sábado, 16 de setembro de 2017


O Pântano como Cérebro da Humanidade

 

O DELTA DO NILO VISTO DE SATÉLITE (foi uma das regiões privilegiadas, de onde surgiu uma das duas maiores civilizações iniciais) – várias visões

Nile Delta

AS FACILIDADES DOS PÂNTANOS (o Egito não é dádiva do Nilo, propriamente, mas dádiva do delta do Nilo, quer dizer, do pântano)

1.       Peixes e frutos do mar (caranguejos, siris, conchas) vizinho;

2.       No curso do rio peixes e lodo do rio que passa e deixa aluviões;

3.      No céu para flechar ou pousadas aves em profusão que vem comer os peixes;

4.      Papiros e juncos e outros produtos arborícolas do rio ou de suas margens superférteis;

5.      Dificuldades tremendas a resolver;

6.      Facilidade para circular de barco (ao contrário dos rios, que podem ter correntezas e cachoeiras que despencam os remansos dos deltas são planos e, como diz o nome, mansos, brandos, tranqüilos);

7.       Outros que certamente você irá pensar.

Isso forma um jeito de se comportar, ainda que não-genético, que vai sendo passado adiante como costume, isto é, como superafirmação preferencial. Ao ir para o próximo espaço as pessoas vão procurar exatamente aquilo, o já conhecido que veio das margens de Jericó e antes ainda do Vale da Grande Greta (Great Rift Valley), onde sempre haviam pântanos onde os seres humanos aprenderam sua humanidade, quer dizer, dependência.

O duplo-cérebro homulher ao se confrontar com os ambientes viam-nos assim, preferindo viver naquilo a que já estavam acostumados, além do quê ali havia muito maior oferta.

AO CHEGAR AO BRASIL FORAM PROCURAR AS ÁREAS PANTANOSAS (e não os rios, cujas linhas ficavam mais para dentro; porque de outra forma não teriam ficado na costa, iriam ao interior) – as áreas primeiro procuradas foram as fozes, os pântanos.


Por exemplo, no Espírito Santo a área mais desenvolvida é na Grande Vitória, que fica em volta da Ilha de Vitória, um pântano com braços de mar.

A ILHA DE VITÓRIA


                            GRANDE PARTE ERA ALAGADA


Em resumo, a geo-história precisa ser reescrita.

Não foram os rios que nos formaram, foram os pântanos.

Eles é que nos tencionaram e nos propulsionaram adiante ao oferecer uma supercarga de trabalho que levou a inúmeras soluções criativas, de barcos a represas, a irrigação, a pesca, a cultivo de peixes e outras invenções.

Vitória, sábado, 16 de abril de 2005.

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