segunda-feira, 19 de setembro de 2016


Agorafóbico

 

AS FOBIAS

  1. A
  2. Abissofobia — medo de abismos, precipícios;
  3. Ablepsifobia — medo de ficar cego;
  4. Ablutofobia — medo de tomar banho;
  5. Acarofobia — medo de ter a pele infestada por pequenos organismos (ácaros);
  6. Acerofobia — medo a produtos ácidos;
  7. Acluofobia — medo ou horror exagerado à escuridão;
  8. Acrofobia — medo de altura;
  9. Acusticofobia — medo relacionado aos ruídos de alta intensidade;
  10. Aeroacrofobia — medo de lugar aberto e alto;
  11. Aerodromofobia — medo de viagens aéreas;
  12. Aerofobia — medo de ventos, engolir ar ou aspirar substâncias tóxicas;
  13. Aeronausifobia — medo de vomitar (quando viaja de avião);
  14. Afobia — medo da falta de fobias;
  15. Agliofobia — medo de sentir dor, sinônimo de algofobia;
  16. Afefobia — medo de ser tocado;
  17. Agorafobia — medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro;
  18. Agrafobia — medo de abuso sexual;
  19. Agrizoofobia — medo de animais selvagens;
  20. Agirofobia — medo de ruas ou cruzamento de ruas;
  21. Aicmofobia — medo de agulhas de injeção ou objetos pontudos;
  22. Ailurofobia — medo de gatos. Idem galeofobia ou gatofobia;
  23. Aletrorofobia — medo de galinhas (ornitofobia);
  24. Algofobia — medo de dor. Idem agliofobia;
  25. Amatofobia — medo de poeiras;
  26. Amaxofobia — medo mórbido de se encontrar ou viajar dentro de qualquer veículo de transporte;
  27. Ambulofobia — medo de andar;
  28. Amnesifobia — medo de perder a memória;
  29. Ancraofobia ou Anemofobia — medo de correntes de ar;
  30. Androfobia — medo de homens;
  31. Anatidaefobia — medo de ser observado por patos;
  32. Anemofobia — medo de ventos;
  33. Anginofobia — medo de engasgar;
  34. Antofobia — medo de flores;
  35. Antropofobia — medo de pessoas ou da sociedade;
  36. Antlofobia — medo exagerado de enchentes ou de inundações;
  37. Anuptafobia — medo de ficar solteiro (a);
  38. Apifobia — medo de abelhas;
  39. Aracnefobia ou Aracnofobia — medo de aranhas;
  40. Astenofobia — medo de desmaiar ou ter fraqueza;
  41. Astrofobia ou astrapofobia — medo de trovões e relâmpagos;
  42. Ataxofobia — medo de desordem;
  43. Autofobia — medo de si mesmo ou de ficar sozinho (Monofobia, Isolofobia);
  44. Automatonofobia — medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animatrônicas, estátuas de cera (qualquer coisa que represente falsamente um ser sensível);
  45. Azinofobia — medo de ser agredido pelos pais.

Ágora era a praça grega onde os gregos se reuniam para conversar, dialogar sabiamente, debater política e controle, coisas assim.

ÁGORA

Descrição: http://www.escoladedialogo.com.br/Mapaagora.jpg
Descrição: http://www.klepsidra.net/klepsidra26/maquete.jpg
Descrição: http://www.paideuma.net/s14.jpg
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKgsEWDHrY98OiLkCFt0YLW4v-RY7TcBBAYaay08mcCDSzrC2ck5IZsYHSbszrpSbF6-cewqfYUV16wUgw3-bkQ5vAp1J_l45Nt45nOvj-7_ZPc47nC-Cfgm0cqeS_S-Ezsszment5jt7p/s1600/1445255308_468a928dbf.jpg

Do que falo, não é disso, é agora-fobia, medo do agora.

AGORA-FOBIA

FUGA PARA O PASSADO
FUGA PARA O FUTURO
fantasia
FC, ficção científica
Descrição: http://www.brasilsensivel.com.br/mestras/fantasia1940.jpg
Descrição: http://obviousmag.org/archives/uploads/2010/07/ZZ0D905CA8.jpg

Através desse pânico psicológico, a fuga do presente, foram passando vários povos, em particular o americano: o medo do presente, a incapacidade de enfrentar os problemas. Isso acomete os povos que dominaram o horizonte humano em termos de produção, organização, controle político, poder.

INVESTIGANDO A AGORA-FOBIA DOS POVOS (em cada fase precedente à decadência tal fuga se apresentou) – os geo-historiadores é que disseram.

Americanos
Chineses
Egípcios
Espanhóis
Franceses
Gregos
Gregos
Hindus
Ingleses
Persas
Portugueses
Romanos
Sumerianos, etc.

IDENTIFICANDO AS FASES

FASE
ESTADO DE ESPÍRITO
Instalação
 
Expansão
Domínio
Consolidação
Prenúncio de queda
Sonhos fantásticos e de FC (sonhos de fuga, irrealidade e recusa de enfrentamento combinam-se com drogas e muletas neuroquímicas - com sensação associada de euforia)
Queda
 
Esfacelamento

Na fase de expansão e domínio também há fantasia e FC enquanto penetração vitoriosa, alegre, vibrante. Confiante essa outra, ela não é fuga, não é agora-fobia, não é medo-do-agora, é apenas diversão.

Na agora-fobia a pessoa não quer ver o presente.

Ela se droga.

                        OS TIPOS DE DROGAS DE FUGA

BEBIDAS
 
COMIDAS
 
DROGAS
 
FANTASIA E FC
SEITAS
 
DEMONISMO
ÊXTASES VARIADOS
 
SHOWS ALUCINANTES

Logo depois vêm as ditaduras.

Vendo fracos os fracos, e em fuga os fortes que normalmente os defenderiam, os ditadores (sempre presentes, mas amortecidos) manifestam-se, reúnem seu grupo de meliantes e lançam um programa de conquista baseada em violência. Foi assim com Mussolini, com Hitler, com todo ditador.

E foi assim nos EUA em 2025, quando...

Serra, quarta-feira, 25 de julho de 2012.

A Vida Depois dos 25


 

Lá por 1920 a quantidade de quadros expostos nas telas por segundo era de 12 a 16 fps (em geral, 14 fps, frames per second). Em 1929 mudou para o padrão atual de cinema de 24 fps, quadros por segundo ou frequência.

Peter Jackson, que filmou como trilogia os livros de Tolkien O Senhor dos Anéis, agora apresentará em dezembro/12 o primeiro de dois filmes que representarão O Hobbit nessa primeira película denominada Uma Jornada Inesperada.

Vai mostrá-la a 48 fps ou qps.

Venho aqui prevenir as pessoas.

Se, como está neste mesmo livro no conto Exames de Admissão, o mínimo (e o máximo) que o olho externinterno humano consegue processar são 24 quadros por segundo, aí é que mora o perigo. Desde bastante tempo os ousados estão apresentando filmagens a 60, a 700 a 1.000 qps. Bom, problema deles, pois que tipo de vida poderemos esperar além dos 24 qps, de 25 para frente? Eu não sei, você não sabe – perturbar quem está quieto não é bom. Estou dizendo.

Faça o que você quiser, depois aguente as consequências.

Se houver vida depois dos 25 (não estou dizendo que haja, acredite se quiser), essa gente passou despercebida até 1904, quando o cientista austríaco August Musger patenteou a câmera lenta. Você sabe como ele morreu?

Será que essa gente quer ser perturbada?

Se forem anjos, com todo esse poder de que a geo-história fala tão insistentemente, será que desejam ser perturbados?

Não vá dizer que não avisei.

QPS


http://digartmedia.files.wordpress.com/2009/06/ultra-slow-motion-camera-pictures-031.jpg?w=500
http://4.bp.blogspot.com/_V96S0hacbDM/TLYV3vTmYkI/AAAAAAAAAsw/glWL706bexU/s1600/matrix_l.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvxHvuIPZFKE3fNMR1uc3lPTGIRvj3pJwmTlhWAZLDUynLKC_UhLuirJiaG2qrMwtguf25-D13VjC85M-lKwzsCEyABS3sBCz0Al0tNnOksW_89o1nyZcNXKQ750MnqgtNB3sbILRDY2k/s640/2.JPG
http://espinafrando.com/wp-content/uploads/20110614-115901.jpg

Será que se diz “fenômenos ocultos” à toa?

Não é um aviso para permanecer oculto? Quem esteve oculto todos esses milênios quer ser perturbado?

Agora, com todos esses avançozinhos humanos as pessoas se acham os bambambãs e cheios de orgulho ficam mostrando o que não é para ser mostrado. Na hora que eles mostrarem as caras não vá dizer que eu não avisei.

Serra, terça-feira, 17 de julho de 2012.

Na Minha Infância Cheirava Bastante

 

Como já contei, meus tios Alvacy e Dalstein (Perim) levavam de Linhares revistas em quadrinhos da Disney, comecei a ler aos cinco anos, com toda aquela dificuldade já relatada.

Regalo, deleite.

As revistas e os livros emanavam o cheiro da tinta, que me embriagava, porque significada novidade, a abertura de mundos – eu ficava muito emocionado. Os livros de depois, os primeiros ganhados na adolescência, dados por meu irmão do meio, JAG, ah, tinham aquele aroma característico inesquecível, para sempre na memória.

Se eu tivesse lembrado de lamber, teriam gosto.

Ganhar primeiro, depois comprar era prazer insopitável.

A flagrância, puxa vida!

Arrasadores.

E os livros tinham outras particularidades, alguns vinham com as páginas unidas, não só à esquerda na costura (outros eram colados, raros de capa dura, maioria quase total de capa mole mais barata) como também em parte na direita, a gente devia pegar uma faca para cortar com cuidado (quando comprei faca de plástico fiquei assombrado com a esperteza das pessoas) – era aborrecido, mas também bom, significava que ninguém antes havia pegado para macular: primeirão! Papel de primeira, bem fino, acetinado, da nobreza; de segunda, mais grosso, popular, calejado, resistente; papel pobre de jornal, vagabundo (mesmo assim admirável), dos livros baratíssimos de faroeste, meus irmãos mais velhos compravam aos montes, eu lia tudo, como já contei.

Enquanto as pessoas não sabiam onde colocar tanta vida que recebiam, a mim faltava tempo para tanta vibração, tanta livralegria. Como diz o povo, Jesus me acuda. Emanavam os perfumes dos livros, a tinta rescendia, espalhava-se no ar, ai, ai, que coisa era aquele tempo.

Oh, eu cheirava muito então.

Agora os livros ficaram plastificados, sem-gosto, insossos, sem olor, livros educadinhos de prateleira, de yuppies, livros formais.

Vitória, segunda-feira, 19 de setembro de 2016.

GAVA.

A Graduação do Amor

 

Como vimos em De Clara o que Sente, o amor é graduado.

A GRADUAÇÃO DO AMOR (ele é uma escola com vários graus, do primeiro grau à cátedra) em i Deus-Natureza:

NATUREZA (relativos, pois a pessoa pode ser rica em amor: os mais ricos são os iluminados) – os graus:
DEUS
 
Absoluto
 
Povo
 
Lideranças
 
Profissionais
 
Pesquisadores
 
Estadistas
 
Santos-sábios
 
Iluminados
O mais baixo de todos.
Descrição: http://www.ufpa.br/dicas/biome/biofig/bionorm2.gif
O mais alto de todos.

Porisso o amor pode ser ensinado-aprendido.

Não o absoluto, o não-finito, o amor de Deus, O Amor (que é como A Verdade) que não pode ser alcançado; contudo, as pessoas podem ser iluminadas por ele, como Sidarta Gautama foi, tornando-se Buda.

Ora, aconteceu então que essa pessoa colocou a Escola do Amor, propondo-se graduar as pessoas, quer dizer, fazê-las passar a níveis mais elevados de amor-próprio (a Clarice Lispector disse que a falta de amor por si é o começo do ódio para com tudo: porisso era preciso cuidar primeiro da sementeira) e de amor ao próximo, como disse Jesus.

Nessa escola, os alunos estudavam desde cedo a vida dos estadistas, dos santos-sábios e dos iluminados. Debruçavam-se sobre os livros e as descrições das vidas deles em cada patamar, passando oito anos no primeiro grau, três no segundo, cinco no terceiro, dois no quarto, quatro no quinto e assim por diante.

Claro que ninguém se tornava iluminado se não fosse desde o princípio predestinado a isso, mas podia chegar a sábio. Entrementes, ao chegar a esse patamar tornava-se quase que inútil para o mundo, tão desprovido de ambições ficava. De todo modo, pouquíssimos são santos ou sábios. Não havia diplomação, porque o MEC não reconheceu a escola, o governo sentia dificuldade de conviver com a santidade e a sabedoria.

Serra, terça-feira, 10 de julho de 2012.

A Família de Natália

 

Natália tinha a estranha teoria de que mais que “obras primas” os livros eram obras irmãs, irmãs dela, e até pai e mãe, tios e tias. Dizia que os livros (e os autores por trás deles) a tinham criado e que muito devia a eles. Eram seus tutores, seus companheiros, ela gostava muito de ler, era aficionada desde criancinha em família de leitores, todos gostavam de ler e ela embarcou na onda, neném ainda quando a mãe lia para ela numa época em que praticamente não havia TV.

OS LIVROS QUE POUCOS LERAM

Descrição: As Obras-primas que Poucos Leram Vol. 1 - Diversos Autores; Heloisa Seixas (850106811X)
Descrição: http://www.livrariascuritiba.com.br/Imagens%5CLivros%5CNormal%5CLV065389_N.jpg
Descrição: Obras-Primas que Poucos Leram, As - vol. 3 - HELOISA SEIXAS - Record ISBN:8501073377
Descrição: OBRAS-PRIMAS QUE POUCOS LERAM, AS - VOL 4 (2006 - Edição 1)

Com isso de gostar de ler, Natália tinha uma família muito grande, cuidadosamente guardada em estantes primorosas (diferentes das minhas). Ela os lia com todo cuidado, sem marcar como faço. E como desde criança foi levada pelo pai e pela mãe aos lançamentos das primeiras edições, nos quais pegava autógrafos e dedicatórias, acumulou primeiras edições assinadas. As estantes eram de madeira de lei com portas de vidro, pois Natália protegia essa família que a levava a passear por todo o mundo, inclusive passado e futuro, no presente a outras terras, tudo emergindo das consciências e experiências de cada um dos criadores.

Depois que ficou adulta, virou escritora e casou-se, Natália continuou a ir aos lançamentos, ouvia as palestras, consultava os bibliotecários sobre preservação, zelava pelos parentes e amigos. Durante 67 anos depois dos sete ela seguiu essa rotina, fora as da vida, filhos e marido, tarefas variadas.

Então, aos 74 anos, Natália morreu.

Morreu por assim dizer, porque Natália mesma virou livro. A Biblioteca Central fez biografia e lançou em palestra-exposição com várias fotos ampliadas dela, e da biblioteca dela, que filhos e netos trataram de preservar, não apenas como memória da mãe e avó como também porque o conjunto valia muito dinheiro, com todas aquelas primeiras edições assinadas.

Natália foi para “o céu dos livros”, onde os bons humanos são homenageados e onde de cada um que os tratou bem há estátua com pedestal. Natália é a terceira do segundo corredor da ala norte, prédio N. São muitos e muitas que amaram os livros e os respeitaram, mas os livros-pais e os livros-mães sempre levam as crianças para visitar o museu-biblioteca, dizendo, “esta aqui é a Natália”. As crianças-livros param, olham com os olhinhos brilhantes e exclamam: oh!

Serra, quarta-feira, 25 de julho de 2012.