESTE = AUGUSTO) Aragorn ou Elessar (ambos = ADÃO, na Rede Cognata, veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas) como o rei Adão que retorna e os gondorianos (= CRISTÃOS = ATLANTES = ADEPTOS, etc.) como acossados a ponto de serem quase subjugados em Gondor (= CENTRO = GOVERNADOR, etc.). E há vários que colocam os elfos como bonzinhos, enquanto outros como maus. Seria preciso fazer uma pesquisa de fundo em toda a geo-história do planeta para ver quem esteve do lado de quem, um ou outro. O cinema hollywoodiano, por exemplo, que dizem ser propriedade dos judeus, está do lado de quem? Fica difícil pensar quem abertamente faria propaganda para o Serpente e sua Turma. Fica parecendo que a razão toda estava do lado de Adão e sua Turma. Os judeus, os árabes, os cristãos, os governos, toda a gente está trabalhando para quem? É curioso pensar que todo um mundo foi em 5,75 mil anos se colocando de um e de outro lado, é ou não é? Imagine só que tecido intrincado é esse! Onde se encaixam os iluminados (Cristo, Maomé, Moisés, Gandhi, Vardamana, Buda, Zoroastro, Lato Tse, Confúcio, Clarice Lispector e os demais)? E as empresas, estão acumulando para quem? Será que faz sentido pensar que um mundo inteiro trabalhou milhares de anos sob as rédeas de dois lados, ambos ocultos? De certeza só temos uma coisa: os padres e os reis trabalham para Adão e sua parte da conspiração, pois foram cooptados diretamente por Adão desde o começo. E ninguém pode negar que tenham sido bons propagandistas. Foram bons, foram mesmo excelentes.

                            Acho, aliás, que a Terra = TELA toda é um filme de Deus, que compôs a trama aproveitando a base natural de bilhões de anos da Terra para colocar no cenário os atores e atrizes, para um divertimento muito elaborado.

                            Vitória, sábado, 28 de fevereiro de 2004.