domingo, 18 de setembro de 2016


Solícito

 

Esse foi outro caso.

Tenho percorrido os jornais em busca de coisas insólitas, de pessoas diferentes, de gente que faz o tradicional de modo novo.

Deparei com esse cara.

Não faz sentido contar o santo, só o milagre.

Ele decidiu procurar “em todo o mundo” (claro que não, há 8,0 mil línguas e dialetos, quem conseguiria saber de todos os casos?) os exemplos extremos de deferência, o chamado “puxa-saquismo”, os “cordões dos puxa-sacos” e que tais.

QUE CATEGORIA!

ADERENTES
Descrição: http://tduarte.sites.uol.com.br/Puxa-Saco.jpg
BABA-OVOS
 
DO CORDÃO
 
DUREX
 
PUXA-SACOS
Descrição: http://www.brasilescola.com/upload/e/puxa-saco1.jpg
SOLÍCITOS
 

E assim por diante.

Enfim, você sabe, os peixinhos do chefe, os que levam peixes aos chefes, os que adulam, os que lambem os sacos, os que se agacham e mostram a bunda, os capachos e capachões, os capachildos, como diziam meu pai e minha mãe.

É repugnante.

É mais abominável, desprezível, odiento, abjeto, detestável, execrável ainda ver e ouvir, deparar com a coisa em andamento. A falta de dignidade! Pessoas que renunciam à liberdade laboriosamente conquistada.

Há os solícitos.

Os diligentes que pulam logo que o chefe chama.

As pessoas se esquecem de em 1º de Maio de cada ano - dia do trabalho – comemorar as lutas dos trabalhadores, todos que ao longo dos séculos lutaram e morreram por nossa liberdade. Deviam tomar vergonha na cara e em cada país erguer estátuas a esses heróis e por eles todos comemorar a redução das jornadas de trabalho de 16 ou 14 horas a oito horas/dia; o descanso aos domingos e aos sábados; as férias; as férias-prêmio; o tratamento da saúde e tudo que não existia antes.

Em vez disso, desavergonhadamente puxam saco.

Aplaudi a iniciativa desse cara, queria ter sido eu.

COMO CALHOU QUE NÃO FUI EU QUE FIZ?

Descrição: http://www.portalburitiense.com.br/wp-content/uploads/2012/04/portal-11.jpg
Certas Canções
 
Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece
Como não fui eu que fiz?
Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor
Contos da água e do fogo
Cacos de vidas no chão
Cartas do sonho do povo
E o coração pro cantor
Vida e mais vida ou ferida
Chuva, outono, ou mar
Carvão e giz, abrigo
Gesto molhado no olhar
Calor que invade, arde, queima, encoraja
Amor que invade, arde, carece de cantar

Caramba, tem gente que tem ideias geniais. Por vezes fico pensando que eu deveria pensar mais e melhor. Puta merda!

Serra, segunda-feira, 02 de julho de 2012.

Santa Casa

 

Começou com um devoto de Pancas, ES, que decidiu montar numa de suas casas uma explanação da vida do santo padroeiro de sua devoção, São Lucas. Foi recolhendo material como livros, objetos, curiosidades, biografias do apóstolo tanto em português quanto em outras línguas. As pessoas iam visitar, acabaram indo muitas, ele ampliou a casa, fez um sobrado.

Alguém de Montanha copiou, depois foi Barra de São Francisco, a seguir Nova Venécia, São Mateus e foi espalhando.

Por toda parte iam instalando casas, sempre havia quem doasse, de modo que a Igreja se interessou em favorecer o movimento, colocando-se à disposição para reunir material. Os grandes recursos mundiais da Igreja foram postos à disposição e o movimento se espalhou para outros estados, de início lentamente, depois de modo acelerado. As pessoas viram que os santos tinham devotos em todas as partes do mundo.

SANTOS CATÓLICOS (existem os ortodoxos e os anglicanos)

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv3LYoiBSk6l7aqrAAoizA7KPLPeoEXLskucCbYyrw9oLiRy-FEPnndFj-OP1uISCuMD6gld4K8ReqkTT1n2VfpdSkwcnLx4IKEJdOepPW4xhC7mjvdjNtyNtCn2c-PVYBx_Ja7N6gtcoY/s1600/santos.jpg
Descrição: http://4.bp.blogspot.com/-rBoaF6Q1lj4/TWUHWiEvSMI/AAAAAAAAAx4/gWB-41A3ASw/s1600/santos+catolicos+c%25C3%25B3pia.jpg

As pessoas se dedicaram.

O fato é que os santos foram corajosos onde somos covardes, doaram suas vidas, o que não faríamos.

LEI DE MURICI (cada um cuida de si)


“Cada um cuida de si”, exceto os poucos que cuidam dos outros.

CADA UM GUARDA MAIS O SEU SEGREDO

Na Hora Do Almoço
Belchior

No centro da sala, diante da mesa
No fundo do prato comida e tristeza
A gente se olha, se toca e se cala
E se desentende no instante em que fala
Medo, medo, medo, medo, medo, medo
Cada um guarda mais o seu segredo,
A sua mão fechada, a sua boca aberta,
O seu peito deserto, a sua mão parada,
Lacrada, selada, molhada de medo

Pai na cabeceira, é hora do almoço
Minha mãe me chama, é hora do almoço
Minha irmã mais nova, negra cabeleira
Minha avó reclama, é hora do almoço

Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
Que nos arrasta moço sem termos visto a vida
Ou coisa parecida, ou coisa parecida,
Ou coisa parecida

No centro da sala, diante da mesa
No fundo do prato comida e tristeza
A gente se olha, se toca e se cala
E se desentende no instante em que fala
Medo, medo, medo, medo, medo, medo
Cada um guarda mais o seu segredo,
A sua mão fechada, a sua boca aberta,
O seu peito deserto, a sua mão parada,
Lacrada, selada, molhada de medo

Pai na cabeceira, é hora do almoço
Minha mãe me chama, é hora do almoço
Minha irmã mais nova, negra cabeleira
Minha avó reclama, é hora do almoço

Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
Que nos arrasta moço sem termos visto a vida
Ou coisa parecida, ou coisa parecida,
Ou coisa parecida

Veneramos os santos porque vemos neles coragens que não temos.

MARTÍRIOS

Descrição: http://povodebaha.blogs.sapo.pt/arquivo/martirio.jpg
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO0BUeeIOm7P-0iyO5I9RiPFf7Zw9l8VXnqrFSc5pnUR81s15XYiXWhGlzPljHZWFQgiOSOolGx_t3Zd-Q-Ha_sHfCnAeycfJ2wZNG2ZAHsF11cz4ptgllKTK5L8pPa6xqctupNm1zDiKG/s400/santos+inocentes.jpg
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Onde somos covardes eles foram corajosos. Olhamos para eles para nos vermos melhor, seguimos seus exemplos achando que temos conserto. Nem tudo está perdido para a humanidade, nem todos somos ruins, perversos, irredimidos: se seguirmos suas trilhas (e as dos iluminados) chegaremos a algum lugar melhor.

Fizeram uma enciclopédia eletrônica de todos os santos e apontaram nela ano após ano os lugares com santas casas, como vieram a ser chamadas; e o Brasil tinha sido precursor em alguma coisa, em particular o ES, mais ainda o noroeste do estado. Que coisa gratificante! E o primeiro de todos a fazer foi chamado perante o papa, onde foi recebido com honras. Veja só o que a simplicidade e a devoção podem fazer!

Serra, quarta-feira, 20 de junho de 2012.

Representante dos Desprovidos

 

Esse deputado pensou diferente.

As pessoas diziam que não iria dar certo, os representados não iriam querer se expor.

O OUTRO LADO DE RUI BARBOSA (o discurso e a análise cínica dele)

- De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)
Agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus
Por quê “maus”, isso é julgamento de quem tá fora da corriola, quem tá fora da panelinha, valha-nos Deus. Quem tá mamando não fala assim, não, meu filho. Nós que precisamos pagar dois mil reais por dia num hotel decente, pensamos diferente. E pra poder ter tudo isso precisamos ter poder, é a lógica.
Crescer a injustiça
 Como, crescer a injustiça? E esses salários enormes que os desembargadores e os juízes ganham? Não é para trabalhar pela justiça, não? Até onde sei, é.
Desanimar da virtude
Olha, aqui tem uma coisa que eu acho certo, é a mulher conservar a virtude dela: não pode desanimar. Veja a Sandy.
Prosperar a desonra
Isso é uma pôca vergonha, como dizia o Boris, ganhar no tapetão enfurece a gente. Vamos jogar no campo, lá no verdão e não nas verdinhas, minha gente!
Rir-se da honra
Eu já ri da honra, quando aquela mulher gorda caiu na lama de pernas abertas. Mas, também, todo mundo riu, foi risadaria geral, mesmo.
Triunfar as nulidades
O que eu conheço de nulidade que triunfou, não tá no gibi. É muito mesmo, só na minha família tem uns 10. Inclusive sou a favor do nepotismo, porque é gente que a gente conhece, que viu crescer desde o berço, confia integralmente, entende? Agora, se não faz nada é problema da consciência da pessoa. Pelo menos leva um livro pra ler. E quanto a “cabide de emprego” é marca boa, porque é cabide durável, que a gente vê que dura durante décadas, desde quando eu era criancinha já ouvia falar desses cabides. Ô xente.
Vergonha de ser honesto
Eu tenho vergonha de ser honesto, posso dizer que tenho. Outro dia, por exemplo, mesmo ganhando milhões, pulei a roleta do metrô, o atendente demorou, eu estava com pressa, mas depois fiquei com vergonha. Fiquei com vergonha de ter vergonha, porque se estou esperando o atendente e ele não vem o que devo fazer?

O deputado perguntava: tendo o Brasil avançado tanto nas patifarias não seria bom assumi-las? Pensando assim ele se preparou para contra-argumentar cinicamente.

A PROPOSTA DO DEPUTADO ARREGIMENTA CORRELIGIONÁRIOS

CO-RELIGIÃO (os desprovidos de)
EXEMPLARESJ
Bondade
 
Conceito de certo e de errado
 
Dignidade
 
Humor
 
Integridade
 
Moral
 
Respeito e amor ao próximo
 
Respeito pela propriedade alheia
Fernandinho Beira-mar e outros.
Responsabilidade
Naya e outros.
Senso de ridículo
 

A lista era grande.

De início as pessoas ficaram sem graça, não queriam aparecer, escondiam-se, tentavam se afastar, não davam as caras. Enrustiam. Depois, eram tantos e tantos no Brasil que mais e mais foram se apresentando, formando grupos, apoiando uns aos outros, todos e cada um a cada novo achado, até que formaram grupos enormes, fazendo passeatas Marcha do Orgulho Grey (cinza, em inglês, significando todas as coisas obscuras e escondidas).

Ele se propunha defender os desprovidos, mas não acintosamente, porque ainda havia aqueles que não suportavam os desvios morais, infelizmente; e os religiosos e tantos outros iludidos que pensavam no mundo em termos de correção, de verdade, de bondade, de compartilhamento, de dignidade, de honestidade e de todos os valores ultrapassados no Brasil.

Nem tudo é preto no branco, nem tudo é cinza.

Elegeram o dia seguinte à Terça Feira Gorda (último do carnaval), a Quarta Feira de Cinzas como o dia-símbolo de todo o nascente Partido Grey, o afamado PT-G.

E a comida-símbolo era o “escondidinho”.

Foi o maior sucesso no Brasil, depois se espalhando pelos países vizinhos, os da hispano-américa.

Serra, quarta-feira, 04 de julho de 2012.

Repartição do Mundo

 

Descobriram na Amazônia peruana uma nova fruta deliciosa a que deram o nome de mundo, no Brasil mundo também, que finalmente foi vendida nas feiras-livres. Existiam cinco tipos de mundo, desde os mais baratos até os mais caros. Os pobres e médio-baixos, sempre petulantes, desafiadores, arrogantes queriam porque queriam ter acesso ao mundo dos ricos.

Os feirantes explicavam pacientemente.

- Esse mundo dos ricos é praticamente inacessível a vocês, custa 100 vezes tanto quanto o dos miseráveis, só 1 % tem acesso a ele. Vocês devem se contentar com o mundo de vocês.

Os pobres e médios não queriam saber, queriam porque queriam ter acesso ao mundo dos ricos.

- Então pague 100 vezes!

- Não, queremos o mundo dos ricos pelo mesmo preço.

O governo teve de interferir, lançando o Programa Nosso Mundo, Nossa Causa. Os políticos entraram no jogo: - “Famintos, unidos, jamais serão comidos” e imediatamente com a palavra de ordem pleitearam o Mundo Zero, o mundo subsidiado, Os Que Contam no Mundo Ajudando os Que Não Contam a Sonharem com o Mundo Melhor, começando com algumas lambidas em dias predeterminados.

O mundo dos pobres era mixuruca, bem miúdo, o munduído, uma variedade feia que nem maracujá de gaveta, todo engelhado, encarquilhado, enrugadíssimo, horroroso de se ver, escroto com força. Bem diferente do mundo dos ricos, que era vistoso que só ele, grande, fornido, sem jaça, brilhante, colorido, agradável de ver, todo precioso, nobre, colhido em plena força e pujança.

E ao ser repartido, o mundo dos ricos agradava a todos os ricos, enquanto o mundo dos pobres mal dava para quem queria, coisinha pequenina, a própria feiúra.

Os políticos prometiam mundos e fundos, estes os futuros mundos-dos-pobres, os funduídos que serem fornecidos pela seleção artificial da EMPAPER, o órgão da Agricultura que prometia usar tudo nos fundos dos pobres para alarga-los.

Os pobres, impacientes, pressionavam os políticos, que desejavam ir estudar os mundos de fora à custa do dinheiro do governo-povo.

No mundo os ricos apostavam.

No fundo os pobres confiavam: estavam indo para o fundo com toda confiança e graça que lhes era característica.

Ah, como era gostoso o mundo!

Só quem provou sabe como é que rói.

Serra, segunda-feira, 18 de junho de 2012.

Quem É Você?

 

Essa averiguação das músicas deu o que falar, porque a moça entendeu de investigá-las “ao pé da letra”, quer dizer, fazendo as indagações profundas.

A MÚSICA DO CARNAVAL (as duas indagações de Chico Buarque)

Noite Dos Mascarados
 
Quem é você?
Adivinhe, se gosta de mim
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
Quem é você, diga logo
Que eu quero saber o seu jogo
Que eu quero morrer no seu bloco
Que eu quero me arder no seu fogo

Eu sou seresteiro
Poeta e cantor
O meu tempo inteiro
Só zombo do amor
Eu tenho um pandeiro
Só quero violão
Eu nado em dinheiro
Não tenho um tostão
Fui porta-estandarte
Não sei mais dançar
Eu, modéstia à parte
Nasci pra sambar
Eu sou tão menina
Meu tempo passou
Eu sou Colombina
Eu sou Pierrot

Mas é carnaval
Não me diga mais quem é você
Amanhã, tudo volta ao normal
Deixe a festa acabar
Deixe o barco correr
Deixe o dia raiar
Que hoje eu sou
Da maneira que você me quer
O que você pedir
Eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
ELE
ELA

AO PASSO QUE EXISTEM PERGUNTAS MAIS INTENSAS

NA MÚSICA
NA PROFUNDIDADE DA INTERAÇÃO
QUEM É VOCÊ?
Por quê você quer saber? Quem te mandou perguntar isso? Vou chamar a polícia. Ademais, “quem é você? ”, pergunta das minhas intimidades. QUEM sou eu? Como saber? Se há 10 anos frequento psicólogo e nem ele sabe, como é que você quer saber com dois minutos de papo?
ADIVINHE SE GOSTA DE MIM
Tô aqui pra pular, não para ficar de “adivinhas”. Qual é a sua?

Quando as pessoas estão dispostas a brincar e a rir tudo fica na superfície, mas quando os conflitos são trazidos à tona a geo-história é outra. Uma vez tendo feito essa primeira interrogação, ela foi vasculhando outras músicas e vendo as disputas que havia do outro lado da porteira do divertimento, do lado de fora da festa.

Como disse Shakespeare, “tudo está bem quando acaba bem”, porém “acabar” não é dos ciclos que sobem e descem: na Natureza não existe “acabar” para os racionais, pois sempre existe um tempo antes e um tempo depois.

O “acabar” racional é um corte extemporâneo. Na vida, mesmo, as coisas só “acabam bem” se houver um corte impróprio.

Na Vida geral há confusões, há choques, há batalhas.

A tese dela é que quando olhamos as músicas e tudo das tecnartes há “por trás” delas combates não anunciados.

Serra, terça-feira, 03 de julho de 2012.

Quatrederme

 

OS AVANÇOS DA HUMANIDADE DO INDIVÍDUO (composições vistas como esferas concêntricas exponenciais)

PESSOAMBIENTES
EXPONENCIALIZAÇÃO
PESSOAS
Indivíduos
Famílias
Grupos
Empresas
AMBIENTES
Cidades-municípios
Estados
Nações
Mundo

A humanidade não é mais o indivíduo, ela foi antigamente incorporando os favores dos ambientes, por exemplo, os bioinstrumentos masculinos e femininos.

Depois disso foram os favores das formigas, os das cobras que trocam de pele, dos lagartos que reconstituem as caudas e assim por diante; com isso os seres humanos foram sendo modificados numa ampla variedade de novos-seres, inclusive com inteligências expandidas.

REMÉDIOS DA NATUREZA

Dos fungos.
Das plantas.
Dos animais.
Dos primatas.
Descrição: http://www.biodiversidadedoamapa.net/imagens/primatas_amapa.jpg

De quatro raças, de dois gêneros, de uma espécie apareceram amplas variações geneticamente modificadas por re-arquiengenharia dos genes. Facilidades que não tínhamos, liberdades que não possuíamos, amplidões com que não sonhávamos - tudo foi incorporado e os seres humanos ganharam possibilidades nunca sequer imaginadas. Recompunham órgãos como as lagartixas, trocavam de pele como as cobras, tinham novas dentições como os tubarões – viraram super-homens e super-mulheres. Não os de Nietzsche, mas super assim mesmo.

Dependia da riqueza: uma, cinco, 200 variações. Seres tão diversos quanto as descobertas da A/E-genética, na realidade arquiengenharia psicológica, pois com as modificações corporais vinham também as modificações mentais, no total as reprogramações do programáquina corpomental, inclusive dos cinco (ou mais) sentidos externinternos.

Das cobras veio a mudança de pele e as pessoas não precisavam mais de roupas: quando as peles desgastavam, eram trocadas. Só não se podia abusar, pois as mudanças restringiam-se a quatro.

Era verdadeiramente um novo mundo mais que huxleyano. Aconteciam muitas modificações de programas e máquinas, mas houve um surto de modificações biológico-psicológicas. E o mundo se encheu de novidades.

Serra, quarta-feira, 20 de junho de 2012.