quinta-feira, 15 de setembro de 2016


Pai e Mãe

 

Quando era criança em Linhares tive amigos de infância, Artur Barcelos Vicente, Walter Denadai e Milson Banhos.

ABV dizia pai e mãe (“pai falou”, “mãe disse”) diferentemente de mim, que dizia papai e mamãe ou meu pai e minha mãe. Por que seria assim? Fiquei encucado por muitos anos, décadas com essa coisa simples martelando minha cabeça.

O que pude pensar é que nas famílias onde existe formalidade de tratamento se diz pai e mãe e onde há proximidade papai (como Jesus dizia, Papai, Abba) e mamãe diretamente ou nas conversas, para se referir, meu pai e minha mãe. Onde a mãe demonstra certa distância e admiração afastada do pai ela carrega os garotos e as meninas a esse tratamento ausente e onde há ligação mais afetiva os filhos e filhas possuem esse valor que chamarei coração-de-toque.

A RELAÇÃO DE JESUS (coração com coração, identidade – não é tocante, isso? É uma das maiores declarações do Testamento)

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Esse foi um dos maiores presentes que Jesus transferiu, o de poder chamar Deus ABBA, papai, enorme intimidade.

Não que Artur não amasse o pai dele e fosse amado.

Só havia distanciamento de tratamento, formalidade.

Vitória, quinta-feira, 15 de setembro de 2016.

GAVA.

As 400 ou 500 Viagens que Fiz nos Mais Recentes Seis Anos

 

Tenho lido pouco porque tenho escrito as coisas do modelo, além de ter de trabalhar para ganhar o direito à vida, alimentação e cuidados. Sou avesso a viagens de avião, de trem, de carro, de barco, de bicicleta e a pé, qualquer viagem - gosto de pensar, des-cobrir as coisas que estavam cobertas, ocultas.

Trabalhando e escrevendo todos aqueles milhares de páginas, fico na condição mental.

MINHAS AGÊNCIAS DE VIAGENS

LIVRARIAS
BIBLIOTECAS
BANCAS DE REVISTAS
E-LIVROS
FEIRAS DE LIVROS
LIVROS PUBLICADOS EM JORNAIS

QUEM PREPARA MINHAS VIAGENS

PLANTADORES
Os livros antes da encarnação.
FÁBRICA DE PAPEL
A placenta do livro.
OUTRAS FÁBRICAS
Conheça os tipos de letras do alfabeto japones
Uns tipos estranhos que apareceram aqui.
EDITORAS
LIVRARIAS
AUTORES
O livro se pensando.

Não sou turista, porque não vou por roteiros traçados inteiramente por outros que me comandassem; certo, o autor delineia, mas posso imaginar. E depois vem o filme, que tem remake, refilmagem 30 anos depois, se você viver para ver; ou 60 anos adiante.

A viagem pode ter seqüência, volume dois ou volume três ou mais, virar série. É emocionante algumas vezes. Raramente é super-emocionante, mas acontece, fiz várias assim.

Não fiz as contas, não há como saber, mas foi isso: 400, 500 ou 600 viagens por todo o mundo real e fictício, FC e fantasia, romances, todo tipo de coisa por todo o mundo, inclusive memórias do passado.

Juntei o que vi com o que já sabia e o que imaginei e gerei textos.

As passagens, as portas ainda estão lá em casa se outros quiserem passar por elas, nunca deixa de levar os viajantes. Uma vez comprada aquela passagem ela serve para sempre. A mesma passagem pode ser utilizada milhares de vezes.

A BIBLIOTECA MÁGICA (o melhor de tudo é que tenho uma agência de viagens dentro de casa)

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Ah! Quantas viagens!

Serra, quarta-feira, 27 de junho de 2012.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016


30 Anos Depois Vi o Resultado

 

Em julho de 1984 fui para Linhares e em janeiro de 1987 voltei a Vitória. Coloco essas marcas porque não quero (com a memória frágil que tenho para essas coisas) colocar muito diferente do que realmente foi. Foi nesse período que, conversando com meu irmão mais velho, disse-lhe que estava vindo uma grande onda de nacionalismo (superafirmação da nacionalidade) e de patriotismo (superafirmação do patriota).

Como disse, a dialética qualitativa é muito tranquila, sabemos que o ciclo vai se completar, no dizer do povo “vai fechar”, dar a volta completa. A dialética quantitativa é dificílima, apontar quando e onde.

Fiquei esperando.

Como no outro caso da previsão em 1997 da crise da China em 2019, estou esperando (embora nem de longe a deseje) também para ver.

No caso do retorno patriótico e da afirmação nacional, estamos justamente presenciando o retorno em 2016 com esse caso rumoroso do PT/ Lularápio/Dilmaluca, aconteceu mesmo em 30 anos, como o modelo disse (na realidade, num mundo perfeito, 28 anos) que seria. Mas dizer e ser são coisas muito diferentes, aquele é previsão que testa o modelo, este é o concreto que o aprova ou desaprova (o contraexemplo sendo fatal para as teorias).

ONDASSIM

Linha da vida, do brilho.
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Linha da morte, da escuridão.

TIRADO DE ‘PODER COMO SINTOMA DO MAL-ESTAR’

BEM-ESTAR.
Começa no máximo no útero e quinze anos depois está no fundo do poço, o adolescente se sente péssimo.
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PODER.
No nascimento a criança está maximamente dependente, aos 15 tem um assomo de auto importância e autoafirmação, aos 30 depara com a coletividade, aos 45 anos está cheio de si (e pronto a capotar).
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O Brasil desceu e agora vai subir - enorme entusiasmo – para cumprir seu papel geo-histórico de grande relevância mundial.

É quando aproveitaremos para crescer.

Vitória, quarta-feira, 14 de setembro de 2016.

GAVA.

Armigo

 

Em tempos tão difíceis, pensaram eles, temos de nos proteger.

Primeiro juntaram-se dois, que moravam na vizinhança.

Foram até a telefônica e conectaram dois aparelhos, jamais usados por outro motivo: no caso de assalto eles ligavam aquele aparelho e tocava na casa do outro, que ia a busca de ajuda. Tinha GPS para o caso de estarem em carro ou num churrasco ou noutro qualquer lugar fora do lar.

Sem que tivessem esperado e já quase tendo esquecido o sistema, tiveram de usá-lo, com sucesso total, porque em minutos a polícia foi avisada e foi para o endereço, bem como o amigo, prendendo os meliantes.

Amigo armado, armigo.

Os bandidos levaram um susto danado.

Com o sucesso veio a ambição.

Falaram com um terceiro, juntaram um quarto, quinto, já eram 10, 20, 50, virou uma rede, estavam todos protegidos, os ladrões foram pegos e ficaram ressabiados.

REDE TELEFÔNICA (o crime organizado começa a investir em tecnociência)

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É A TAO HISTÓRIA... (o que parece bom, no momento seguinte é ruim, no outro já volta a ser bom e assim segue)

Uma grande lição de Taoísmo
Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele tinha um lindo cavalo branco... Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:
- Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?
O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo. Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu, e disseram:
- Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor vende-lo. Que desgraça!
O velho disse:
- Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se se trata de uma desgraça ou de uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir?
As pessoas riram do velho. Elas sempre souberam que ele era um pouco louco. Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou. Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente, as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho, você estava certo. Não se trata de uma desgraça, na verdade provou ser uma benção.
O velho disse:
- Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta... quem sabe se é uma benção ou não? Este é apenas um fragmento. Você lê uma única palavra de uma sentença - como pode julgar todo o livro ?
Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que ele estava errado. Doze lindos cavalos tinham vindo... O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram.
Elas disseram:
- Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você esta mais pobre do que nunca.
O velho disse:
- Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção.
A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado. Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra, e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistar. Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois recuperava-se das fraturas. A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria. Elas vieram até o velho e disseram:
- Você tinha razão, velho - aquilo se revelou uma benção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se para sempre.
O velho disse:
- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma benção ou uma desgraça. Não julgue, porque dessa maneira jamais se tornará uno com a totalidade. Você ficara obcecado com fragmentos, pulará para as conclusões a partir de coisas pequenas. Quando você julga você deixa de crescer. Julgamento significa um estado mental estagnado. E a mente deseja julgar, porque estar em um processo é sempre arriscado e desconfortável. Na verdade, a jornada nunca chega ao fim. Um caminho termina e outro começa: uma porta se fecha, outra se abre. Você atinge um pico, sempre existirá um pico mais alto. Aqueles que não julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e de nele crescer... Somente eles são capazes de caminhar com Deus.
A Sabedoria De Um Velho Camponês
 
Existe uma antiga história chinesa, do taoísmo, contada no livro “Resignificando”, (Editora Summus, 1982), de Richard Bandler e John Grinder, que nos fala de um camponês que vivia numa pequena aldeia do interior. Ele era muito respeitado, por ser um dos poucos habitantes que possuía um cavalo, que usava para arar a terra e também como meio de transporte. Certo dia seu cavalo fugiu e todos os vizinhos vieram se solidarizar com ele, lamentando este fato terrível. Mas o camponês não se abalou e simplesmente disse-lhes: “Talvez.”

Passou-se algum tempo e, para surpresa de todos, o cavalo voltou e trouxe com ele dois outros cavalos selvagens. Seus vizinhos festejaram sua sorte, pois agora tinha três animais, que seriam muito úteis para tratar suas terras. No entanto, o camponês não se deixou influenciar e disse-lhes apenas: “Talvez.”

Pouco tempo depois, o filho do camponês tentou montar um dos cavalos selvagens, e foi atirado ao chão, quebrando uma perna. Vieram todos da aldeia lamentar sua falta de sorte, mas o camponês tranquilo lhes respondeu: “Talvez.”

Na semana seguinte, vieram até a aldeia os oficiais responsáveis pela convocação militar para recrutar jovens camponeses para servir na guerra. O filho do camponês foi rejeitado, pois estava com a perna quebrada. Mais uma vez seus vizinhos comentaram como ele era um homem de sorte. O camponês simplesmente lhes respondeu: “Talvez.”

Esta antiga história nos traz uma lição de grande sabedoria. O significado dos acontecimentos de nossas vidas depende da maneira com os vemos. Existem pessoas que estão sempre se lamentando pelas coisas que acontecem. Eles percebem apenas o lado negativo das coisas. São pessimistas.

Outras pessoas, ao contrario, buscam nos acontecimentos, mesmo aqueles aparentemente negativos, oportunidades de crescimento e realização pessoal.

Por exemplo, uma pessoa que se envolve em um acidente de carro, pode ficar se lamentando pelo prejuízo financeiro que teve, pelo aborrecimento, pela perda de tempo, etc. estes são os pessimistas. Os otimistas aproveitam a oportunidade para agradecer a deus por não terem se machucado e por terem aprendido mais uma lição de vida. Aproveitam para refletir sobre o ocorrido e evitar que aconteça novamente.

Na historia contada, ganhar dois novos cavalos, na realidade daquela pequena aldeia, parecia ser algo bom, no entanto foi o motivo para o acidente com o filho do camponês, que era algo ruim. Ter um filho com a perna quebrada é um fato ruim, no entanto no contexto do recrutamento para ser levado à guerra, a perna quebrada foi uma benção.

Devemos, portanto, evitar nos deixar influenciar demasiadamente, tanto com os acontecimentos positivos, quanto com os negativos. Já houve casos até de pessoas que ganharam uma fortuna na loteria, e tiveram suas vidas viradas pelo acesso, trazendo desunião, transtornos e infelicidade para suas famílias.

A sabedoria da vida parece estar em nossa capacidade de criar um contexto positivo para todos os acontecimentos, procurando torná-los sempre positivos. Fazer do limão uma limonada. E ao mesmo tempo, evitar nos deslumbrar demasiadamente com fatos que aparentemente são conquistas extraordinárias.

Talvez um equilíbrio em nosso estado de espírito seja o mais aconselhável. Devemos buscar nossa realização pessoal em nós mesmos, e não nas coisas materiais ou mesmo responsabilizando outras pessoas pela nossa felicidade.

Autor: Ari Lima

Os ladrões se reuniram em convenção. O que está acontecendo? E tanto fizeram que ficaram sabendo, vazou, prepararam uma resposta, mas o outro time estava azeitado, não caiu no engodo. O jeito foi migrarem para outras cidades onde o sistema não havia ainda emplacado; e, treinados como ficaram pela cidade um, se deram super bem com seu próprio sistema de rede-roubo. Fizeram melhor ainda, contrataram gente para aprimorar o sistema-dois: a polícia nunca conseguia pegá-los.

Serra, terça-feira, 26 de junho de 2012.

Armando o Inimigo

 

Esse Leno veio conversando comigo no ônibus, puxou assunto no Terminal de Jacaraípe.

- Está vendo aquele guarda lá?

Eu disse:

- Tô.

- Pois ele está armado, as pessoas pensam que ele é incondicionalmente amigo, mas o fato é que é amigo agora, hoje, nestas condições de produção e de organização, recebendo em dia, controlado pelos comandantes-coronéis, alimentando-se direito, com família equilibrada...

- Enfim, tudo em cima.

Ele não gostou da interrupção.

- Vai me deixar falar?

Botei o galho dentro.

- Vou.

- No caso de haver crise, de tudo degringolar, já não seria a mesma coisa. Imagine um diagrama (ele desenhou mentalmente para mim e replico abaixo).

DIA-A-DIAGRAMA

Descrição: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/marcio/figuras/Image135.gif
Inimigo total
 
Amigo total
 
 
 

- Nada é somente sim, nada é totalmente não. E há a transformação do sim em não, a negação da negação, o salto dialético e as outras dimensões da dialética, disse ele.

Não entendi nada, mas como ele tinha sido agressivo, fiquei caladinho, ele tinha o olhar enraivecido dos revolucionários de antigamente, aqueles malucos de carteirinha de 30 ou 40 anos atrás, aliás, parecia estar pra lá dos 70 anos de idade, antigo comunista. Embora bem mais novo eu, eu não era a favor de violência, nem muito menos de reagir e bater em velho. Fiquei firme, balançando a cabeça em assentimento. Não convém contrariar os doidos e os chefes.

- Agora ele tem uma arma. Vai que qualquer um desses controles falhe, o que aconteceria? De suposto amigo temos um inimigo verdadeiro. E pense quantos milhares, centenas de milhares de policiais civis, militares, gente das forças armadas, guardas municipais, forças especiais, vigilantes estão armados neste país e, pior ainda, NESTE estado.

Não é que eu concordava com ele?

Pelo menos em alguma coisa ele tinha razão. Aquilo me deixou com uma pulga atrás da orelha, fui pro serviço e depois pra casa e danei a pensar em todos aqueles policiais armados no Brasil.

Torci para nada dar errado.

Serra, quarta-feira, 27 de junho de 2012.

Área 51


 

ÁREA 51 NOS EUA E NO BRASIL (coisa de doido)


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Bicho, que coisa doida.

Você toma umas purinhas, umas branquinhas, umas canas, umas pingas, uns gorós, umas talagadas ou o que mais for e fica doidão.

Mas só tome cachaça boa. Se não tiver, tome cachaça ruim.

ACONTECEU NA CSVRDT (essa é do saudoso Célio Márcio, mineirinho cem por cento)


O médico palestrante passou várias horas aconselhando os operários no auditório sobre os problemas do álcool, sobre o absenteísmo, os perigos na manipulação dos materiais e das máquinas para a vida e a segurança de todos, os prejuízos da companhia, os conflitos familiares com as mulheres e as crianças, as perdas e assim foi discorrendo interminavelmente.
Ao final a plateia estava estática, sem falar uma palavra.
- Alguém quer fazer alguma pergunta?
Levantou mão lá nos fundos.
- Eu quero.
- O que é?
- Como é que com tanta cachaça boa na praça e tanta cerveja o cara vai beber álcool?

Não faz sentido colocar gelo na cachaça, porisso que ela é chamada de “purinha”. Se for beber não dirija, se não for dirigir beba em dobro.

Eu mesmo já vi ET.

Cada cara estranho que a gente encontra nos bares, mermão, só pode ser ET, gente doutro planeta, só pode, juro que daqui não é.

Nos Estados Unidos não tem cachaça (acho que não), mas tem uísque, que é a cachaça deles lá. No Japão a cachaça se chama saquê . Na Rússia é vodka. No México é Tequila e assim vai e em todos esses lugares já viram ET. Essa é a minha tese: onde tem, tem.

Tô pra te dizer que essa tal Área 51 é área de cachaça boa (americana). Só pode ser, pra ser tão famosa assim. Inventaram isso de ET só para excluir o pessoal amador, que vai lá pensando que é “coisa do outro mundo”; claro, é, mas noutro sentido, entende? Não é nenhum carinha que veio de fora da Terra, de jeito nenhum, é “coisa boa”, entende? Coisa boa naquele sentido, entende? Coisa de profissional, não é pra qualquer um, é só pros de dentro, pra diretoria. Tô doidinho pra comprar a passagem, vamos eu e minha turma, vamo encher a cara, mermão, só eu vou ver uns 51 ET. ET e ETC.

Pô, tá pra mim.

Serra, sábado, 16 de junho de 2012.

José Augusto Gava.