Baixou um Nero
Âncio NERO (37 a 68,
apenas 31 anos entre datas, chamado Nero, Negro) foi imperador romano (54 a 68,
dos 17 em diante, por 14 anos entre datas) filho de Domício Aenobarbo e de
Agripina, adotado por Tibério. Nesses 14 anos de reinado ele fez misérias,
literalmente, inclusive mandando matar a própria mãe e a esposa, entre outros.
Segundo os cristãos tocou fogo em Roma para compor uma ode, um poema; na
realidade diz-se que ele queria ampliar e reconstruir a cidade à sua maneira,
encontrando esse meio fácil de promover as desapropriações. É mostrado tocando
harpa enquanto a cidade queima.
Desse “queimar”
naturalmente veio a idéia aos autores do programa (que se pega gratuitamente na
Internet) de colocar tal nome, pois ele imprime discos de CD e DVD com todo
tipo de coisas, de dados a músicas de MP3, podendo-se com alta compressão
colocar num CD de 700 MB (megabytes) até 200 músicas, quando num CD comum cabem
12 ou 18, imagine só. O título vem de uma música, não sei de quem, que diz
“baixou um Nero na porta-bandeira”.
Você pode escolher
qualquer número “quadrado”, isto é, o quadrado de um número: 102, 92,
n2. Se escolher 100 anos será muito, se escolher um será pouco. A
vantagem de 82 = 64 é que 8 seria, deitado, o símbolo de infinito e
isso tocaria os magos. Um número como 52 = 25 estaria mais próximo
de uma geração humana de 30 anos, mas em 500 anos teríamos 20 períodos.
VOCÊ DECIDE (recuando deste ano, 2004)
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82
= 64
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72
= 49
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62
= 36
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52
= 25
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1940
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1955
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1968
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1979
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1876
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1906
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1932
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1954
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1812
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1857
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1896
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1929
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1748
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1808
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1860
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1904
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1684
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1759
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1824
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1879
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Veja que o objetivo é pegar passagens
de um para outro modo de ouvir música, criando os contrastes que ensinam, ou
seja, houve um tempo em que o mais avançado era o CD, sei lá, por volta de
1985; antes disso era o LP; antes ainda, mais recuado, eram as orquestras.
Agora pegamos milhares de músicas via
Internet, em MP3, e podemos gravar CD’s em casa “sem gastar um tostão”. De
fato, não é assim, porque o provedor Terra custa 12 dólares (36 reais) por mês,
a banda larga Velox (coloquemos) 24 (72), há a energia, o desgaste do
computador, nosso tempo, o gravador de CD, um CD custa de R$ 1,70 a R$ 2,50, etc.,
mas mesmo assim é uma insignificância, frente ao que era, e pelo prazer de
podermos pegar todo tipo de artista (é ruim para eles e os selos, que ganham
menos ou nada; o ato de criação fica prejudicado, porque tem menos estímulo
financeiro).
Mas, em todo caso, foi criada uma
forma nova de ver e pensar o mundo, da qual devemos falar POR CONTRASTE, ou
então nada aprenderemos. Deve-se colocar o Nero: 1) como é o programa em
linguagem de máquina; 2) pôr como ele é em linhas de programação, 3) explicá-lo
em linguagem humana; 4) como é o esquema de trânsito ou tráfego na infoestrada,
5) como é o portal (www.google.com ou www.google.com.br ou outro; daí pedindo-se
o Nero); 6) quantas ofertas há em média em qualquer acesso, etc. Há
oportunidade para todo um livro sobre esse salto gigantesco, mais importante
que o de Neil Armstrong na Lua.
Enfim, o Nero e outros programas
similares permitem-nos realmente visitar o mundo, gravando todo tipo de coisa
em CD e estocando, ainda mais que agora há memórias mais largas, de 80 ou 120
GB (80 a 120 mil MB). Podemos jogar tudo nas memórias de máquina, depois passar
inumeráveis coleções de dados para os CD’s. Ainda não está perfeito, como
quando o trânsito for em banda hiperlarga, de 200 ou 300 megas por segundo (e
não 512 KB, quilobytes, que na realidade se reduzem a 1/8 ou 64 KB no máximo
por segundo; precisamos de mil ou cem mil vezes isso) e quando houver memória
ilimitada, mas já mudou completamente o cenário, instalando real liberdade.
Vitória, segunda-feira, 09 de
fevereiro de 2004.