Domingueira
Um fenômeno dos
tempos contemporâneos de que não me canso de falar é que por mais que se
trabalhe hoje mesmo as 44 horas semanais dos trabalhadores braçais ainda deixam
(335 x 24 – 48 x 44 = 8.040 – 2.112 =) 5.928 horas por ano; tirando oito horas
de sono por dia (335 x 8 = 2.680), duas horas de higiene (335 x 2 = 670) e três
horas de transporte por dia (335 x 3 = 1.005) ainda sobram [5.928 – (2.680 +
670 + 1.005 = 4.355) ] 1.573 horas/ano, que é quase tanto o que se trabalha.
Para quem não trabalha aos sábados, sobra ainda mais.
O domingo, então, é
desesperador, porque não há para a grande maioria o que fazer: passam Faustão
na Globo, Sílvio Santos na TVS e outras baboseiras. O domingo é sempre o dia
mais comprido (psicologicamente falando) do ano.
“Domingueira” era
antigamente a roupa-de-domingo, a roupa que se usava aos domingos para ir à
Igreja, que era muito especial e a mãe da gente passava com todo zelo. Com esse
nome quero designar ou desenhar uma nova atividade para os domingos, de outro
modo vazios. Seria a produção de uma NOVELA DE DOMINGO, a domingueira, com
quatro horas de duração (e os intervalos de ir ao banheiro e fazer outras
coisas).
NOVELA
DE DOMINGO – DOMINGUEIRA
(quatro módulos de uma hora cada). Pode ser usada para aquelas novelas que
sugeri neste Livro 115 sobre os gregos, os romanos, os de Constantinopla, os
troianos e os demais povos
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Primeiro
Capítulo
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Segundo
Capítulo
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Terceiro
Capítulo
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Quarto
Capítulo
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Podem ser quatro capítulos seguidos da
mesma seqüência ou um de cada povo a abordar. A Globo bem que poderia fazer algo de diferente, mas não espero muita
coisa dos brasileiros.
Vitória, segunda-feira, 18 de abril de
2005.
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