segunda-feira, 12 de setembro de 2016


Man Drake III

 

Assim como o Super-Homem, o Homem Dragão enfrentou as maiores penas e os maiores embaraços quando chegou ao Ocidente 100 anos atrás, tudo derivado dos super-poderes.

Era justamente esse o teste: como se comportaria perante os fracos e os oprimidos alguém que podia quase tudo?

ESSAS dificuldades do Super-Homem ninguém mostrou, o enorme empenho para se auto-controlar, para administrar a fraqueza alheia; bem como a permanente tentação de ajudar a todos, de salvar a todos dos erros e dos castigos que a Natureza prontamente nos entrega nesses casos.

POR PROFUNDAS DEPRESSÕES ELES PASSARAM (e tiveram de se curar sozinhos: cada santo/sábio e cada iluminado passou pelo inferno de fogo que propugnava a submissão alheia, e ao fim e ao cabo levou à superação)

Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/b/be/Super-Homem.jpg/250px-Super-Homem.jpg
os super-heróis
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os que fazem acontecer
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os santos e sábios
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os iluminados

Com tanto poder, tanto poder fazer, o que Man Drake fazia?

A maior parte do tempo ele se controlava, mais do que controlar os outros, pois era duplamente poderoso:

1) através da Pedra de Luz podia olhar qualquer um, exceto a pedra-mãe lá em Xanadu, debaixo do Potala;

2) podia operar isso que se chama Magia, a alteração da realidade, sem cair no abismo do Negror - trabalhar o lado negro sem ser contaminado.

Isso exigia sabedoria.

Man Drake vivia permanentemente assoberbado pela possibilidade de queda e porisso mesmo era profundamente religioso. Pois ele podia agir pela Palavra e pelo Gesto. Duplamente, pelo gesto-palavra, que era muito mais eficaz e cujo aprendizado vinha dos Antigos pela linha de sucessão, através dos imortais filhos de Adão e Eva.

Poucos nasciam a cada século para receber esse demorado treinamento, que era basicamente de auto-contenção, não fossem os errados acabar obliterados pelos seus mestres.

Man Drake sofria crises incríveis em razão de seus conhecimentos superiores. Um dos modos de diminuir a tensão era participar dos shows de mágica, esses que são apresentados nos circos, nos teatros, no cinema, na TV e em toda parte, fazendo-se passar por farsante, como se as mágicas verdadeiras fossem falsas, inventando mecanismos dispensáveis que os espertos investigavam para defini-los facilmente como falsificações. Quanto trabalho para parecer falso! Quantas horas perdidas de sono para parecer trapaceiro! Desde os tempos mais antigos esses magos verdadeiros assim procederam. Há um retrato deles no livro Um Estranho numa Terra Estranha.

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Serra, terça-feira, 24 de abril de 2012.

Macarratubo

 

O macarrão e as massas de trigo desse tipo foram inventados pelos chineses; no século XIII Marco Pólo, seu pai e seu tio trouxeram-no a Veneza, Itália, de onde se espalhou pelo mundo, inclusive a pizza.

Os tipos multiplicaram-se enormemente.

MASSA-RÃO

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Fibra ótica: é fibra e você pode ver.
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Então, o que haveria mais a inventar?

Pois bem, os seres humanos são extremamente inventivos.

Seria algo extraordinário, em termos de insights, ver as datas das invenções e como o mundo funcionava imediatamente antes, por exemplo, no ano anterior. Como era o mundo antes do aparecimento do telefone, no ano anterior ou, avançando 10 anos, 10 anos atrás, naquele ano?

E assim por diante.

O que as pessoas tinham de fazer para telefonar antes do celular?

Então essa firma lançou os macarrões-tubo de 1, 2, 4, 8 cm de diâmetro, grandes cilindros duros que eram preenchidos de massa qualquer (inclusive das receitas fornecidas), com tampões nas bordas, com círculos tampadores de massa, conforme você conhece. O macarratubo demora a cozinhar, permite o cozimento da massa e só ao final amolece, sendo cortado com faca.

Ah, que receitas maravilhosas!

Que coisas puderam fazer com ele!

Foi espantoso.

Como vivíamos antes do macarratubo?

Eu não sei, você sabe?

Serra, quinta-feira, 10 de maio de 2012.

Deus como Função

 

Vimos em O Nome de Deus não é Deus que não poderia mesmo ser, o nome do farmacêutico não é farmacêutico, ou boticário. Tiradentes era apelido, o nome dele era Joaquim José da Silva Xavier, o herói libertador brasileiro.

Vimos em Função Deus que Deus é o nome da função que ele exerce, não é nome próprio, assim como Pedro é engenheiro: a função é pensar, engenhar, apresentar soluções, como disse o professor de Gabriel, o engenheiro é o destruidor de problemas, Pedro é como entramos em contato com o indivíduo.

Então, qual é a função de Deus?

1.       Engloba todos os conhecimentos;

2.       Extremiza todos os saberes (nenhum racional chegaria nem perto, há um fosso não finito entre a razão e o não-finito de Deus);

3.      TODAS as potências, tudo que já foi, é e será está plenamente disposto em Deus (qualquer que seja seu nome, se ele o tem, porque afinal de contas nomes são apelos, chamados, e por quê Deus chamaria a si mesmo?);

4.      Enxergamos que Deus joga com todo este universo em condições não-favoráveis a ele e não-interferentes;

5.      Podem existir de vários a não-finitos universos em cada tempo ou um só ou até nenhum ou pode existir somente o ponto-envelope;

6.      Certamente é o metamatemático (que explica a Matemática geral) metaquântico (que predispõe todas as quânticas em todos os universos metajustados em sintonias finas);

7.      Muitas outras determinações que fomos encontrando lentamente, saboreando as novas compreensões.

Como a Natureza é insubsistente, visível, inconsciente e ao acaso, do par polar Deus-i-Natureza depreendemos Deus é a porção subsistente, oculta, consciente e determinante – assim, ele é que é verdadeiramente real, aquele que é em totalidade: os universos expressados são reais apenas no sentido de existirem (o que parece uma triste notícia, mas é revolucionária e positiva, porque sabemos que 50 % serão absorvidos e verão a plenitude).

Deus é função como o zero é, como as retas numérico-matemáticas o são, mas diferente, pois não é irracional e inventado desde a Natureza, é autônomo, tem nome próprio, que ninguém lhe deu (você sabe, o que chamamos de “nome próprio” é nome emprestado: Letícia foi nome escolhido por pai e mãe e ela não ficará para sempre).

Vitória, segunda-feira, 12 de setembro de 2016.

GAVA.

Justiceiro

 

O advogado dividiu seu tempo em duas partes.

CAUSAS PRIVADAS
CAUSAS PÚBLICAS
PESSOAIS
AMBIENTAIS
Indivíduos
Cidades-munic.
Famílias
Estados
Grupos
Nações
Empresas
Mundo

50/50.

“Causas públicas” eram pro bono, para o bem, trabalho gratuito, tudo porque o advogado - “vindo de baixo” - lembrou-se de suas raízes e dificuldades e apostou na retribuição ao povo sofrido (dizer povo já não é dizer sofrido?).

O que parecia restringir seus ganhos, melhorou-os, porque tendo só 50 % do tempo para si ele estudou mais e se tornou mais competente. Realmente empenhado tornou-se expert famoso, muito requisitado.

E já que defendia as “causas perdidas” populares, as pessoas faziam “propaganda de boca”, quer dizer, de boca a ouvido e com tal insistência, que a fama dele se espalhou ainda mais na cidade e nas redondezas, até no estado; quando essas pessoas assim atendidas melhoraram de vida passaram a ira a ele, que enriqueceu mais, colocando escritório e contratando mais gente, tanto advogados quanto pessoal de apoio.

Contratou arquitetos, construiu um prédio para si.

E começou a fazer “justiça pelas próprias mãos”.

Nunca contra aqueles contratadores do outro lado, alegando muito justamente conflito de interesses.

Os outros advogados foram à OAB, Ordem dos Advogados do Brasil. Também representaram junto ao Tribunal de Justiça do ES. Nada surtiu efeito. Sendo advogado ele mesmo se defendeu em ambas as instâncias. Quando ganhou, os querelantes ficaram mal perante a coletividade, que esvaziou seus escritórios.

Contrataram bandidos para simular assalto e feri-lo, até matá-lo, mas não deu certo porque foi avisado pelos próprios contratados, que tiveram membros da família assistidos.

O advogado elegeu uma série de pontos fracos do funcionamento governamental em todos os ambientes (cidades-municípios e estado, pois os demais eram distantes, extrapolariam a capacidade operacional) próximos, fixando seu olhar nas áreas de maior sofrimento.

A fama dele propagou-se.

Insistiram que se candidatasse. Embora detestasse a política, foi lá para ampliar a voz.

O carro dele capotou no viaduto antes de João Neiva, rolou na ribanceira, pegou fogo, ficou totalmente carbonizado.

Serra, sexta-feira, 27 de abril de 2012.

Imóveliária

 

Ele percebeu o quão ruins eram as imobiliárias.

Antigamente eram péssimas, mas mesmo nessa época em que ele e a esposa colocaram a empresa ainda eram horríveis. As pessoas só compravam porque necessitavam muito.

EIS O DESENHO DA EMPRESA DELES

Área.
Quanto da área do sítio era reservado a florestas legais? Havia água corrente? Qual a área útil?
Como chegar ao local a adquirir ou alugar?
Rota proporcionada pelo Google Earth ou Google Maps ou outro instrumento, bastava digitar os dois endereços, dava a distância.
Custo comparado.
Para casas nas cidades, o preço/m2 em relação a apartamentos novos. Para sítios o preço do hectare ou do alqueire (4,84 ha/alqueire); isso não perturbava os demais, havia outras vantagens, em cada caso. DE qualquer forma, a honestidade é a melhor política.
Dava lucro que a mantivesse?
No caso de propriedade rural ela se mantinha ou era preciso injetar dinheiro? Tinha plantações de eucalipto, de café ou outras? Tinha tanques de peixes? Qual era a planilha? Tinha de pagar caseiro? Havia granja? Qual a produção?
Em sítio há casa para morar?
A planta baixa, a posição em relação ao terreno, quando foi construída.
Energia.
Que tipo de energia era fornecido: da companhia, dos ventos, solar, gás encanado, biomassa?
Estradas.
De terra ou asfaltadas, as distâncias até as cidades próximas.
Filmagem objetiva.
Posição dos limites no Google Earth bem claros. Entrada do sítio marcada na rosa dos ventos, mostrando as posições relativas com desenhos.
Insolação.
De que lado vinha o Sol? Em quantos dias por ano chovia e em quantos era ensolarado? A que horas nascia o sol?
Lazer.
Se fosse apartamento, que tipos de ofertas existiam no pé do prédio? Se fosse sítio, quais as festas da região?
Listagens objetivas na roça.
De frutas, de verduras, enfim, de hortifrutigranjeiros.
Onde ficavam as conveniências?
Farmácias, supermercados, padarias, bancos, postos de gasolina, bares.
Quais eram as altitudes em torno do ponto?
Havia subidas ou ladeiras? Se fosse casa havia rua calçada até lá? Se fosse sítio qual era a altitude média dele? Aqui tiveram de desenvolver programa a partir do GE.
Quais os custos embutidos?
IPTU urbano ou ITR rural, se a propriedade tinha acesso a energia rural subsidiada, quanto era o condomínio?
Solo.
Que tipo de solo era? Já tinham sido feitos os testes?
Ventos.
De onde provinham os ventos dominantes?

E nos filtros eles colocavam para sítios: é para recreio ou para lucro?

O que precisa ser feito? O que precisa de reforma urgente?

Enfim, eles miravam O COMPRADOR e não o vendedor, porque este queria obter o dinheiro e, se o comprador ficasse satisfeito, o pleito daquele seria concomitantemente atendido.

Se início foi uma trabalheira danada para eles mapearem tudo isso, trabalharam à bessa dia e noite em sábados, domingos e feriados, mas com a entrada de dinheiro contrataram auxiliares. E alguma coisa já estava disponível. No começo a margem de lucro ia quase toda para pagar a acumulação de informações, mas depois veio a fase de bonança em que dominavam o mercado e mais de 60 % das contratações eram deles.

Isso mudou para sempre o mercado imobiliário no mundo inteiro. E não só ele.

Serra, quarta-feira, 09 de maio de 2012.

Holoclaustro

 

Com os avanços da tecnociência da info-cibernética alguém ofereceu o claustro 4D (3D + tempo, circulação, decorrência virtual, passeios) com óculos de mais recente geração (porque se fosse “última geração” tudo acabaria em seguida), o claustro-total, do grego holo, todo.

VIRTUALMENTE PASSEANDO

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A questão, o autor pensou, é que há muita gente desejando fazer retiro espiritual sem ter de pagar caras estadias, sem ter de ficar dias longe da família, sem estar tão longe que não possa atender os negócios, sem obedecer à regularidade e ao ritmo dos dias e das semanas, sem correr risco de ir de carro, sem desconforto.

Enfim, quer sofrimento mínimo e conforto máximo quando se trate de ir a mosteiro para “sofrer” a iluminação, com toda comodidade.

HOSTEIRO (mosteiro-hotel) ou MOSTAPART (mosteiro-apart)

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Descrição: http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK1516_Mosteiro_Leca_Balio_Portugal800.jpg

Uma empresa dos países-baixos (e põe baixo nisso, boa parte fica abaixo do nível do mar) se interessou em investir.

A pessoa comprava (ou alugava) os óculos, o andador especial, o pacote alimentar, os livros e a ambientação externa ao mosteiro virtual, por onde passearia com os outros “monges”, pagando a telefonia universal e a conferência virtual.

É claro que todos tinham de falar pelo menos inglês ou ficariam restritos aos “monges” de mesma língua.

Era bom em muitos sentidos.

Primeiro que conversavam calmamente, trocando informações (inclusive econômico-financeiras), falando de filosofia, ciência, técnica, tudo que desejavam comunicar de suas famílias e assim por diante. Claro que deveriam passar por uma triagem demorada, ou entrar por recomendação de sócio anterior, que ficava responsável.

Segundo, acalmava mesmo, porque as distrações eram mínimas.

Terceiro, havia um punhado de leituras “obrigatórias” (para quem quisesse progredir).

De forma que avançou muito, chegando ao Holoclaustro 2.0 e indo adiante. Por conta de “holocausto” chocava, mas só de início. Fazia até sentido, porque muitas de suas ilusões iam para o brejo: não se dizia que “o fim das ilusões é o começo da filosofia”? Eles e elas filoso-fiavam.

Serra, quinta-feira, 26 de abril de 2012.

Gisele, a Espiã Nua que Abalou Garis

 

Em vez de seguir o caminho tradicional de circular nas altas esferas, Gisele foi para São Paulo, a mais importante (mas não a mais populosa: a Grande Cidade do México é maior que a Grande São Paulo) cidade da América Latina e colocou empresa de coleta de lixo.

Inicialmente, nos idos dos 1980 e até 1995 no Brasil, quando entrou em cena a Internet, ela trabalhava com papéis jogados fora pelas residências dos ricos, famosos, poderosos, belas (não se esqueça que elas convivem com eles em todos os níveis). Comprava os papéis dos garis e para ganhar os recalcitrantes pagava com o corpo, como prostituta mesmo; com corpo tão belo, supostamente inalcançável por eles, fez sucesso, eles ficaram abalados, ela dizia ser ninfomaníaca, eles não sabiam o que era.

A Espiã Nua transitava livremente entre os garis e os postos de coleta: eles andavam por toda a cidade patrulhando por ela. Claro que ela não dizia nada! No recolhimento de sua empresa separava para reciclagem os materiais da coleta incipiente, prensava-os (foi precursora disso) e vendia-os para as empresas. Depois de 15 anos nisso, mudou de tática.

Com a entrada da Internet em cena os computadores ganharam proeminência, inicialmente com os ricos, médio-altos e médios, depois pobres e miseráveis.

Ora, os ricos são tidos e havidos como perdulários (o que não são, é a lógica, pois se fossem gastadores não seriam ricos, é ou não é? Apenas ocorre de eles precisarem da última palavra em avanços e de terem dinheiro para gastar com ela). Quando os computadores se tornavam ultrapassados eles simplesmente descartavam e compravam outro muito mais avançado. Vender seria mesquinharia, dar poderia levar a recusa pelos pobretões, que se sentiriam talvez aviltados por ganhar algo.

Então, jogavam fora.

Mirando isso, Gisele comprava por bagatela (se oferecesse muito chamaria atenção) cada torre ou base, sem considerar os monitores, pois estes não interessavam. O que interessava mesmo era o hard disk, HD, e os HDs internos porventura existentes (ou, até, os externos). Quando o antigo computador passava dos pais aos filhos e filhas estes e estas formatavam e todos os dados eram perdidos, mas mesmo assim algo poderia persistir.

De modo que ela comprava as memórias.

E tinha um grupo de gente muito esperta trabalhando na retaguarda, bem longe da empresa, num escritório elegante da Vieira Souto. Lá eles trabalhavam com afinco e determinação. Você não tem ideia de quanto eles mineraram nessas fontes! Depois, como deu certo o teste no Brasil, ela colocou outros escritórios nas principais cidades do mundo.

Foi das fontes dela que emergiu aquele escândalo do WikiLeaks (veja o livro WikiLeaks, A Guerra de Julian Assange contra os Segredos de Estado, Campinas, Verus, 2011).

O LIVRO

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Serra, segunda-feira, 07 de maio de 2012.