Dever de Casa
Uma daquelas cenas
de subúrbio americano com as casas sem muros, só que elas parecem destoar,
sendo uma de cada época, todas diferentes entre si, produzindo certa
inquietação visual com a dissonância cognitiva. Por dentro, igualmente, são diversas,
com as pessoas de uma época morando em casas de outra época, tanto do passado e
do presente quanto do futuro, havendo uma mistura danada, os objetos não
casando de modo algum; mas não são diferenças tão absurdas assim. Passam-se
alguns minutos na vida de cada uma dessas famílias estranhas e então a câmara
muda para outra casa, que também é esquisita e assim por diante por uns 25 ou
30 minutos, em todo caso um oitavo do filme.
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Então apaga por um instante e muda
para um conjunto de robôs muito avançados, um maior e outros menores como se
imitassem crianças humanas. Há um professor que vai analisar cada caso em
especial, apontando os erros (esse apontamento também contém erros em relação
aos nossos conhecimentos, só que mais sutis, mais disfarçados, menos
evidentes). O professor fala e o cenário de cada casa vai mudando com efeitos
especiais até se conformarem mais à realidade. Mais um oitavo.
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Há agora um terceiro nível em que os
personagens voltaram a ser humanos, evoluídos dos robôs, estudando como se
fossem arqueólogos do tempo dos robôs de cima. Daqui sai então um roteiro
futurista qualquer que evolui pelos restantes 6/8 do filme. Deve ser um
roteiro coerente, não fazendo menção alguma aos 2/8 que se passaram antes.
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Vitória, segunda-feira, 04 de abril de
2005.
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