sexta-feira, 15 de setembro de 2017


Ficção Biológica e Ficção de Alto Nível

 

FICÇÃO NA PONTESCADA CIENTÍFICA (e há ainda a pontescada técnica, que tem outros tantos nós) – ficção no nível do chamado Conhecimento Alto.

·       FF: ficção física (essa que em geral vem sendo feita por engenheiros e físicos, quando não astrônomos, ou apenas artistas, sempre apegados às coisas da superfície);

·       FQ: ficção química (nunca vi uma que mesmo remotamente apelasse a esse conhecimento científico);

·       FB: ficção biológica;

·       Fp.2: ficção da segunda ponte;

·       FP: ficção psicológica (existem trilhas ou trailer’s chamados “psicológicos”, mas não vai mais longe);

·       Fp.3;

·       FI: ficção informacional (não da Informática do modelo, apenas dessa outra informática-física que existe hoje; mesmo assim apenas como menção, porque nada de alternativo no campo é mostrado);

·       Fp.4;

·       FC: ficção cosmológica (muito é ambientado no cosmos, mas são apenas naves não-válidas trafegando para lá e para cá como ambiente do desenvolvimento ficcional);

·       Fp.5;

·       FD: ficção dialógica (essa seria a mais difícil que haveria e conheço apenas um exemplo de uma “língua de formigas” num livro publicado em Portugal, de autor americano, creio);

·       Fp.6.   

A FF de hoje abarca quase toda a FC (ficção dita científica) até a atualidade. Gira em torno de artefatos futuristas, com pessoas (humanos ou assemelhados, como já comentei).

Enquanto os clones já eram mencionados décadas antes de serem possíveis na biologia real, não existe ficção biológica que dê conta de falar de misturas dos genes de bananas e abóboras, de abacaxis e uvas ou o que fosse, mas de forma sensata e viável, criando todo um panorama de horizonte 30 anos ou mais no futuro, fosse mostrando como seria um mercado de frutas e flores em 2035 fosse apresentando a produção de órgãos (embora Ridley Scott, no memorável Caçador de Andróides – baseado em texto de Philip K. Dirk – já o fizesse em 1982). Enfim, quase nenhum das possibilidades da biologia atual é explorada nos filmes que foram feitos até agora. Ou os biólogos não se interessam ou os ficcionistas não acham que pudessem vender os textos.

Para não encompridar, o caminho ainda está quase todo por abrir e a FC na realidade mal decolou para seu grande vôo futuro.

Vitória, sexta-feira, 15 de abril de 2005.

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