Sindigatos, Gatos e Gatunagem

 

Nestes anos de 2015 e 2016 em que o Brasil está passando a limpo o passado desastroso cumulativo de 516 anos de patifarias, culminando nessa malandragem do PT, do Foro de São Paulo traidor, de Lularápio e lulismo, e de Dilmaluca, vazou na Web lista de sindicatos no Brasil, comparados com outros países e é realmente coisa de assustar.

SINDIGATOS (nem todos são assim, a curva do sino diz de imediato que 50 % é da gatunagem, mas no extremo da pressão podem chegar a 97,5 % - contudo, existem os puros, os dedicados, todo o lado do bem)

Com mais de 250 novos sindicatos por ano, Brasil já tem mais de 15 mil entidades. Valor movimentado atinge R$ 2,4 bilhões por ano. © 1996 - 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Petroleiros... 18 de setembro de 2016 Número de Sindicatos nos Países Reino Unido 168 Dinamarca 164 Argentina 91 Brasil 15007

Estive na AFES, Associação do Fisco Espírito-santense, transformada em nossa gestão SINDIFISCAL, Sindicato do Grupo TAF (tributação, arrecadação e fiscalização) no ES de 1987 a 1991, quatro anos, vi de dentro coisas de que não falarei; pudemos consertar e virar do avesso, mas mesmo depois aconteceram coisas no período do PT. Supondo que existam somente cinco diretores liberados, seria algo da ordem de 75 mil deles, cuja folga e prazer pagamos, em geral a maioria posando de grande líder e fazendo que trabalha, como os deputados - tirando de cada brasileiro um dia de trabalho/ano, veja acima os bilhões.

SE O BRASIL FOSSE SENSATO COMO OS OUTROS PAÍSES (faço a proposta de haver um sindicato por estado – seriam 26 + DF -, dentro deles departamentos, um por município – seriam no todo brasileiro 5.570 entregues setorizadamente a funcionários -, até melhoraria a representatividade): enxugaria em todos os setores (é preciso pesquisar e fazer comparações gerais, o número elevado deve estar ligado à incapacidade administrativa nacional).

SINDICATOS POR PAÍS.	PAÍS.	BRASIL = 1.000
15.007	Brasil.	1.000
168	Reino Unido	11
164	Dinamarca	11
91	Argentina	6

Precisamos aproveitar o trem de mudanças para operar mais esta, que interessa a todos os trabalhadores: enxugar para secar a fonte dos maus-tratos.

Vitória, quinta-feira, 22 de setembro de 2016.

GAVA.

Perfeitura

 

Sempre no sentido de aprimorar as instituições democráticas e os serviços prestados à população esse cara criou um programa de Face Amigável para as prefeituras (não interface, pois face já é interface, que assim seria dupla, face-face).

Perguntou-se: se for para enganar, quando e onde enganar, com que INTENSIDADE SEGURA, que precauções tomar? E assim por diante. Seguindo Maquiavel, como aconselhar os príncipes, os reis, os duques, os barões, os condes, os viscondes pós-contemporâneos? COMO OFERECER CONSELHOS AVANÇADOS? Pois não se trata apenas de comunicar os males, há uma rede legal numericamente incontável (4,2 milhões de leis desde a constituição federal de 1988 no Brasil) em nós (leis) e em linhas ligando-os (interpretação cruzada). Ninguém é mais bobalhão como na época do Maqui.

MAQUIAVELHO

Maquiavel Nicolau Maquiavel (Niccolò Machiavelli), (03 de maio de 1469 - 21 de junho de 1527). Filósofo e político italiano (Florença). 1 - 25 do total de 38 pensamentos de Maquiavel

O objetivo dele era pós-contemporanizar Maquiavel, abandonar a pieguice, fazer avançar a apropriação indébita a um patamar superior de usufruto das condições alheias de vida.

Ele queria ser o Maquianovo, a nova maquiagem para os novos tempos. Por exemplo, se você cometesse tal ou qual suposto desatino e não tivesse guardado dinheiro para o advogado, a quem recorrer? Quais seriam as conseqüências previsíveis? Pois havia as imprevisíveis, devendo-se ter um fundo percentualmente menor para elas. Se nada ocorresse durante toda a carreira, no final era arrancado da poupança, menos o X do administrador (que era ele).

Por exemplo, as indagações cruciais:

1.       Roubar no início, no meio ou no fim, ou todo o tempo? Lincoln havia dito: “pode-se enganar alguns todo o tempo, todos por pouco tempo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo” – cada exigência dessas significava um valor exponencial;

2.       Pouco ou muito?

3.      Quanto ficava para o chefe, quanto para o secretário da bufunfa (fazenda), quanto para os outros?

4.      Qual o risco de alguém entregar advertida ou inadvertidamente?

5.      Seria conveniente realizar convenção?

6.      Não daria muito na vista tentar conseguir esse conhecimento mais vasto?

7.      Em que aplicar (fazendas, mansões, paraísos fiscais, nomes de terceiros)?

8.      O que valoriza mais?

9.      Pulverizar ou agregar?

10.   Permanecer na pré-fundura ou aprofundar mais, tentando a governadoria?

11.     Qual o partido melhor para ficar?

12.    Tendo como certo apoiar os que caem, quanto se deve dar para cotizar e quando se movimentar nos bastidores?

Milhares de perguntas, a coisa toda é muito especializada, 200 nações, quatro mil estados/províncias no mundo, 200 ou 300 mil cidades-municípios. Ficou multibilionário, pois os corruptos do mundo são muitos. Aliás, nem se pode mais falar em corruptos, são aplicadores alternativos dos recursos públicos.

Serra, sexta-feira, 06 de julho de 2012.

Parla

 

Dizem que quando Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de março de 1475 — Roma, 18 de fevereiro de 1564, Wiki) terminou a escultura David, ficou tão impressionado com a precisão de sua arte que disse em italiano “parla” (fala!). Certamente é estória, não porque Miguel-Anjo não fosse preciso em suas obras, mas porque ele não seria imodesto assim, nem sozinho, quanto mais mal acompanhado.

Na realidade ele ficou olhando um tempão a expressividade dessa figura histórico-bíblica, o rei Davi.

O REI DAVID

Ficou ali olhando e pode ter dito, mas bem baixinho (o que depois terá contado a algum idiota que espalhou). E ensimesmou na observação, não de sua obra, mas de uma das mais extraordinárias figuras da geo-história, ainda que muito multiplicada pelo tempo e a falta de notícias que faz avultar todo personagem.

- Oi.

Miguel deu um salto, de tanto susto.

- Quem falou?

- Eu.

Outro salto, dessa vez em volta, procurando a pessoa. Ele saiu correndo ao redor das colunas, procurando o brincalhão.

- Pode se mostrar, seu menino idiota.

- Como assim?

- Você fica com isso de ventríloquo e acha que vai me espantar. Menininho boboca, vou te dar uns tabefes.

- Sou eu.

Até que Miguel olhou e não acreditou, era a estátua.

- Você?

- Sim, eu, eu mesmo, você não disse “fala”? Falei.

- Como é possível?

- Sei lá, não dizem que “a Deus tudo é possível”? Talvez ele queira te dar uma lição ou tenha mandado um recado.

- Lição? A mim? E porque quereria? Que recado?

- São insondáveis os planos de Deus. Talvez ele tenha me enviado com uma mensagem importante.

Nisso Miguel reparou direitinho que no vão da porta tinha mesmo um espia escondido.

- Filho de uma égua, era você, sua merdinha.

E correu para ele para esbofeteá-lo.

Quando já tinham saído da sala, a estátua falou:

- Miguel, Miguel, e o recado de Deus? Só posso ficar cinco minutos, volte.

Serra, terça-feira, 24 de julho de 2012.

Piratareta

 

O Brasil foi tão longe, no ramo das indecências e das sacanagens, que foi preciso procurar palavras novas capazes de expressar o aperfeiçoamento das instituições nacionais.

Por princípio as empresas não toleram a presença do governo nas coisas essenciais, exceto se for para beneficiar repassando os tributos coletados ao povo, visando entregá-lo aos empresários via guerras fiscais, benefícios fiscais, favorecimentos fiscais, sonegação tolerada, incentivos fiscais, vistas grossas fiscais, investimentos de bancos de desenvolvimento e tudo isso que passa o do povo às elites a preços de banana podre.

Neste caso foi picareta + pirata, dando em piratareta ou picarerata.

O governo, querendo ajudar os empresários nas tarefas árduas a que se propõem no sentido de tirar tudo que pode ser tirado do povo (aliás, está na Bíblia: “ao que tem tudo lhe será dado e do que não tem mesmo o que tem será tirado”) investiu pesado.

Porque as bandalheiras estavam constantemente sendo aprofundadas, atingindo novos níveis de sofisticação e finura, mormente em Brasília, onde eles recebiam ajuda do Congresso.

Até lançaram o carnaval fora de época com esse mesmo nome, em vez do já batido Micareta.

PICARETA DOS PIRATAS

Era uma delícia.

O país cristão era obrigado a fazer tudo às escondidas.

O chato era isso.

Por quê não fazer tudo às claras? Se quase todo mundo fazia, por quê a minoria vencia a maioria? Não seria preferível fazer tudo às vistas de todo mundo? Com isso não se teria desconforto, palpitações, soluços devidos à pressa, inquietação, taquicardia – esse tipo de aborrecimento.

Para quê hipocrisia?

Por quê lavar roupa suja em casa?

Vamos botar lavanderias públicas para lavar todas as sujeiras brasileiras. O governo é assim, escancara mesmo no sentido de desocultar as coisas ocultas, pois disse Jesus que tudo que fosse escondido seria trazido a público: não devemos seguir a Bíblia?

Mais e mais gente achava que era preciso mostrar as sujeiras pátrias.

Serra, sexta-feira, 06 de julho de 2012.

Pró-Álcool

 

Aquela turma de amigos era muito consciente da necessidade de beber, que cultivavam há décadas, porisso ficou injuriada com a quase proibição governamental contida na Lei Seca, parecia coisa de mafioso americano. Não que não houvesse necessidade disso, a verdade é que os bêbados irresponsáveis comprometem a classe, gente de classe, os bêbados responsáveis.

TODO TIPO DE BEBIDA (millagres é quando é pra mais de mil)

Acredite se for pregador, se for pregador pode vir, o pitbull está precisando de treinamento.

Com tanto tipo de bebida quente e fria, como resistir?

Claro, o mote “se for beber não dirija, se for dirigir não beba” estava certíssimo, devíamos aplaudir.

Então, eles se tornaram criativos.

Cotizaram-se, compraram um bar-pousada só para eles e outros como eles, a turma do goró, a turma do funil, a turma do saca-rolha – e tome cerveja, uísque, vinho e o que mais houvesse. As mulheres participavam. O bar oferecia pousada, a pousada oferecia bar, o que você desejasse: se ficasse bêbado tinha onde dormir sem precisar dirigir. De manhã acordava, tomava banho, tomava café e ia para o trabalho. Claro que fizeram isso depois dos filhos estarem criados, terem freqüentado faculdade, estarem casados.

Tinham consciência firme de final de vida.

Também não eram abusados, tratava-se apenas de gostar, e pronto.

POUSADA (nós optamos por coisa simples, familiar)

Ó glória.

E como tem muita gente boa e pacífica no mundo que “gosta de cana”, tendo agradado o sistema eles o expandiram com franqueamento, formando uma confraria “universal”, o Pró-Álcool, que à semelhança do programa brasileiro vinha dando certo.

Contratavam artistas, que bebiam também e por ali ficavam.

Gente famosa ia e enchia a cara. Gente de TV que começou a divulgar, foi uma beleza.

Eles eram profissionais, não bebiam de sexta a domingo como os amadores, bebiam de segunda a quinta, quando os garçons estavam folgados, as cervejas ficavam geladérrimas, o tira-gosto bem fritinho, as melhores comidas encontravam-se disponíveis, os cozinheiros de bom-humor, todos aqueles segredinhos. Iam se deixar abater?

E tome álcool.

Serra, quarta-feira, 18 de julho de 2012.

Quem Paga o PAC?

 

De julho de 1987 a junho de 1991 estive na AFES-Sindifiscal.

Numa ocasião fomos a Brasília, voltei conversando com o micro-jornalista de nosso micro-jornal, J, falando-lhe da ideia de criar um PAC Partido Anarco-Comunista, pois confesso ser isso, anarco-comum (nunca fiz proselitismo, de forma que o partido só tem um membro, eu, anarco-comum, não comunista porque todo “ismo” é superafirmação, é doença do info-controle psicológico).

Muito tempo depois o governo criou o PAC.

O GOVERNO FEZ UM PAC AGRESSIVO COM AS ELITES

QUEM PAGA O PAC?

DE 100 % QUE ENTREGAMOS VIA TRIBUTOS:
Importunidades de projetos	Erros de projetos	Má qualidade dos produtos	Desvios de verbas	O QUE SOBRA

1.         Inoportunidades de projetos: pode ser muito lindo, bem executado, bons produtos, sem desvios, mas não haver necessidade deles, os projetos tornando-se, nesse sentido, desperdício;

2.        Erros de projetos: os engenheiros, arquitetos, chefes de obras, operários e demais envolvidos podem errar;

3.        Má qualidade dos produtos: falta de vigilância e zelo pelo bem público levam ao emprego de materiais de qualidade inferior;

4.       Desvios de verbas: uma parte vai para o empresário com o caixa dois, outra para o político;

5.        Custos governamentais (pessoal, escritórios, material de escritório, energia, transportes, etc.);

6.       Outras causas.

Quanto sobra?

Acho que ninguém avaliou.

25 %, ¼? Para cada real realmente empregado nas obras, três outros ou mais foram o GASTO BRASIL.

Creio que bem pouco.

Quem paga o PAC somos nós, todos nós em relação a todos os PAC do mundo em todos os tempos e todos os espaços.

O único PAC que não resultou em prejuízo ao povo foi o PAC de que falei preambularmente, pois nem foi criado, foi só conversação. No mais, os governos são como os bancos, todo aquele luxo e sofisticação e o lucro gigantesco deles somos nós que estamos pagando, o que deve ser revisto.

Serra, quinta-feira, 26 de julho de 2012.