segunda-feira, 15 de maio de 2017


Metamorfose do Menino

 

                            Como já enxergamos, os meninos são os queridinhos das mulheres e paparicados por elas, pelos motivos já colocados; até os treze são como as meninas, inidentificados delas, não-separados, contados como meninas em termos sexuais. Como visto no texto Os Muitos Cérebros da Mulher, neste Livro 66, elas (fêmeas e pseudomachos) tem vários compartimentos de memória agindo como geradores de autoprogramas (GAP) independentes, mas roteados, isto é, centrados, com um governante ou administrador.

                            Acontece que, quando os meninos fazem treze anos passam por uma metamorfose equivalente a de lagartas (meninas) a borboletas (homens-machos), o que implica uma CONVERSÃO DE HORMÔNIOS, uma tremenda pressão que os torna os seres humanos mais interessantes (1. Adolescentes, em particular garotos; 2. Bebês; 3. Homens; 4. Mulheres; 5. Meninas; 6. Outros – não admira nada que as mulheres, pela lógica tornadas descoloridas, se produzam tanto, apesar de naturalmente belas), porque estão tendo tremendo, avassalador conflito interno que ninguém mais conhece em nenhuma fase da vida em tal potência (as mulheres, nunca, pois não há solução de continuidade para as meninas, não há descontinuidade). Os meninos perdem a VOZ DA MULHER para converterem-se à VOZ DE HOMEM (razão do engrossamento e do “gogó”), passam de um dicionário a outro; a voz engrossa, encorpa (os gatos, selecionados pelas mulheres, devem ouvir mais os agudos que os graves, nessa fase deixando de ouvir os novos-machos), e eles, ainda há pouco considerados meninas (o nome é indistinguível na Rede Cognata, meninos = MENINAS = MÃES, etc.) passam a homens e têm um assomo de autoridade inacreditável. Como conseguimos vencer essa fase sem sucumbir? As meninas, até então os julgando meninas também, voltam-se para eles com uma urgência e uma submissão inacreditável. Como no modelo adotamos os ciclos de 30 anos, a metade é 15, a saída da crucialidade do poço é aos 18,75, e somando 15,00 teremos 33,75 anos, razão pela qual nessa faixa os machos jovens tendem a ser superadmirados. Não são ouvidos nos conselhos dos machos adultos, mas são o que há de melhor para as mulheres, objeto de verdadeira veneração inconsciente.

                            Isso foi pouco estudado, é claro, mas é sem dúvida alguma a fase mais emocionante da vida humana, que as mulheres nunca conhecerão, exceto de ouvir falar (e vice-versa, também não sabemos coisas delas).

                            Vitória, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004.

Medindo em Graus

 

                            Com visto em A Insistência no Sistema Sexagesimal (de base 60), neste Livro 66, não parece haver um motivo muito válido para a adoção pelos sumérios dessa base em especial, quando existem tantas (20, 16, 12, 10 – a mais usada -, 8, 4 – que o modelo pede – e 2), até mais úteis; a 10, por exemplo, nos permite contar com as mãos, o que aconteceria também com a 20, usando adicionalmente os pés. Não existe uma razão assim muito válida para tal preferência. Não obstante, ela persiste desde os sumérios, há quase seis mil anos, sem contestação.

                            De fato, depois de adotado - pelos franceses inicialmente – o sistema métrico-decimal, de base 10 e padrão espacial baseado no metro (1/40.000.000 do círculo máximo da Terra ou 1/4.107, aproximadamente um metro, mas tomado como tal: 40.036.448 m/40.000.000 = 1,000.911.2 m, numa medida mais precisa com raio da Terra de 6.372 km e pi = 3,141592...) nos dá que UM GRAU = 111.212 metros ou 111,2 km. A milha, equivalente a “mil passos”, é fixada em 1.852 metros e relativa a ela UM GRAU = 60,0496 mi. Qualquer que fosse o padrão escolhido futuramente sempre daria um valor numérico sem o menor sentido. Se escolhêssemos o metro como sendo 1/3.106 teríamos 40.036.448 m/3.000.000 = 13,345. 48 m = 1,00000 X, valor do metro-X, e então UM GRAU = 8.333 XETROS, em vez de 111.212 metros.

                            Se os adâmicos queriam indicar nas cartas de referência alguma coisa EM GRAUS que apontasse os lugares onde deixariam as coisas, esperariam que alguém raciocinasse sobre isso. Quanto vale 100 km em graus? Vale 0,8992 graus. Como o sistema sexagesimal é complexo 60/60/60 (graus/minutos/segundos), isso dá 53,95 minutos. Qual seria a distância de Vitória a Linhares (cerca de 140 km)? Seria 75,53 minutos. Um sistema assim uniria todos os países, independentemente de dominância francesa ou inglesa ou o que fosse. Como só Deus conhece o futuro (através da língua simultânea, quero crer, ou de outro modo que não sei) e Adão, mesmo muito esperto não iria poder sondá-lo, certamente iria querer que suas instruções pudessem ser seguidas, à parte qualquer invenção de sistema, fundamentado em qualquer escolha arbitrária de divisor do círculo máximo ou de base numérica. Se deixou instruções elas vão estar com toda certeza escritas em MÉTRICA GRADUADA, que também não desapareceu do tempo (uma hora de 60 minutos, um minuto de 60 segundos).

                            Vitória, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004.

Marx Alienado

 

                            Karl Marx (judeu alemão, 1818 a 1883) foi um dos sujeitos mais formidáveis da geo-história humana, e ele atualizou - embora sob a ótica da guerra, em razão da impaciência que a curta vida humana nos impõe – o sonho de Jesus.

                            Devo prevenir o leitor que Marx é um dos caras que mais admiro e aqui não vai nenhuma crítica a ele, senão uma precaução a respeito de todos nós. É que ele esperava que a classe proletária, os trabalhadores, fossem a classe revolucionária, enquanto o modelo mostrou nitidamente que não, não há jeito disso, primeiro porque os operários não dispõe de tempo livre para pensar, nem de condições de pensar, quer dizer, de memorinteligência de pico, a mais alta, aquela capaz de construir as novas hipóteses que contrastarão com os antigos problemas, resolvendo-os e encurralando as elites do TER (ricos, médios-altos e médios; e pobres ou médios-baixos e miseráveis cooptados ou alienados de si). Quem faz isso são as ELITES INTELECTUAIS e os pensadores em geral, chamando depois disso os operários, que são somente os braços e os corpos armados a levar os tiros, a servir de escudo no morticínio que se seguirá. Ou seja, as elites do pensamento pensam, empurram os proletários, tomam o poder e depois afastam-nos aos poucos, desde o primeiro dia a seguir. Foi assim sempre e será sempre assim. Ao não querer reconhecer o papel das elites no processo revolucionário Marx também se mostrou alienado, como qualquer um de nós é; para livrar-nos dessa alienação não podemos mais pensar em NÓS como realizadores da Revolução (em maiúscula conjunto ou grupo ou família de revoluções) e sim nas revoluções como ACONTECENDO, ou seja, não é MINHA idéia de revolução que a faz acontecer, mas ela que acontece quando as condições todas estão dadas, o que depende de todos que podem darem as condições. Quer dizer, as revoluções apenas precisam acontecer, sem que qualquer um seja dono ou mandatário. Pensando que somente o Um é não-alienado, porque estando no centro está livre de todas os condicionamentos, chegamos à conclusão de que todos sós somos alienados, estamos fora de nós. Marx também. Para você ver o quanto mesmo um grande homem pode errar.

                            Vitória, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004.

Globo de Placa

 

                            No futebol o “gol de placa” é aquele que é feito “de prima”, de primeira, com a bola ainda no ar, batendo-se em geral com o peito do pé, sem deixá-la tocar o solo. Obviamente é muito valorizado, porque é relativamente raro.

                            No caso estaremos falando das placas tectônicas, da teoria geológica da Tectônica de Placas que substituiu depois do Ano Geofísico Internacional de 1957 a teoria mais antiga de Wegener (Alfred, alemão, 1880 a 1930; sofreu zombarias de seus pares, até 30 anos depois de sua morte sua teoria se tornar amplamente vitoriosa) da Deriva Continental. O fato é que há uma Placa da América do Sul, que anda para a esquerda e para baixo, subindo na Placa de Nazca, que anda para a direita, entrando debaixo da primeira na costa do Peru, e muitas outras que estão se chocando. Já pedi que os continentes fossem desconsiderados como partes menos importantes na P&D geológica, as pessoas se fixando nas placas, cuja operação é muito mais complexa e interessante, sendo os continentes, do ponto de vistas delas, apenas adereços, roupas postas por cima (embora coloridas e brilhantes, não constituem o conteúdo). Para não atrapalhar a visão os continentes deveriam ser rebaixados até as placas mais largas, a partir daí a gente só vendo a elas. Ou eles seriam levantados. Enfim, as placas seriam os novos continentes, obscurecendo-se também os oceanos e mares, ficando como fossas. As placas receberiam cores e trataríamos desde então da interação delas e nada mais. Teríamos um GLOBO DE PLACAS em lugar do Globo terrestre usual. Um mapa-múndi de placas ou um ATLAS TECTÔNICO nas salas de aula, nos escritórios e até em nossas casas. O mesmo seria feito para Marte, Vênus, Mercúrio e os satélites, até onde fosse possível.

                            Trataríamos diretamente com elas, sem passar por intermediários, que tradicionalmente só dificultam o processo de aquisição (neste caso, de conhecimentos).
                            Vitória, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004.

Geo-História das Marcas

 

Com tudo se pode ganhar dinheiro. Vi na Internet algumas coisas das principais marcas, mas propondo de brincadeira alternativas de surgimento, fora engano três - eu não sabia optar pela correta.

O modelo tem algo a dizer.

OS AMBIENTES DAS MARCAS

·        Dimensão urbana/municipal da empresa;

·        Dimensão estadual;

·        Dimensão nacional;

·        Dimensão mundial:

1.       Microempresas;

2.      Empresas pequenas;

3.      Empresas médias:

4.     Empresas grandes;

5.      Empresas gigantes.

Como é que uma microempresa pode ter dimensão mundial?

Pode, porque se trata de nível mundial. As empresas grandes de nível mundial são gigantes no nível nacional. E há quantidade e qualidade. Uma microempresa qualitativa de nível mundial pode ser conhecida em toda parte, como a Gucci, que faz roupas ditas de alta-costura.

Há a geografia - que diz respeito ao espaço ocupado por elas (por exemplo, a Coca-Cola ocupa provavelmente todo o espaço mundial) - e a história de como se passou de um a outro espaço, isto é, que fatores ou poderes ou energias transformadoras levaram às modificações: por quê a Coca-Cola decidiu ir para a China? Daí precisamos saber a GEOGRAFIA DA MARCA e a HISTÓRIA DA MARCA, que diz respeito às PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) que contribuíram para sua invenção e solidificação. Qual é a Chave do Labor (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas) ligados a ela e outras chaves e bandeiras do modelo. Não da empresa, mas da marca mesmo.

Em resumo, quem fizer um sítio com todas essas informações, que irão se ajuntando tremendamente no tempo no decorrer das próximas décadas, certamente acumulará fortuna, e não pequena.

Vitória, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004.

Fachadas Curvilíneas Totais

 

                            A coletânea A Expansão dos Sapiens (seguindo o Modelo da Caverna) mostrou que os homens (machos e pseudofêmeas) caçadores são do lado do tempo e seguem em flecha para o ponto, o alvo, ao passo que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras são do lado do espaço e circulam, seguem ciclos. Do lado espacial os homens prezam as retas e usam-nas para indicar futuro rápido, o que agrada às mulheres; estas, embora do lado curvo, apreciam o outro lado, porque é o outro pólo do par polar de opostos/complementares homem-mulher, mas ainda mais porque é traz promessa de futuro em flecha. Em tese deveriam gostar de seu próprio lado, mas ele demoraria muito para fazer futuro, de modo que mesmo desagradadas apóiam o cubo e não o anticubo, como coloquei num dos textos que pretendo escrever.

                            Em tese deveríamos ter, então, para harmonizar, fachadas que fossem anticúbicas em três dimensões: largura (), altura () e profundidade (/), e em cada uma delas exibir curvas amaciantes que abrandassem as quinas rígidas e duras. Assim, cada esquina dura () seria amaciada, abrandada, desbastada até ficar redondinha. Isso muito faria pelo processo civilizatório, ajudando a dar fim ao excesso de conflitos. O problema é a grande maioria se afeminar, o que seria ruim, pois tudo tem implicações nos comportamentos. Será que esse destencionamento seria bom para a sexualidade? Temos de pensar em tudo. Essa flexibilização seria proveitosa em termos de alcançar futuro?

                            As fachadas passariam a ser como aquelas casas e muros na África, tudo redondinho, mas os militares poderiam não gostar, porque acaba com a agressividade (e, por estranho que pareça, eles poderiam pensar que poderíamos ser conquistados desde o espaço). A soma zero se distribui em todo o coletivo, com coisas boas e ruins. Seria preciso os arquiengenheiros lançarem alguns exemplos como balões de ensaio para ver no que vai dar, se há mais aceitação que rejeição. Isso seria um retorno parcial às cavernas redondas por dentro, o que implicaria maior presença das mulheres em termos de dominância, resultando talvez completa rejeição ou repúdio masculino.

                            Acho que as escolas de arquitetura deveriam promover mostras de novos edifícios nesse estilo para sondar a adesão geral e particular. Certamente alguns ricos e curiosos irão encomendar projetos, o que implicará em financiamento inicial.
                            Vitória, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004.

Escola de Alexandria

 

                            O nome Biblioteca de Alexandria (fundada pelo general de Alexandre Magno Ptolomeu I Sóter, Salvador - o primeiro dos ptolomeus, 367 a 283 a.C., 84 anos entre datas –, mais provavelmente em 284 a.C., por instigação de Demétrio Falero ou Faleiro), da biblioteca situada na antiga cidade egípcia de Alexandria (fundada por Alexandre em 332 a.C.), não dá a dimensão real das coisas. Para outras abordagens, Biblioteca de Alexandria, Livro 17, e Biblioteca Demétrio Falero, Livro 16. Foi pilhada por Júlio César em 47 a.C., depois incendiada por três vezes, em 272 por ordem do imperador romano Aureliano, em 391 pelo imperador romano-oriental de Constantinopla Teodósio I, que a arrasou junto com outros edifícios, e pelo mais desastrado de todos, o califa Omar em 646, tendo, portanto, durado mais de 900 anos. Que biblioteca pode pretender fama mais imorredoura que a dela? Mas outros dizem que ela durou apenas até 416; mesmo assim será um feito de quase 750 anos. Em 2002 a ONU e o governo egípcio inauguraram a Biblioteca Alexandrina em homenagem à mais antiga, numa cidade que agora tem 5,5 milhões de habitantes (em 1986 tinha 3,0 milhões; veja só como cresce rápido).

                            Junto dela existia o Museu de Alexandria e em conjunto eles faziam na realidade uma universidade, a primeira digna de tal nome que o mundo já teve e que, veja, durou pelo menos 750 anos. Não era bobeira, era uma coisa nobre, a maior instituição dos tempos antigos e de onde o saber elevado se espalhou por toda parte, fazendo a ponte para Constantinopla (pensar que Teodósio não raptou os livros, como antes fizera César, é besteira), de onde o conhecimento acumulado se espalhou em toda a volta. Não é apropriado dizer Universidade de Alexandria, tal nome devendo ser reservado apenas às instituições contemporâneas, não cabendo para as demais, porque a estrutura era outra – mas foi o mais perto que os antigos puderam chegar. E certamente era poderosa, para sua época; tanto mais terá sido quanto tantos imperadores e um califa fizeram questão de destruí-la, por ver nela a disseminadora potencial da inquietação e da capacidade de contestação. Não é certo que os ditadores militares atacam primeiro as universidades e as bibliotecas?

                            É preciso rever essa que chamaremos apropriadamente de ESCOLA DE ALEXANDRIA, investigando-a mais a fundo.

                            Vitória, domingo, 15 de fevereiro de 2004.