terça-feira, 12 de junho de 2018


Exu-Petinha e o Chupetamóvel

 

Existe no Fisco do Espírito Santo um colega, CF, que foi apelidado Chupetinha porque vivia pedindo facilidades, felicidades fáceis.

EXU (no dicionário Aurélio Século XXI)

Exu1 (ch). [Do ior.] S. m. Bras. Rel. 1. Entidade (6) iorubana alternativamente considerada, no Brasil, como orixá e como mensageiro dos orixás, ou entre estes e os homens, assimilada ao diabo cristão por missionários ainda em África, e descrita como de gênio irascível, vaidoso, fálico e suscetível, embora possa trabalhar para o bem. [Por vezes, com cap. V. compadre (6) e padê] Virar exu.  Bras. Rel. 1. Incorporar (6) um exu. 2. Fig. Ser tomado de cólera; enfurecer-se. 

As pessoas consideram-no enjoado à bessa e ele vive de cara fechada, emburrado, o que é ainda mais engraçado porque é pequeno, sei lá se 1,60 m ou 1,65 m; carrega um revolverzinho na “capanga”, aquelas bolsas de tiracolo, e vive caçando briga, sendo baixinho. Agora que segundo dizem está com problemas de ereção e tomando injeções está mais emburrado ainda. Apelidei-o Exu-Petinha e o colega Apolo chamou o carro que o traz de Chupetamóvel, pois a van é quase propriedade dele, que atrasa as viagens, pára várias vezes e assim por diante.

Em todas as categorias de classe existem histórias engraçadas e é significativo contá-las porque temos de rir de nossas falsas grandezas, de nossos ridículos, das pseudo-significâncias, das insignificâncias nossas de cada dia, das faltas de sentido delas.

É importante colocar em livros as coletâneas, preservando as identidades e ocultando os nomes, pois eles não interessam e sim as situações. Como há 6,5 mil profissões e cada uma delas comporta milhões de empregados há histórias em profusão, grande variedade psicológica risível que não se deve perder.

Vitória, sábado, 30 de dezembro de 2006.

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