sexta-feira, 15 de setembro de 2017


Domingueira

 

                            Um fenômeno dos tempos contemporâneos de que não me canso de falar é que por mais que se trabalhe hoje mesmo as 44 horas semanais dos trabalhadores braçais ainda deixam (335 x 24 – 48 x 44 = 8.040 – 2.112 =) 5.928 horas por ano; tirando oito horas de sono por dia (335 x 8 = 2.680), duas horas de higiene (335 x 2 = 670) e três horas de transporte por dia (335 x 3 = 1.005) ainda sobram [5.928 – (2.680 + 670 + 1.005 = 4.355) ] 1.573 horas/ano, que é quase tanto o que se trabalha. Para quem não trabalha aos sábados, sobra ainda mais.

                            O domingo, então, é desesperador, porque não há para a grande maioria o que fazer: passam Faustão na Globo, Sílvio Santos na TVS e outras baboseiras. O domingo é sempre o dia mais comprido (psicologicamente falando) do ano.

                            “Domingueira” era antigamente a roupa-de-domingo, a roupa que se usava aos domingos para ir à Igreja, que era muito especial e a mãe da gente passava com todo zelo. Com esse nome quero designar ou desenhar uma nova atividade para os domingos, de outro modo vazios. Seria a produção de uma NOVELA DE DOMINGO, a domingueira, com quatro horas de duração (e os intervalos de ir ao banheiro e fazer outras coisas).

NOVELA DE DOMINGO – DOMINGUEIRA (quatro módulos de uma hora cada). Pode ser usada para aquelas novelas que sugeri neste Livro 115 sobre os gregos, os romanos, os de Constantinopla, os troianos e os demais povos

 
 
Primeiro
Capítulo
 
 
Segundo
Capítulo
 
 
Terceiro
Capítulo
 
 
Quarto
Capítulo

Podem ser quatro capítulos seguidos da mesma seqüência ou um de cada povo a abordar. A Globo bem que poderia fazer algo de diferente, mas não espero muita coisa dos brasileiros.

Vitória, segunda-feira, 18 de abril de 2005.

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