sábado, 16 de setembro de 2017


O Mundo Novo das Bibliotecas Compartilhadas

 

                            Uma nova era está despontando. Mais uma daquelas que as pessoas nem fazem idéia, vindo nas costas de outra que nasceu praticamente em 1989, há apenas 16 anos, a Internet.

                            Antes ou você tinha dinheiro para morosamente através de décadas adquirir os livros que fossem alcançados ou devia contar com a sorte de ter acesso a uma grande biblioteca (no Espírito Santo isso seria praticamente impossível e em Linhares mais ainda) como a do Congresso Americano ou de Nova Iorque ou de São Paulo ou de qualquer outra grande cidade. A chance de pegar qualquer livro raro era pequeníssima, fragmentária, ínfima. E haviam aqueles livros protegidos que só os pesquisadores mais em evidência com supercredenciais de universidades poderiam acessar, assim mesmo só para copiar uma ou outra página a mão, com sorte tirar xerox, mesmo assim sob vigilância, usando luvas, essas coisas. Depois, os quadros, as pinturas, os desenhos, quase tudo estava fora de alcance, inacessível para as pessoas comuns (deixar de ser comum significava publicar algo de MUITO relevante ou ser indicado pelo chefe de departamento ou o reitor ou algum político significativo).

                            Enfim, as dificuldades eram tremendas, espantosas.

                            Agora, como você lerá abaixo, o Google, o maior dos portais-navegadores, digitalizará e colocará tudo na www ou Web ou Rede ou Internet, tudo ao alcance dos dedos em segundos (o Google retorna milhões de páginas em fração de segundo). Embora quase tudo esteja ainda em inglês (70 %, dizem) ou em línguas estrangeiras, há os tradutores, que se não são 100 % confiáveis mesmo assim produzem entendimento (por vezes sofrível, mas isso é infinitamente melhor que o passado).

                            De fato, é um novo tempo.

                            Sequer podemos imaginar o tamanho disso.

                            Claro que os livros novos, ainda estão sob direito autoral, não estarão nas listas oferecidas; e alguns, muito secretos, também não. Algo sempre ficará fora, principalmente o que envolva segredos de Estado, porém mesmo assim ainda será demais o que oferecerão gratuitamente, sem custar quase nada, fora os valores de Internet (energia, navegador, aluguel de modem).

                            Quem, 30 anos atrás, imaginaria uma coisa dessas?

Vitória, sábado, 16 de abril de 2005.

 

NA INTERNET

 
 
 
Terça-feira, 14 de dezembro de 2004 - 10h22
Google digitalizará acervo de grandes bibliotecas
Milhões de livros de grandes bibliotecas do mundo, como as das universidades de Michigan e Oxford, serão digitalizados pelo Google, de modo que eles possam ser localizados por seu sistema de buscas e lidos online. João Magalhães

A Biblioteca Universal na Sociedade de Informação
António Fidalgo, Universidade da Beira Interior
A compilação do saber, de todos os conhecimentos em todas as áreas, obtidos em todas as épocas, em todos os lugares, foi sempre uma aspiração, ou pelo menos uma tendência, de todas as comunidades científicas.
29/10/2002 - 03h03
Pequenas grandes bibliotecas
JULIANA DORETTO
free-lance para a Folha de S.Paulo
Pequenas bibliotecas podem esconder tesouros e histórias que o leitor nem imaginaria encontrar. Essas instituições, apesar de menores, têm a vantagem de serem especializadas.
Fabiano Cerchiari/Folha Imagem
I
Interior da Oficina do Livro Rubens Borba de Moraes, em São Paulo
 

 
Revista Galileu
SABER
Todo o conhecimento do mundo
Daniel Tremel
A versão mais difundida do fim da biblioteca é que ela teria sido incendiada a mando do califa Omar, quando Alexandria foi conquistada pelos muçulmanos, em 640. Ao ser questionado sobre o que fazer com a biblioteca, o califa foi direto: se os livros estavam de acordo com o Corão, não eram necessários; se não estivessem, deveriam ser destruídos. O general Amr ibn al-As mandou que os rolos servissem de combustível para os cerca de 4 mil banhos públicos de Alexandria. Eles teriam alimentado os fornos durante seis meses.
Para ler
"A Biblioteca Desaparecida - Histórias da Biblioteca de Alexandria". Luciano Canfora. Cia. das Letras
"A Conturbada História das Bibliotecas", Matthew Battles. Ed. Planeta
"História Social do Conhecimento", Peter Burke. Jorge Zahar Editor


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