quinta-feira, 11 de maio de 2017


Vaginas de Cama e do Homem

 

                            A Rede Cognata nos diz que “damas de companhia” = VAGINAS DA CASA (CAMA) e que “damas de honra” = VAGINAS DO HOMEM (SENHOR = FAMÍLIA).

                            Isso cheira àquele tempo em que na Idade Média os senhores feudais tinham direito à chamada “primazia”, primeira noite com a noiva do fulano, que era desde cedo corno. Ainda antes, no tempo dos sapiens e dos hominídeos da caverna, dado que as mulheres ficavam grávidas o tempo todo, depois do engravidamento não poderiam engravidar mais por nove meses (desde o primeiro dia, mas elas só sabiam depois, com as primeiras náuseas = MÃE). Os homens tinham de prover esperma o tempo todo, depositando-os nos vasos (=VAGINAS), os primeiros que vagassem, desde o começo qualquer mulher. Então, quando o casamento tornou-se monogâmico, manteve-se sorrateiramente o costume mais antigo, de designar junto da esposa-principal (na China denominada primeira-esposa, no Ocidente primeira-dama, quer dizer, a primeira-vagina) as esposas secundárias, aquelas que engravidariam quando as outras já estivessem grávidas. A Igreja instituiu o mandamento monogâmico, mas os costumes fixaram-se por trás.

                            As VAGINAS DA CASA ou VAGINAS DA CAMA fica mais difícil de entender; só se as mulheres tinham autorização de se divertirem na ausência dos machos, o que a Igreja proibiu depois (como uma compensação para o casamento monogâmico, por tornar o homem responsável por PELO MENOS UMA mulher – e seus filhos; aceitando e até estimulando a prostituição).

                            Será que podemos sondar mais dos costumes antigos apenas olhando as palavras associadas aos casamentos? Penso que sim, se a Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas) identificou positivamente A Língua Simultânea de Deus (Livro 58). Em volta da instituição do casamento terão sobrado várias memórias do passado, consagradas sob a forma de gestuais, de todos aqueles procedimentos formais e das palavras associadas a eles, através das quais reconstituiremos os costumes ancestrais, cada vez mais para trás, até os dez milhões de anos hominídeos.
                            Vitória, sexta-feira, 06 de fevereiro de 2004.

Tangerina Gravele

 

                            P. G. Gravele é um artista norte-americano abstracionista, tendo nascido em 1963, segundo a Internet, acabando de completar 40 anos ano passado. Estávamos tirando sangue num laboratório em que penduraram na parede um quadro dele, Tangerine - pode ser comprado por $ 19.80 (quase 20 dólares americanos) - que tirei na WWW e anexo.

                            Só Deus todo poderoso, em sua infinita bondade e sabedoria pode aceitar e saber o quê significa isso e porque Gravele deu a esse cruzamento colorido o nome de Tangerina (citrus reticulata, originária da Ásia, parente da mexerica, eu creio).

                            É gostosinho de ver esses quadros, talvez não tenha explicação. Descansa a vista. No fim os artistas introduzem novidades na repetição do dia a dia e tornam menos chatas as coisas todas da existência, que de outro modo seria corriqueira. Do nada eles tiram coisas assombrosas, é totalmente espantoso e merecedor de aplausos. Tenho grande apreço por eles, embora talvez eu nunca vá entender a razão de Gravele ter dado esse nome. Contudo, nem todas as coisas precisam ser entendidas: algumas delas só precisam ser usufruídas, sem qualquer explicação possível ou necessária. A isso, é claro, nós chamados de sentimento e ele perfaz metade de tudo. Não queira racionalizar ou explicar tudo na vida, uma parte é só para sentir mesmo. De outra forma a vida se tornaria muito pesada e rígida.

                            Vitória, terça-feira, 03 de fevereiro de 2004.

Sol Chama Canopus...

 

                            Se Adão veio mesmo há 5,75 mil anos (pela contagem dos judeus, que coincide em ordem de grandeza com meu levantamento lógico a partir da Bíblia) de Canopus, como tenho pensado e está ainda de pé um interdito divino de o Sol não ser visitado de fora para dentro nem mandar nada de dentro para fora, como faríamos para chegar lá?

                            Sozinhos não dá para ir, porque estando Canopus a 323 (há várias estimativas) anos-luz, a viagem de ida a Próxima Centauri (que fica a 4,5 anos-luz) demorando às velocidades administráveis atuais mais de 100 mil anos, a ida a Canopus demoraria proporcionalmente mais de sete milhões de anos. Com a velocidade da luz, através da emissão de TV, digamos, mais de 300 anos para ir e outro tanto para voltar, tornando qualquer diálogo inimaginável. Mesmo as emissões mais antigas de TV, de 1936, tem 68 anos pouco mais de um quinto do caminho; as de rádio em torno de 1897 - há 107 anos - um terço da estrada. Embora um português (por curiosidade, veja abaixo artigo da Internet) tenha tido a idéia muito antes (até aprece anúncio das fibras óticas de uma rede neural mundial de informática e cibernética), de fato podemos considerar os alemães de 1932 os precursores, mas a emissão de TV da BBC inglesa a efetiva.

1.1 - Pioneirismo de um português (...)
«Com estes dois maravilhosos instrumentos, fixo em um posto do globo, o homem estenderá a todo ele as faculdades visual e auditiva. A ubiquidade deixará de ser uma utopia para tornar-se perfeita realidade.
Então, por toda a parte à superfície da terra, se cruzarão fios condutores, encarregados de importantíssima missão; serão eles os ductos misteriosos que conduzirão, até ao observador, as impressões recebidas pelos órgãos artificiais, que o génio humano soube transportar a todas as distâncias. E, do mesmo modo que a complexidade dos filamentos nervosos pode dar a ideia da perfeição superior de um animal, esses filamentos metálicos, nervos de uma outra natureza, testemunharão por sem dúvida o grau de civilização do grande organismo que se chama - a humanidade.
Porto, 20 de Fevereiro, 1877
DR. ADRIANO DE PAIVA
Lente de physica da Academia Polytechnica do Porto »

                            Teriam de se passar mais 200 anos antes de Canopus saber de nós e não podemos esperar tanto. Temos de acelerar. Ora, penso que pode ser como Carl Sagan colocou em seu romance de FC Contato, depois filmado (filme ruim) com Jodie Foster: que uma vez tenhamos descoberto algo um emissor qualquer postado nalgum lugar do sistema solar emitirá em velocidade hiperluminais, retornando a resposta imediatamente (em quanto tempo não sei). Não há salvação fora isso. É claro que deve haver outros mais perto, mas se houver mesmo uma interdição eles não vão responder.

                            Em resumo, se houver essa interdição os de perto não responderão (mesmo 107 anos encontra dezenas de milhares de estrelas); e o de longe só responderá se for instantâneo, se houver esse aparelho previamente postado, há seis mil anos à espera.

                            Vitória, domingo, 01 de fevereiro de 2004.

Que Justiça Há Nisso?

 

                            O Judiciário brasileiro se acha intocável e não quer o “controle externo” pelas forças populares, como se estivesse acima das leis e da Constituição. Mal foi aprovado o teto de dezessete mil três juízes do Supremo Tribunal Federal já se colocaram acima dele, em dezenove mil que vão a vinte e três mil. São uns porqueiras e o povo deve extirpá-los terminantemente, haja o que houver, inventando uma nova Elite geral, apeando esta que aí está, se ela não se conformar às regras. Ou talvez até de qualquer jeito.

                            Os governos internacionais devem fazer pressão - é o que eu quero. São uns juizes de merda, mesmo. Eles entram lá para ficar até os 70 anos, quando são compulsoriamente aposentados, sendo a regra geral X + 35 anos, agora o mínimo de 60 anos – eles não desejam apear do poder. E, chegando nele, se acham uns reizinhos. Se for o caso os militares devem até instalar uma nova ditadura para varrer esses idiotas definitiva ou provisoriamente, o que for melhor. Minha raiva quanto a eles é profunda.

                            É conveniente os pesquisadores avaliarem em todo o mundo, no Brasil, nos estados e até, onde houver, nos municípios/cidades a presença deles, o que fazem, desde as boas coisas até os trambiques, como vender sentenças, expondo todas as suas podridões, ainda que isso achincalhe a instituição, a ser levantada depois. Salários, os casos tristes, a corrupção, o enriquecimento ilícito, os privilégios, os acordos com o Executivo e o Legislativo para receberem benefícios. Como na minha (falta) de categoria lá também existem muitos canalhas e muitas canalhices. Eles se justificam de todo jeito. Os cartunistas, os humoristas, todos que puderem devem juntar forças para atacá-los barbaramente, com todo vigor, porque a sobrevivência da civilização depende do aquietamento desses bobocas.

                            Vitória, sábado, 07 de fevereiro de 2004.

Quatro Indicações

 

·             JORNAL DAS SETE: em tudo é um jornal de TV, como os da Terra, só que se passando noutro planeta, contando detalhes (enchentes, terremotos, férias na praia, gente tomando sorvete), tudo que os seres humanos fazem, ou a maior parte, só que alienígena, descobrindo milhares de modos diferentes de ser, ter e estar, com uma quantidade de escritores pensando e pensando continuamente; e dia após dia será apresentado, sempre no horário das sete, às vezes indicando um documentário ou um filme, passando a seguir, estrelado por aliens, com toda xenossocioeconomia desenhada para parecer realista e profundamente entrosada;

·             GUAXINIDADE: como em humanidade. Os guaxinins têm mãozinhas pequenas, mas que conseguem pegar as coisas bem e sua voracidade, aliada a serem onívoros, faz deles bons candidatos à racionalidade. Passar-se-iam uns 200 milhões de anos de agora, havendo uma raça de primatas guaxinins, de hominídeos guaxinins, de sapiens guaxinins e por último os guaxinins humanos, que obviamente nada saberiam de nossos edifícios, descobrindo de vez em quando alguns ossos e restos que vão interpretar dos modos mais estranhos e destoantes da realidade que conhecemos. Então o homo guaxinim dirá que não houve nada no passado, que são os primeiros racionais em volta da Terra, bem peludos e pequenos, com outro gênero de produçãorganização;

·             ABOMINÁVEL HOMEM: em vez de serem abomináveis os abomináveis homens das neves, seriam os homens de baixo, que sobem lá para matar. Em volta das fogueiras os seres das alturas, muito civilizados, de outro mundo, contam os horrores humanos, estas criaturas que de vem de baixo e de vez em quando eles devem espantar vestindo figuras peludas e espantosas;

·             MERCADO DE FUTUROS: as pessoas aparecem para trocar seus futuros pelos dos outros, que acham melhores. Procuram ocultar os defeitos dos seus, valorizando as partes boas, mas os telespectadores podem ver nitidamente que há partes podres. Como os que compram não sabem (pois estão também ocultando suas partes negativas), acabam fazendo as trocas, ambos se arrependendo. As pessoas verão que nenhum futuro é somente bom ou somente ruim. Ou o que parecia ruim mais adiante é bom.

Vitória, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2004.

Quanto Custa a Liberdade

 

                            Os males que afligem os racionais e os seres todos são por vezes atribuídos a Deus, mas devemos ver que a condição de existir 50/50 a soma zero ou os pares polares de opostos/complementares é a mesma de a Liberdade (contra a Necessidade, contra as tarefas, digamos) geral levar progressivamente às condições de caos e desordem.

                            Porque, veja, o par polar finito e não-finito, junto com a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas coloca que existe UM, pelo menos um, que não cumpre os pares polares – e é o que chamamos erradamente de Deus. É o UM, o SÓ. Ele é absoluto, todos os demais são relativos. Ele não morre, todos os demais morrem. Ele não erra, todos os demais erram. Ora, se os racionais, todos exceto o UM, erram justamente porque raciocinar é estar no interior, é ser parte e não todo, se segue que todos irão acumulando erros de programa. São os próprios racionais que cavam sua cova e deitam nela, não Deus. EM TODA PARTE os racionais vão sempre errar, incontornavelmente vão errar, em algum momento vão errar, pos mais cuidadosos que sejam. Errar não é apenas humano, errar é racional, é de todo ser, todo senciente.

                            Além de criar os mundos o que Deus pode fazer é de vez em quando interferir na Liberdade geral, quando esta estiver levando a algum beco sem saída e à dissolução do Projeto geral ou de cada projeto particular. Isso. Então, Deus de algum modo introduz um elemento; evidentemente, como eu já disse, o não-finito não pode entrar totalmente no finito – por natureza da definição explodiria tudo. Ele tem de conformar o finito de uma certa forma, dentro dos limites operacionais (digamos, os da racionalidade humana), de modo a esse finito-orientado promover as mudanças cabíveis. Mas, a cada vez que isso é feito os finitos ou racionais estão mostrando sua incompetência, o fato de que não sabem lidar com a liberdade – o que é um aborrecimento para Deus, razão pela qual ele demora a interferir, se mantém distante o máximo possível: POIS É RESPONSABILIDADE DOS RACIONAIS CONDUZIR SUAS COISAS A CONTENTO.

                            Em resumo, os racionais fazem suas cagadas e atribuem a Deus que deve, depois de dada a liberdade de usar a casa para a festinha, de limpar as sujeiras deixadas.

                            Vitória, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2004.

Quando a Propaganda não é a Alma do Negócio

 

                            Gabriel, que gosta muito de carros e motos, vira-e-meche me diz que o presidente da Ferrari, perguntado quanto gastava em propagandas da marca disse que nem um centavo. Do outro lado os propagandistas propagandeiam que a propaganda é a alma do negócio. O modelo dá uma resposta diferente: que para metade é e para metade não é, ou seja, a soma 50/50 é zero.

                            Há um tipo de negócio, pelo menos um, em que a propaganda não é a alma, a saber, aquele em que o negócio mesmo é a alma; e há aquele em que o negócio não tem alma, não é amado, é só negócio.

DEVEMOS DISTINGUIR (em nossos próprios negócios futuros)

1.       O negócio que tem alma própria, que não precisa de alma alheia, nem da propaganda, pois é feito por amor, seja por amadores (familiares) seja por profissionais;

2.      O negócio sem alma, desalmado, cuja alma é a propaganda e muita coisa mais, pois é mercenário.

Ambos podem ser adotados em diferentes situações.

O primeiro tem produtos tão bons, excelentes, e bem cuidados que não precisam ser levados a ninguém, eles mesmos se levam, na chamada propaganda de boca-a-boca, na realidade boca-a-ouvido, pois os compradores amam o que compram e alardeiam isso. O segundo tem produtos apenas bons, mas não excelentes, que são feitos para produzir dinheiro e não são eles mesmos objetos de devoção.

São casos diferentes e ambos cabem nos diferentes tempos e espaços, embora seja muito mais gratificante fazer um produto tão bom que não se precise fazer qualquer esforço de venda: ele se vende sozinho. Que grande prazer é esse! Pudessem todos os produtos ser assim, vendendo que nem pão quente.

Vitória, terça-feira, 3 de fevereiro de 2004.