O Perigo Digital
Tinha a
identificação digital - com aposição de um dos dedos (em geral o dedão, o dedo
polegar) - como inviolável, mas alguém anunciou que não era preciso se
preocupar com tal ou qual máquina porque ela não iria falsificar, apossar-se da
marca para replicá-la depois, o que quer dizer que sim, devemos nos preocupar
até demais.
Significa isso que
uma vez posta uma digital qualquer (até aquela que obrigatoriamente colocamos
nos documentos de identidade; ou quem tenha a infelicidade de “ser fichado” na
Polícia geral) ela pode ser usada para corromper qualquer documento. Não existe
um mínimo de segurança nisso. Um funcionário de empresa pode se apossar de
milhares de identificações e vendê-las ou usá-las em benefício próprio.
Nunca tinha pensado
nisso e fiquei apavorado, não por mim, que não dependo disso para nada (exceto
na academia de ginástica), mas por milhares de iludidos. Ninguém tinha nos
prevenido.
ANEXO
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Identificação Digital – apêndice B
da apostila Criptografia e Segurança na Informática, Pedro A. D. Rezende (a
versão integral à venda na Internet)
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De um lado os mineradores de dados
roubando informações que levamos anos ou décadas para desenvolver, do outro o
perigo assombrador de que roubem nossas características digitais. Nem é preciso
mais aquilo do cinema de colocar um plástico para replicar as marcas dos dedos,
vai direto da máquina mesmo. É evidente que desenvolverão para as grandes
empresas mecanismos de defesa, como sabemos da dialética, mas enquanto isso os
indivíduos miseráveis, pobres, médios e até médios-altos e ricos ficarão à
mercê. Uma nova, recentíssima violência contra os seres humanos, admirável
mundo novo do Grande Irmão.
Estamos totalmente à mercê dos
falsificadores.
Vitória, domingo, 10 de abril de 2005.
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