Ficção Biológica e
Ficção de Alto Nível
FICÇÃO
NA PONTESCADA CIENTÍFICA
(e há ainda a pontescada técnica, que tem outros tantos nós) – ficção no nível
do chamado Conhecimento Alto.
·
FF:
ficção física (essa que em geral vem sendo feita por engenheiros e físicos,
quando não astrônomos, ou apenas artistas, sempre apegados às coisas da
superfície);
·
FQ:
ficção química (nunca vi uma que mesmo remotamente apelasse a esse conhecimento
científico);
·
FB: ficção biológica;
·
Fp.2:
ficção da segunda ponte;
·
FP:
ficção psicológica (existem trilhas ou trailer’s chamados “psicológicos”, mas
não vai mais longe);
·
Fp.3;
·
FI:
ficção informacional (não da Informática do modelo, apenas dessa outra
informática-física que existe hoje; mesmo assim apenas como menção, porque nada
de alternativo no campo é mostrado);
·
Fp.4;
·
FC:
ficção cosmológica (muito é ambientado no cosmos, mas são apenas naves
não-válidas trafegando para lá e para cá como ambiente do desenvolvimento
ficcional);
·
Fp.5;
·
FD:
ficção dialógica (essa seria a mais difícil que haveria e conheço apenas um
exemplo de uma “língua de formigas” num livro publicado em Portugal, de autor
americano, creio);
·
Fp.6.
A FF de hoje abarca quase toda a FC
(ficção dita científica) até a atualidade. Gira em torno de artefatos
futuristas, com pessoas (humanos ou assemelhados, como já comentei).
Enquanto os clones já eram mencionados
décadas antes de serem possíveis na biologia real, não existe ficção biológica
que dê conta de falar de misturas dos genes de bananas e abóboras, de abacaxis
e uvas ou o que fosse, mas de forma sensata e viável, criando todo um panorama
de horizonte 30 anos ou mais no futuro, fosse mostrando como seria um mercado
de frutas e flores em 2035 fosse apresentando a produção de órgãos (embora
Ridley Scott, no memorável Caçador de
Andróides – baseado em texto de Philip K. Dirk – já o fizesse em 1982).
Enfim, quase nenhum das possibilidades da biologia atual é explorada nos filmes
que foram feitos até agora. Ou os biólogos não se interessam ou os ficcionistas
não acham que pudessem vender os textos.
Para não encompridar, o caminho ainda
está quase todo por abrir e a FC na realidade mal decolou para seu grande vôo
futuro.
Vitória, sexta-feira, 15 de abril de
2005.
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