segunda-feira, 15 de maio de 2017


O Parabolóide Contentor de Vidro

 

                            O modelo do balde refere-se à inversão de sinais entre a gravidade da esfera e a inércia dele; quando fizermos girar o balde na ponta de uma corda com o equivalente inercial de g = 9,8 m/s, os materiais deverão assentar no balde na razão de suas densidades e volumes, os de maior densidade ficando no fundo. Com isso poderemos “ver” o interior da Terra, o que de fato estamos impedidos, porque são muitos milhares de quilômetros de profundidade, 6.372 km exatamente do raio da Terra.

                            Dentro do balde a água desenha um parabolóide de revolução. Como o balde é opaco por fora, para vê-lo detidamente por dentro podemos botar uma câmara descendo e subindo no eixo do balde e do PR. Ou, é claro, se o contentor, o que contém, for de vidro, podemos vê-lo de fora, mas a forma comum do balde pode deformar a visão, de modo que um balde-parabolóide transparente ou translúcido facilitaria tudo. Não dá para meter a cabeça dentro do balde para vermos com nossos olhos, mas se uma cadeira exterior girar à mesma velocidade do PCV a velocidade relativa deles será zero (à custa de tremendas acelerações para quem estiver sentado nela; mas pode valer a pena) e quem se aventure pode ter uma visão privilegiada, então podendo ver todo tipo de conjuntos de relações se estabelecer, seja esta da Terra, seja a de qualquer planeta real ou virtual do qual se queira conhecer o interior projetado ou estimado (porém muito próximo do real, desde que seja refinado o modelo). Evidentemente a corda não poderia romper-se, pois neste caso o sujeito sentado na cadeira receberia um petardo e morreria fatalmente. Depois as pessoas passarão do real ao virtual e já não haverá nada que o programáquina não possa fazer melhor que na realidade, mas no início alguns quererão usar esse artifício, que causará tremendo espanto compreensivo e impacto visual.
                            Vitória, domingo, 15 de fevereiro de 2004.

O Monte Adão

 

                            Seguindo a trilha de Adão Sai de Casa, podemos ver Adão chegando à Terra vindo de fora numa nave; o momento em que ele olha para dentro está posto no texto O Que Adão Viu ao Chegar (Livro 63) e o momento em que os de dentro olharam para a nave pela primeira vez, em puro terror, está colocado em A Chegada de Adão (neste Livro 66). Em Adão Visita os Povos (Livro 60) vimos que ele deve ter visitado todos os povos julgados úteis para os seus propósitos de longo prazo, determinando linhas de ação depois de cooptar os padres.

                            Certamente ele não ia a pé nem de barco, dispondo de uma nave espacial que podia vencer distâncias de 300 anos-luz (Canopus fica a 323 anos-luz do Sol) em tempo hábil. Como imaginei, deve ter deixado a grande nave estacionada fora da Terra (ela ainda está lá, escorada nalgum lugar bem moitado, para ser descoberta pelo chamado Herdeiro de Adão, digamos assim). Ia numa nave menor, vencendo grandes distâncias em tempos mínimos. Ia, e voltava, voltava sempre para o mesmo lugar, sua base operacional, que já vimos em Adão se Defende das Feras (Livro 63) devia se situar num lugar alto, de fácil defesa, com muros altíssimos levantados para a defesa contra as feras (e, como eram frágeis no ambiente alienígena da Terra, os muros conservarão buracos das traves de sustentação da rede de cobertura). Acontece que monte Olimpo é cognato na Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas) de MONTE ADÃO = MONTE CUME = MUNDO 0/LIMPO (que-não-é-limpo, sujo = POLÍTICO = PODER, etc.), sendo L cheio, consoante.

                            Pode ser que os gregos tivessem colocado a montanha mais alta das redondezas como sendo o monte Olimpo e ele estivesse alhures, o que a língua simultânea de Deus vai apontar numa ou em mais de uma das línguas atuais. Em todo caso não será necessariamente a maior montanha da Terra porque os padres (e, raras vezes, os reis e demais dignitários) deviam ir lá vê-los e pegar instruções durante 2,15 mil anos (de 3,75 a 1,60 mil anos antes de Cristo) com certa freqüência. Presumo que ele se situasse na Suméria, pois os gregos são tardios (duns mil e quinhentos antes de Jesus para frente), então deve existir por lá um monte corriqueiramente escalável onde podem ser encontradas tais construções com os muros ciclópicos. As pessoas vão sempre pensar que estando associados aos “deuses” deve ser montanha muito alta, mas estarão enganadas, pois a utilidade lógica vem primeiro.
                            Vitória, domingo, 15 de fevereiro de 2004.

O Macho Adulto Fala

 

                            Já vimos que no Modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras os guerreiros não constituíam mais que 10 a 20 %, no máximo, da população (veja as contas em Amontoado Feminino, neste Livro 66), constituindo, portanto, um adendo, um acessório, um anexo ao grupão inteiramente auto-suficiente. De início as mulheres inventaram quase tudo, exceto os materiais de caça; da aritmética às plantações, dos vasos à domesticação, da armazenagem, dos açudes às camas, quase tudo mesmo.

                            De modo que fica parecendo que os homens ERAM MANDADOS em expedições, “paus-mandados” (como cachorros que correm atrás de galhos), como dizia depreciativamente meu pai dos políticos. Existia uma bola imensa, de 80 ou 90 %, e uma bola menor que lhe era agregada, de 20 ou 10 %, e que era enviada para trazer cargas de proteínas que faltavam. Desconheciam tudo, foram dominados por 10 milhões de anos.

                            Mas, quando as mulheres inventaram a agropecuária/extrativismo inicial começou a sobrar tempo e os homens já não precisavam sair tanto, com isso podendo pensar com afinco. O nomadismo (veja neste Livro 66 A Caverna-Tenda), tirando as mulheres das cavernas para viverem em tendas que migravam, depois consolidadas em casas construídas pelos homens nas primeiras cidades, transferiu o poder das mulheres para os homens porque o fragmentou; as mulheres não eram mais 90 para 10, caminharam para a família 50/50. E os homens começaram a apresentar soluções cada vez mais aprimoradas, que nos colocaram à frente do poder coletivo crescente, até que o poder em algum instante passou de matriarcal a patriarcal.

                            Como sabemos do modelo as pseudofêmeas são 5 % do total de homens, daí 2,5 % do total de gente; em 10 % 0,5 % e em 20 % 1 %, de modo que realmente tinham de se calar, não podiam falar muito diante da maioria, representada então pelos machos.

                            Ora, aquilo mesmo que era prejudicial - como dizem a dialética, o TAO e o modelo, ou seja, estar na proporção de 10/90 ou de 20/80 - passou a ser favorável e os machos adultos, treinados em dor-de-batalha e em sangue-de-guerra-de-caça puderam falar e FALAR ALTO, pela primeira vez na geo-história do mundo. Deve ter sido um acontecimento notável, que ainda precisa ser avaliado. Então começaram a falar na proporção de 1/9 ou de 2/8, quer dizer, qualquer sussurro dos machos passou a trovejar.

                            Vitória, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004.

O Grande Útero que nos Criou

 

                            Veja que pela nossa perspectiva na coletânea A Expansão dos Sapiens é de que os primatas venham existindo desde 100 milhões de anos; os hominídeos por 10 milhões de anos antes de desaparecerem; e seus herdeiros sapiens, nós, por 100, 50 ou 35 mil anos, segundo os dizeres dos cientistas.

                            ASSIM

·        PRIMATAS

100 MILHÕES DE ANOS

·        HOMINÍDEOS

10 MILHÕES DE ANOS

·        SAPIENS

100, 50 OU 35 MIL ANOS

·        CIVILIZAÇÃO

Os primatas estavam, como ainda estão, nas florestas; os sapiens foram os criadores de cidades, a partir das tendas, veja neste Livro 66 A Caverna-Tenda, A Escola Primata, A Inauguração dos Hominídeos, A Ponte Hominídea. Então, “subitamente”, há 10 mil anos, nasceram as cidades, tendo se passado “apenas” 90, 40 ou 25 mil anos. O que houve nesse meio-tempo? Nesse interstício, o que aconteceu?

Aconteceram as cavernas.

Pegue o último primata que não era ainda hominídeo: ele se encontrava na floresta, como todos antes e todos depois até o nosso tempo; o primeiro primata que foi simultaneamente hominídeo entrou numa determinada caverna com sua família e ele e seus descendentes criaram os grupos e as empresas, como mostrado.

O que as cavernas fizeram de diferente? Elas separaram aquele primeiro hominídeo de todos os demais e tornaram a ele e seus descendentes todos, inclusive nós, inimigos das demais espécies, separados, apartados, distante, predadores onívoros implacáveis e criadores de civilização. A língua gutural tornou-se língua acumuladora, os objetos apareceram, o fogo foi domesticado, veio a roda e tudo que se sucedeu. Nascemos, através das tarefas DE SEPARAÇÃO dos hominídeos. Eles nos distanciaram irremediavelmente dos ambientes pré-sapiens. Eles fizeram a grande obra que nenhuma espécie tinha conseguido ainda: sair da floresta, o que fez toda diferença.

Vitória, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004.

Mimetismo Racional

 

                            A gente vê na TV certos convidados falando de tal ou qual profissão e assunto com tanta empolgação e certeza que dá para confundir, é como se eles estivessem tendo as idéias ali, na hora e no minuto mesmo, e não fosse coisa requentada; é como eu pensava no início. Depois comecei a reparar que esses pseudo-raciocínios são semelhantes ou iguais aos verdadeiros que são encontrados nos livros, de modo que podemos falar mesmo de um tipo de gente que imita a racionalidade, mas com uma perfeição tão grande que quem não conheça é enganado ou até têm prazer em se deixar enganar.

                            Aquelas mulheres da educação imitando Piaget é qualquer coisa de tocar o coração! E certos psicanalistas, com argumentos requentados de Freud, de Jung (inclusive o “inconsciente coletivo” transmutado em “memória genética”, sem qualquer explicação, deixando-se ficar no ar como se fosse uma fruta verdadeira a colher e saborear), de Lacan, de Reich, de quem quer que seja, apresentando-se na TV dando lições a torto e a direito com tanta falsa-dignidade que é mesmo fenomenal! Quem vê assim não pode acreditar que ali não haja um grama de raciocínio autêntico, de transbordamento da taça, de audácia, de arremetimento rumo ao desconhecido, que seja tudo repetição, mudando o que deve ser mudado apenas plágio, alteração de pequenas porções, como é sugerido jocosamente no livro de Peter Gammond, Rio de Janeiro, Ediouro, 1993 (sobre original inglês), Manual do Blefador (tudo que você precisa saber sobre música para nunca passar vergonha).

                            Onde eles aprendem isso? Nas universidades, é claro, porque desde cedo o modelo apontou que a soma zero é 50/50, soma de pares polares opostos/complementares, inclusive esse dos criadores e dos não-criadores, dos blefadores, dos miméticos. Eles aprendem isso, mas a pergunta fundamental é POR QUÊ a Natureza habilitou metade para ser assim e especialmente 1/40 ou 2,5 % para blefar sempre, para mimetizar em qualquer condição? Por quê isso tem valor de sobrevivência? E quão longe isso foi ao longo de milênios? Que apuros os miméticos conseguiram em suas investigações? Como você sabe, o que Frank Herbert chamou em sua série Duna “dançarinos faciais” aos artistas da representação, que também são miméticos, só que formais, de superfície, enquanto estes de que estou falando são-no de conceitos, de estruturas – eles fingem saber sobre as profundidades das coisas e não sabem nada. Se qualquer verdadeiro conhecedor ou um filósofo os indagasse, desabariam.

                            Vitória, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004.

Miltemáticas

 

                            Desde o modelo, com os textos Má/Temática e Boa/Temática, venho tentando chamar a atenção das pessoas de que a Matemática se encontra no centro mesmo do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica), mas tem sido inútil.

                            Agora vamos tentar juntos o Matemática de Segundo Grau com Kátia, veja Livro 64, mostrando-o nos AMBIENTES (mundo, nações, estados, municípios/cidades), com sua utilidade para as PESSOAS (empresas, grupos, famílias, indivíduos).

                            Como é que pôde acontecer de por tanto tempo tanto os não-matemáticos não se interessarem, quase tanto eles em saber quanto os próprios matemáticos em divulgar? Porque uns e outros se interessam muito pouco, na realidade, a ponto de a Matemática não ocupar as páginas dos jornais e o noticiário de mídia (TV, Revista, Jornal, Livro/Editoria, Rádio e Internet). Pode parecer incompreensível, mas tal desprezo vem de não amarem suficientemente, sempre.

                            Seria preciso, diz o modelo, duplo ou triplo ou quádruplo movimento: 1) do real ou exterior ou superficial ou prático para o virtual ou conceitual ou estrutural ou interior ou teórico; 2) vice-versa o contrário, como dizia a Vera; 3) um movimento de organização dos pares polares opostos/complementares para dar organicidade de árvore à Matemática; 4) uma supersíntese capaz de siderar os leitores. E, claro, colocar mil exemplos prateóricos, práticos-teóricos, de modo que se veja tanto a aplicação quanto o pensamento que embasa a aplicação. Pois matemática vem do grego matema, estudo, ciência, conhecimento – mil-conhecimentos, tanto a multiplicidade, mil exemplos, quanto o detalhe de cada um, enfim, um LIVRO CONTÍNUO que trate de popularização da matemática com abordagem de mil-temas diferentes, agradáveis ou desagradáveis, fáceis ou difíceis, simples ou cerebrais. Uma série, então, com conteúdo, mas não como aquilo do formidável Malba Tahan, que era muito deleitável, mas levado para a brincadeira. A grande luta dos matemáticos desde a pré-história para chegar às conclusões definitivas sobre o universo.

                            Uma série profunda, e que será ao mesmo tempo gostosa, palatável. Fácil de digerir para os que querem ficar nas letras grandes e aprofundável para os que lêem as letras miudinhas.

                            Vitória, sábado, 14 de fevereiro de 2004.

Metamorfose do Menino

 

                            Como já enxergamos, os meninos são os queridinhos das mulheres e paparicados por elas, pelos motivos já colocados; até os treze são como as meninas, inidentificados delas, não-separados, contados como meninas em termos sexuais. Como visto no texto Os Muitos Cérebros da Mulher, neste Livro 66, elas (fêmeas e pseudomachos) tem vários compartimentos de memória agindo como geradores de autoprogramas (GAP) independentes, mas roteados, isto é, centrados, com um governante ou administrador.

                            Acontece que, quando os meninos fazem treze anos passam por uma metamorfose equivalente a de lagartas (meninas) a borboletas (homens-machos), o que implica uma CONVERSÃO DE HORMÔNIOS, uma tremenda pressão que os torna os seres humanos mais interessantes (1. Adolescentes, em particular garotos; 2. Bebês; 3. Homens; 4. Mulheres; 5. Meninas; 6. Outros – não admira nada que as mulheres, pela lógica tornadas descoloridas, se produzam tanto, apesar de naturalmente belas), porque estão tendo tremendo, avassalador conflito interno que ninguém mais conhece em nenhuma fase da vida em tal potência (as mulheres, nunca, pois não há solução de continuidade para as meninas, não há descontinuidade). Os meninos perdem a VOZ DA MULHER para converterem-se à VOZ DE HOMEM (razão do engrossamento e do “gogó”), passam de um dicionário a outro; a voz engrossa, encorpa (os gatos, selecionados pelas mulheres, devem ouvir mais os agudos que os graves, nessa fase deixando de ouvir os novos-machos), e eles, ainda há pouco considerados meninas (o nome é indistinguível na Rede Cognata, meninos = MENINAS = MÃES, etc.) passam a homens e têm um assomo de autoridade inacreditável. Como conseguimos vencer essa fase sem sucumbir? As meninas, até então os julgando meninas também, voltam-se para eles com uma urgência e uma submissão inacreditável. Como no modelo adotamos os ciclos de 30 anos, a metade é 15, a saída da crucialidade do poço é aos 18,75, e somando 15,00 teremos 33,75 anos, razão pela qual nessa faixa os machos jovens tendem a ser superadmirados. Não são ouvidos nos conselhos dos machos adultos, mas são o que há de melhor para as mulheres, objeto de verdadeira veneração inconsciente.

                            Isso foi pouco estudado, é claro, mas é sem dúvida alguma a fase mais emocionante da vida humana, que as mulheres nunca conhecerão, exceto de ouvir falar (e vice-versa, também não sabemos coisas delas).

                            Vitória, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004.