quarta-feira, 14 de setembro de 2016


Grandes e Pequenos Psicólogos

 

TIRADO DE ‘PRAÇA TC E PRAÇA IC’ (e ampliado)

AMBIENTES.
Mundo.
GRANDES PSICÓLOGOS (governos políticos).
 
Nações.
 
Estados-províncias.
 
Cidades-municípios.
PESSOAS.
 
Empresas.
PEQUENOS PSICÓLOGOS (empresas administradoras).
 
Grupos.
 
Famílias.
 
Indivíduos.

AS PSICOLOGIAS

1.       Psicanálise (pequena psicologia) de indivíduos ou figuras ou PESSOAS;

2.       Psico-síntese (grande psicologia) de metas ou objetivos ou programas ou processos sociais de AMBIENTES;

3.      Economias ou produções (empresariais);

4.      Sociologias ou organizações (governamentais);

5.      Tempespaços ou geo-histórias.

É claro que os psicólogos históricos não fazem nem ideia de algo tão vasto, tão amplo, tão gigantesco quanto isso – estão perdidos nas miudezas, mesmo os grandes do século XX. Não vão além da psicanálise de indivíduos, o que mais avançou sendo Carl Gustav Jung na questão do inconsciente coletivo, mesmo assim bem pouco; por não ser matemático não instituiu à maneira de Boltzmann ou Von Neumann a probabilidade-estatística para as campartículas pessoambientais que levaria a melhores desenhos, digamos na psicologia dos tributos, como coloquei, e que de lambuja permitiria a ausência de imposições interferentes do observador-planejador.

Em resumo, porcaria.

Vitória, quarta-feira, 14 de setembro de 2016.

GAVA.

Praça TC e Praça IC

 

EXPONDO AS PSICOLOGIAS PESSOAMBIENTAIS (é tudo espantosamente exponencial). Tudo se tornou extremamente complexo, é preciso destrinchar para as P/A.

AMBIENTES.
Mundo.
 
Nações.
 
Estados-províncias.
 
Cidades-municípios.
PESSOAS.
 
Empresas.
 
Grupos.
 
Famílias.
 
Indivíduos.

Tirei cópias dos textos do MP, Modelo Pirâmide e entreguei às pessoas a que pude chegar, acho que ninguém leu. Gastei em dinheiro de agora cerca de 33 mil reais para imprimir várias quantidades dos sete DVDs, entreguei a 150 ou mais, a mesma coisa, se alguém leu foi pouco ou quase nada (a gente sabe porque ninguém fala que concordou ou discordou ou achou banal ou difícil ou isso ou aquilo, exceto minha filha e, menos, meu filho). Procurei conversar com alguns, mostrar isso e aquilo, sem resultados, exceto que nesse caso das praças RC, atual reitor da UFES, disse ter comunicado a um prefeito do PT no Acre. E coloquei primeiro no Blogava quase 4,4 mil artigos e contos, depois no Blogava-Presidência e agora no Blogava-Republica (não República, re-publica, publica de novo).

Tenho inutilmente tentado chamar atenção às sugestões.

Por exemplo, que seria INTERESSANTÍSSIMO transformar as praças quase inúteis em espaçotempos (ET) privilegiados, remodeladas totalmente como locais de encontros momentosos dos povelites, em especial essas que vou colocar.

DOIS ET PSICOLÓGICOS DÃO AS CARAS

PET (psicológicos espaçotempos).
OS A/E (arquiengenheiros, que são psicólogos e não sabem), DEVEM DESENHAR.
Praça Tecnocientífica (Física-Química, Biologia-p.2, Psicologia-p.3, Informática-p.4, Cosmologia-p.5, Dialógica-p.6).
 
Praça IC (infocibernética, informática-p.4, cibernética-X4).
 

As crianças ficariam maravilhadas. Os adultos, versões desenxabidas dos infantes, nem tanto, mas mesmo assim impressionados. E, você sabe, são os adultos que, trabalhando, pagam impostos que vão financiar a TC e a IC! Propaganda, sim, sem ser agressiva, publicidade bem-humorada. Apresentação das novidades diariamente, produtos novos, programáquinas para empresas e governos, um mundo de oportunidades.

Vitória, quarta-feira, 14 de setembro de 2016.

GAVA.

Very Nice

 

De very (em inglês, real, verdadeiro) e Nice (o célebre balneário francês) a moça e o rapaz criaram uma loja, Very Nice (que em inglês significa conjuntamente realmente bonito, brilhante, legal, bacana) e levava a Nice mesmo os grupos de ricos.

Cada sobradinho de frente para o mar custa 60 milhões de dólares.

NICE VERY GOOD

Política da boa vizinhança, vizinhança muito boa
Descrição: http://www.vacances-location.net/aluguer-ferias/map-town/alpes-maritimes/nice.png
Descrição: http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK238961_nice-franca800.jpg
Descrição: http://images.northrup.org/picture/xl/crap/cruise-crap/day6-nice-france/boardwalk2.jpg

Os ricos não gostam de turismo/durismo, fazem as coisas sozinhos e quando querem, são por natureza isolados e isolacionistas. Raras vezes se reúnem (exceto no Grupo Bilderberg ou no Clube de Roma ou na Trilateral para planejar como desgraçar os povos, segundo dizem) e quando o fazem é nos campos de golfe, bastante amplos para eles nunca se tocarem.

Ora, a empresa parecia fadada ao fracasso.

Ledo engano.

Ela e ele ofereciam a oportunidade de dilatação dos horizontes dos ricaços, dos multibilionários ou dos que pelo menos possuíssem mais de 100 milhões. Menos, não, pobreza, não.

Ela e ela juntaram informações sobre os ricos do passado, de imperadores e reis a Mídias, a Mecenas, a Crasso e a outros barões, marqueses, duques e aos “barões ladrões” americanos.

Elaboraram pequenas biografias dos excessos, por exemplo, de quando César deu (com o dinheiro do contribuinte romano) pérola negra a Servília no valor de seis milhões de sertécios. Ou quando certa mesa (como reportado por Will Durant) foi comprada no império romano por 800 mil dólares de 1943. Ou a casa de 100 milhões de dólares de Bill Gates ou o iate de Roberto Carlos, Lady Laura IV de U$ 25 milhões.

Tudo isso foi retratado: o tamanho atualizado das fortunas até o ano da visita. A dimensão das terras, onde ficavam, quantas cabeças de gado tinham, quantos trabalhadores. Os requintes, as torneiras de ouro de Onassis, as salas com lambris de madeira de lei e até de jacarandá. Fotos das casas, dos carros, modelos tridimensionais de tudo, inclusive jóias, os lugares nas diretorias – os ricos iam lá para se exibir, para serem aplaudidos, para serem vistos. E para invejar e competir, nada mais saudável que disputar (inclusive a tapa) algo totalmente dispensável. Quem tinha subido? Quem tinha caído? Quem perdeu posses, perdeu terrenos, perdeu coisas valiosas? Eles riam. Quem tinha comprado quadros e objetos antigos e valiosos no mercado negro? Eles riam mais ainda.

Principalmente, quem tinha golpeado quem?

Quem tinha passado a perna em quem?

Engraçadíssimo.

A agência de viagens foi um sucesso.

Impagável o riso.

Caro o passeio, mas bom.

Desopilante.

Serra, quinta-feira, 03 de maio de 2012.

Versificação

 

Versific/ação, o ato permanente de versificar.

Mirando-se no doutor de Lamare, o professor universitário fez ampla pesquisa sobre “adolescente diz cada uma” e depois “universitário diz cada uma”, juntando as bobeiras que ambos os grupos dizem. Claro que não anunciou assim. E também se lembre de que VOCÊ já foi adolescente e universitário, para ver que muitas coisas boas também são ditas.

Pois naquela universidade, não se sabe se do curso de letras, surgiu essa mania da versi-ficação, sendo “ficar” a arte de encostar-se o rapaz na moça e vice-versa para aproveitar-se e dar o fora o quanto antes, chupar o picolé e jogar o palito fora. Chupar a laranja e jogar fora o bagaço. A mesma coisa que se fazia desde sempre, agora com autorização e beneplácito da coletividade, que achava engraçadinho, desde que fosse “com os outros”. E acostumaram-se meninas e garotos a assim proceder.

Só que naquela universidade espalhou-se a moda de “ficar com os versos” e outros com os anversos.

Tudo era versi-ficado.

Para tudo a poesia, a poesia do ficar, a poesia ia ficando tudo cada vez mais chata. TODO MUNDO fazia poesia, qualquer um fazia, era um horror, até no Diário Oficial havia poesia. Por não ser mais necessária a métrica e por o haicai no Brasil ter morrido com Millôr Fernandes, cada qual achava poder fazer poesia. Todo mundo editava livro de poesia, era escandaloso. As leis Rubem Braga de Vitória e Chico Prego da Serra editavam livros de poesia.

Então, eles e elas versi-ficavam.

Ficavam e ficavam e ficavam.

Versavam e versavam e versavam.

Ô chatice!

Aquele professor explorou essa veia. Nem vou dar o nome dele, pois as pessoas notavam a ironia e o espancaram na saída da sala de aula uma sexta de noite, queimando os dois livros dele aos montes, dois montinhos na entrada do IC-4 na TUFES.

Cê acredita que os universitários versificavam até em literatura de cordel? Foi sim, claro que foi, guardei os textos, estão lá em casa por trás dos livros de Lênin, que por sua vez estão escondidos juntos com os de Marx, Mao, Trotsky e Stalin (um dia eles vão voltar).

A universidade ficou falada no Brasil inteiro, mas agora paira silêncio sepulcral, o professor teve três costelas quebradas, e um braço, ninguém sabe e ninguém viu.

Serra, quarta-feira, 02 de maio de 2012.

Vasquina

 

Depois da iniciativa aberrante e frustrada dos deputados de impor às famílias brasileiras o Kit Gay, outros inventaram o Projeto Vagina na Esquina, no sentido de colocar à disposição dos homens “mulheres da vida” em cada esquina de cada quadra, com isso também esvaziando a pressão exagerada da adrenalina masculina sobre a sexualidade feminina. Alugavam ou compravam ou desapropriavam para construir as lojas, tudo de muito bom gosto, padrão elevado para engrandecer o povo (e render mais). Instalaram primeiro nos bairros da periferia, mais necessitados, depois pensavam instalar em todo o país.

Na primeira semana o povo recebeu aquilo com estranheza.

Às mulheres desgostou a presença de prostitutas e os homens sentiram-se francamente ofendidos de ver exposta a sujeição masculina como se fosse impulso irresistível que deveria ser satisfeito obrigatoriamente todo dia e não compulsão que levava ao ato.

ACERTANDO NA QUADRA (o objetivo dos deputados era fazer a coisa certa, já de início na urbanização obrigar as construtoras a pré-instalarem em cada esquina a Vasquina)

Descrição: http://www.scielo.br/img/revistas/rsp/v41n6/6136f1.gif
Descrição: http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSE9oRZ__UEA0oqIIq1Wf525kbGl1P1BZGAZCZ4R6VRaAQBZeoQY7tbM_n6Lg

Na segunda semana alguém jogou uma pedra. Quebrou o vidro, prontamente substituído.

Enquanto isso os deputados foram espalhando as vasquinas, obrigando os prefeitos à lei.

Os prefeitos, assim sujeitados, obrigaram-se a cumprir; mesmo que isso lhes proporcionasse a motivação construtivista para o caixa dois não estavam gostando, sentindo a hostilidade popular. Com três prostitutas por esquina e várias centenas de milhares de bairros nas cidades seriam milhões de trabalhadoras do corpo, empregando vasta multidão.

Nisso houve uma primeira manifestação das mulheres numa das vasquinas, com tremendo bate-boca; numa outra elas fizeram cartazes e levaram as crianças, dizendo ameaçadas as famílias, muitos homens se juntando à manifestação. Numa outra cidade tocaram fogo na porta e expulsaram as moças. Noutra espancaram-nas e elas foram atendidas pelo hospital.

E assim foi por toda parte, com diferentes reações.

Até que alguém se lembrou dos deputados que votaram...

Serra, quinta-feira, 03 de maio de 2012.

Tudo como Dantes

 

Dante é um cara muito legal, um amigo antigo, com aquele jeitão tranqüilo, não sei como é em casa. Assim me parece. Tem uma bonomia, uma maneira boa.

Um dia saí de manhã e reparei que todos na rua tinham a cara do Dante, inclusive as mulheres e crianças, os bebês, os velhos; fossem brancos, pretos, japoneses, um índio que eu conheci pelas roupas e os adereços, todo mundo era Dante, tudo estava como Dantes. Tomei um susto, credo! Parei na padaria, a moça do caixa tinha o rosto do Dante, inclusive as rugas em menina tão novinha. Não era nada deformado, não era como se tivessem colocado nela máscara disforme – tanto nos bebês quanto nos idosos a mesma face, perfeitamente ajustada, menor nos jovens, maior e mais larga nos idosos, sempre o Dante reconhecível.

Nosso amigo Dante.

Nessa padaria há um espelho, olhei e eu também tinha o rosto do Dantinho, sem tirar nem por, olhei com detalhe. Por dentro era eu, eu me reconhecia com minhas ideias, minhas referência culturais, minhas necessidades, minhas ligações. Podia ver meu corpo baixote, barrigudinho, meus braços com operação de pontes de safena (braquio-radiais; aprendi essa palavra nova), meus cabelos brancos, barba branca no rosto do Dante.

Um Dante é ótimo, até dois ou três, mas (provavelmente) bilhões? Todos do mundo? Como distinguir as pessoas, como saber quem era quem?

E como saber que ideias tinha o Dante-A defronte de você? E beijar uma Dante, como seria? Cruz credo. O mundo mergulhou na incredulidade e na paralisia. O fato é que as pessoas queriam a igualdade, porém não tão completa assim. Só aí foram ver que as diferenças importavam.

Fiquei pensando que chato seria se todos fossem eu.

E se todos tivessem meu rosto?

E se todos tivessem meu corpo?

E se todos tivessem minhas ideias, se fossem iguaiszinhos a mim?

Luto para impor minhas ideias a todos e cada um, como cada um e todos, mas isso seria ruim, um absurdo, o melhor é haver essa variedade inumerável no mundo.

No outro dia acordei com receio de sair, mas ao levantar – ao contrário do que faço sempre – olhei no espelho e fiquei aliviadíssimo ao ver que era eu, não era Dante.

Compreendi que tanto a igualdade quanto a diferença são necessárias. Ou então era apenas um sonho. Entendi que a igualdade que pleiteamos é a política, a do respeito e da consideração.

Serra, quarta-feira, 18 de abril de 2012.

Ticeza Abriu

 

É uma das estórias de Afonso Cláudio.

A empregada estava contando-a ao seu modo.

EMPREGADA – Ali Babá chegou perto da porta de pedra e falou a senha: abre ticeza e ticeza abriu.

O original é “abre-te, Sésamo”.

GERGELIM É A SEMENTE DE SÉSAMO

Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/70/Sesamum_indicum_-_K%C3%B6hler%E2%80%93s_Medizinal-Pflanzen-129.jpg/220px-Sesamum_indicum_-_K%C3%B6hler%E2%80%93s_Medizinal-Pflanzen-129.jpg
Descrição: http://www.mercearianatural.com.br/imagens/mercearianatural.com.br/produtos/semente_gergelim_crua.JPG
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8JOLf2FvHVkjdGquOSJ4SPBfJxsTQVLlIpPL3-D4qR3ILlroPCaJ3obHvgaEMw5dCJyf_DtSTiw1k3LSTzrE9SPy6O5WkjyIFx8Lfw1UdGfxp5HVL5nGpQ9iK_2M63pLyv3FRBtRGewR7/s1600/semente+de+gergelim.jpg
Descrição: http://receitasnarede.com/content/img/220x220_palitos+de+p25c325a3o+de+s25c325a9samo.jpg

Foi isso que me levou a procurar as versões populares dos contos de fadas, dos ditos, daquilo que disseram os sábios, santos e filósofos, de tudo que foi na origem genial e decaiu para as concepções do povo; por exemplo, quando Nietzsche disse “tudo que não me mata me fortalece”, o povo respondeu com “tudo que não mata engorda”.

Primeiro entrevistei centenas e centenas de populares guardadores de cultura em muitas cidades do ES e do Brasil, demorei décadas nisso em toda viagem que fazia para comprar ou para vender.

Depois, busquei os correspondentes na alta cultura onde pensam os altos cultureiros. Não foi fácil, porque às vezes o que o povo dizia não coadunava em nada com as frases remotas quando elaboradas.

Pareei-as e fui aos professores da ZULFES, onde conversamos por centenas de horas.

Finalmente fiz a correção final com a ajuda de amiga professora de português e a seguir leu o livro uma dúzia de amigos pacientes, que apontaram pequenas incoerências que corri a corrigir.

Finalmente estava pronto e é este livro à venda neste vernissage e que, espero, divertirá vocês, O Decaimento Psicológico: O Povo Constrói com os Restos da Grande Pirâmide. Isto é, que distância medeia entre a invenção útil e o desconhecimento popular?

Muito obrigado por terem vindo.

Serra, segunda-feira, 23 de abril de 2012.