sábado, 16 de setembro de 2017


Pântano, Deserto e Trópico

 

                            Já vimos que pântanos são importantes.

                            Penso que estar nos trópicos (entre o Trópico de Câncer ao norte e o Trópico de Capricórnio ao sul, quer dizer, mais e menos 23,5º acima e abaixo do equador) pode ser significativo, por oferecer mais energia.

A REGIÃO TROPICAL DO MUNDO


                            AMÉRICA TROPICAL


ÁFRICA TROPICAL (o delta-pântano do Nilo fica um pouco acima)


ÁSIA TROPICAL (o delta-pântano do Indo – onde se desenvolveram Mohenjo-Daro e Harappa - fica um pouco acima; assim como o pântano-delta do conjunto Tigre-Eufrates, onde nasceu a civilização de Uruk; bem como o delta-pântano do Yangtsé na China, todas um pouco acima do trópico)


Penso que outras condições são significativas.

Conclusões até agora:

1.       Ter pântano, apenas, não é MAIS QUE SUFICIENTE, pois nem em todo pântano se desenvolveu grandes civilizações;

2.       As grandes se desenvolveram ACIMA do Trópico de Câncer; aliás, todas elas pouco acima – parece que deve ser combinada a condição de pântano com certo frio (pântanos quentes não seriam bons, o que exclui o delta do Amazonas, mas não o do Mississipi, que fica pouco acima, nem o do Prata, um pouco abaixo do de Capricórnio).

ACIMA DE CÂNCER NO MISSISSIPI E ABAIXO DE CAPRICÓRNIO NO PRATA (esses dois continuariam candidatos)


Em resumo, se estivesse na região tropical deveria ser compensado em altura, quer dizer, teríamos pântano (de delta de rio ou de lago ou do que fosse) combinado com temperatura fria (quantos graus a menos?) como no lago onde ficou a Cidade do México.

IMPÉRIO INCA (parte tropical, mas no alto de montanhas)


IMPÉRIO MAIA (esse destoa)


IMPÉRIO ASTECA


Fica parecendo que a regra ainda não é geral.

Olhando para o Império Khmer na Indochina, especialmente para Angkor, podemos ver que se desenvolveu bastante, pois atingiu área até maior que a da Ilha de Manhattam em Nova Iorque e chegou a 1.000 km2. Porém, regrediu e morreu. As razões creio foram que, embora pântano (primeira três condições), não era frio e não tinha um deserto por perto.

Pois o deserto é fundamental para formar o par polar oposto/complementar pântano-deserto, quer dizer, superfértil e superseco.

O frio significa satisfazer os cro-magnons segundo sua formação nas origens. O par deserto-pântano de um lado (o do pântano) oferece as condições, como já discuti nos textos, e o deserto colado ou impede a dispersão ou lembra as cruéis condições de vida fora do lugar escolhido.

Observe que em toda parte é assim:

·       No delta do Nilo o deserto do Saara de uma lado e o da Arábia do outro;

·       No vale do Tigre-Eufrates o deserto da Síria à esquerda e as Montanhas Zagros do outro;

·       Na China desertos de Gobi e de Ordos (sem falar do Himalaia, que é um deserto de gelo);

·       No vale do Indo o Himalaia acima e à esquerda o deserto de Lut e o Baluchistão;

·       No México os desertos do norte;

·       No Peru o deserto de Atacama abaixo;

·       e outros (vá procurar – siga a regra geral).

Só destoam mesmo os maias.

Deve-se buscar uma regra geral desse tipo.
Vitória, segunda-feira, 18 de abril de 2005.

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