Ganhando Votos e
Perdendo o Povo
Depois de ter estado
no esforço preliminar de pensar o PT (partido dos trabalhadores) no Espírito
Santo ainda em 1977, quando nas universidades se chamava convergência
socialista, e antes de 1980 na fundação na Cúria Metropolitana de Vitória, lá
por 1985 comecei a abandonar o partido, porque achava que ele iria “ganhar
votos e perder o povo”, como disse a vários, inclusive ao agora
professor-doutor RC.
O QUE EU QUIS DIZER
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GANHAR
VOTOS
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Chegar ao poder, com todo o aparato
que isso confere, por exemplo, preencher os “50 mil cargos”, podendo continuar
através da reeleição de Lula por um total de oito anos a “encher as burras”
dos arrivistas do partido. O partido se torna então um com o poder e é
absorvido por ele, vivendo de falsas zangas que são “da boca para fora”,
“para inglês ver”, quer dizer, manifestações pomposas ou aparatosas
propagandistas ou publicitárias, quando na verdade nada daquilo existe mesmo,
é só fingimento.
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PERDER
O POVO
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Perder a condição de destaque geo-histórico
de manifestação como diferença sensível, quer dizer, perder a condição de ser
algo novo na GH do mundo-Terra. Deixa de ser promessa ou cumprimento
revolucionário para ser ator coadjuvante da situação. Com isso “perde o
povo”, quer dizer, a confiança implícita de que algo haveria mesmo de mudar.
De a favor do povo passa a contribuir para o projeto das elites.
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O PT não é mais revolucionário, porque
renunciou às potências, o que todos podem ver; nem pode mais se pretender perturbador,
porque todos o veriam como farsante, farsista, gracejador. É um traste
histórico que se vendeu pelas primícias do poder.
Vitória, segunda-feira, 04 de abril de
2005.
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