Sherazade
Não Tem Estátua
No super-romance
árabe (que tem fundo indiano, os árabes se apoderaram de tudo dos gregos,
romanos, egípcios, persas, indianos e até chineses) das Mil e Uma Noites, você
sabe, a princesa Sherazade conta ao sultão durante 1.001 noites suas estórias e
salva assim 1.002 mulheres de serem mortas no dia seguinte pela fúria dele com
ter sido traído, pois ele desposava uma e ao amanhecer mandava matá-la:
contando as fábulas, Shera (na intimidade) deixava sempre o melhor para o dia
seguinte, o potentado ficava curioso, poupava-a e ela prosseguia assim, até ter
o rei se afeiçoar por ela, casar e mantê-la viva (mulher assim astuta ajuda a administrar
o reino, que é que há? Espertinha que só ela!).
MIL E UMA OUTRAS NOIVAS POUPADAS
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Wikipédia
As Mil e Uma Noites
Xerazade e o sultão Xariar, por Ferdinand Keller
As Mil e Uma Noites (em árabe: كتاب ألف ليلة وليلة إبله; transl.: Quitâb 'alf laila ua-laila, "O Livro das Mil e Uma Noites"; em
persa: هزار و یک شب; transl.: Hezār-o yek šab) é uma coleção de histórias e contos
populares originárias do Médio Oriente e do sul da Ásia e compiladas em língua árabe a
partir do século IX. No mundo moderno ocidental, a obra passou a ser
amplamente conhecida a partir de uma tradução para o francês realizada
em 1704 pelo orientalista Antoine Galland, transformando-se num clássico
da literatura mundial.
As histórias que compõe as Mil e uma noites tem várias origens,
incluindo o folclore indiano, persa e árabe. Não existe uma
versão definida da obra, uma vez que os antigos manuscritos árabes diferem no número e no
conjunto de contos. O que é invariável nas distintas versões é que os contos
estão organizados como uma série de histórias em cadeia narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar. Este rei, louco
por haver sido traído por sua primeira esposa, desposa uma noiva diferente
todas as noites, mandando matá-las na manhã seguinte. Xerazade consegue
escapar a esse destino contando histórias maravilhosas sobre diversos temas
que captam a curiosidade do rei. Ao amanhecer, Xerazade interrompe cada conto
para continuá-lo na noite seguinte, o que a mantém viva ao longo de várias
noites - as mil e uma do título - ao fim das quais o rei já se arrependeu de
seu comportamento e desistiu de executá-la.
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Pois bem, Sherazade
não tem estátua, ninguém a homenageou-a (embora personagem de fábula, poderia
ter sido feito, em lugar de tantos generais-cavalos, generais equestres) com
uma representação de sua sabedoria de ter contornado a fúria do poderoso chefão.
Faltou propaganda.
As mulheres trabalham muito, mas falta publicidade adequada dos feitos
(exagero, não, seria deselegante).
Vitória, terça-feira,
12 de junho de 2018.
GAVA.

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