Os Antepassados do
Modelo
No livro já citado
de Abrão e Coscodai, História da
Natureza, São Paulo, Best Seller, 2002, p. 106, falando de Agostinho, elas
dizem: “Isso, no entanto, não o impede, em Da
Divisão da Natureza, de deduzir logicamente uma seqüência hierarquizada dos
seres (ou ‘naturezas’, como as denomina) ”.
O modelo fez isso
(eu que fiz, mas as coisas foram se ajustando como suficientes e necessárias,
como mínimas e máximas) de forma muito característica, que repeti
insistentemente, para frisar bem. Fui percebendo que vários poderiam ter
adiantado o modelo, se as informações suficientes tivessem existido então: Duns
Scotto (Duns Scotus, Johannes, c. 1266-1308,
teólogo e filósofo escocês), Vico (Giambattista, 1668-1744, filósofo italiano
da história), Spinoza (Baruch, 1632-1677, filósofo holandês, Enciclopédia
Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos
reservados) e outros, é preciso pesquisar profundamente, porque surge uma
pergunta até inquietante: por quê eles não conseguiram? Mesmo que fosse uma
versão mais tosca, com as lacunas esperadas, ainda seria reconhecível. Por que
razão lhes faltaram os elementos constitutivos?
Quantos terão
chegado perto e quão perto terão chegado?
Onde empacaram, onde
se desviaram, onde lhes faltou a saída, onde se adiantaram demais, onde se
enganaram? Qual a razão de uma visão assim geral não ter podido nunca aparecer
se desde os dialéticos gregos antes de Pitágoras já havia a consciência dos
pares de opostos/complementares? Ainda mais, no Oriente o falar dos e até o
vivenciar esses pares é comum, está na linguagem.
Por quê as pessoas
não tiveram coragem de avançar e pegar o fruto? Esteve ao alcance de tantos!
Fico assombrado, porque mesmo não tendo investigado especialmente a questão
posso ver vários exemplos de indivíduos que estiveram bem perto. Penso que as
pesquisas trarão à tona ainda mais elementos dessa lista que parece crescer
sempre.
Vitória, sábado, 02
de abril de 2005.
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