quinta-feira, 14 de setembro de 2017


Um Vulcão Chamado Noronha

 

                            No livro Geologia Geral, 5ª ed., São Paulo, Cia Ed. Nacional, 1974 (1ª ed. de 1961) os autores, Viktor Leinz e Sérgio Estanislau do Amaral dizem na página 9: “Em 1831 o célebre naturalista DARWIN aqui esteve e entre as várias observações geológicas que fez, a mais interessante foi a de ter reconhecido a ilha Fernando de Noronha como sendo de natureza vulcânica”. Célebre depois, na época era só mais um.

                            Darwin é o mesmo Charles Darwin (Darwin, Charles Robert, (1809-1882), cientista britânico que criou as bases da moderna teoria da evolução, ao apresentar o conceito de que todas as formas de vida se desenvolveram em um lento processo de seleção natural. Seu trabalho teve uma influência decisiva sobre as diferentes disciplinas científicas e sobre o pensamento moderno em geral. Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados) da teoria da evolução.

                            O que os brasileiros da época aproveitaram da espantosa afirmação de Darwin? Nada, porque eram do quarto ou do quinto mundo (agora estamos no terceiro, o progresso foi lento), portanto, atrelados.

                            AS VIAGENS DE DARWIN

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A viagem do Beagle
Em 27 de dezembro de 1831, aos 22 anos, Charles Darwin uniu-se à tripulação do Beagle como naturalista. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

Não é só a informação, é o que se faz com ela.

Em anexo coloco uma quantidade de mapas que são impressos – contando só o Espírito Santo, na região da Grande Vitória - aos milhares, indo um catálogo telefônico para cada residência com assinatura (que, aliás, não custa barato, é de R$ 35 por mês x 12 = R$ 420 por ano; não é àtoa que “dão”, embora seja de empresa, não da empresa de telefonia, o que é pior ainda). Como são empresas concorrentes, vem vários, de duas ou três, gratuitamente. São mapas que nem os reis tinham 500 anos atrás. A informação está toda ali, mas quase ninguém sabe fazer nada com ela.

Claro que as informações sobre a Dorsal Meso-Atlântica estavam no futuro, porém não saiu nada do Brasil, veio da Alemanha, de Wegener, que falou em 1930 da Deriva Continental mais tarde chamada Teoria da Tectônica de Placas (implicaram com W até depois de morto, tirando o nome do filho dele). Mas poderiam ter pensado: “oh, um vulcão no Oceano Atlântico, que interessante! ”.

A POSIÇÃO DE FERNANDO DE NORONHA (pertenceu à União, mas na constituição federal de 1988 foi entregue a Pernambuco)


IMAGENS DA ILHA

Pousada Zé Maria Fernando de Noronha

 

 

 

 

INTERESSANTE LUGAR (fica pertinho da DMA) – FN é o pontinho vermelho perto da Dorsal)


O que tudo isso nos diz é que quase todos os brasileiros são fixados nas formas, nas aparências, não nos conteúdos ou estruturas: compreendem mais os brilhos do carnaval que as profundidades das teorias. Não investigam os interiores, contentam-se com as superficialidades. Assim, as informações, para quase todos, são inúteis.

Até hoje é assim: vão a Noronha para ver as belas formas e não para colocar uma base de onde olhar a DMA. Como as ilhas do arquipélago de Fernando de Noronha estão próximas da DMA (com a Ferramenta de Medição do Atlas Encarta uns 270 km) obviamente é de formação recente, alguns milhões de anos (dizem que três).

Os livros e as informações estão todas disponíveis, mas os brasileiros não sabemos aproveitá-los (as) porque as elites brasileiras não têm um projeto autônomo, são copiadoras embasbacadas das outras elites.

Vitória, quinta-feira, 07 de abril de 2005.

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