terça-feira, 12 de setembro de 2017


As Pessoas que Fugiram Rumo à Liberdade

 

                            Cidades como Chicago e São Francisco nos EUA e Rio de Janeiro no Brasil concentraram grandes riquezas fáceis no passado e zelaram pela liberdade. A gente pode saber porque para lá afluem os politicamente dependentes: os negros, os homossexuais, as mulheres e todos que são espezinhados.

                            Claro, isso é bom.

                            Por outro lado, ao fugirem dos lugares onde sofriam deixaram de travar as batalhas e foram zelosamente cuidar de si mesmos, isto é, optaram pelo comodismo dos favores aos próprios eus, aos seus egos. Querem é rosetar, no dizer do povo. Aproveitar a vida. E vão entupir as veias daquelas cidades, onde a liberdade “abunda”; o que isso faz, como está acontecendo em São Francisco e no Rio de Janeiro (não sei Chicago) é que as coletividades estão caminhando para o excesso, a superafirmação da liberdade, a doença da libertinagem. Evidentemente a queda para a superesquerda leva em seguida à queda para a superdireita, que superafirma em resposta e duma forma bem destrutiva e daninha.

                            Lá de onde vieram as lutas ficaram por travar.

                            No lugar para onde foram a sensação de superliberdade leva aos exageros da licenciosidade que serão fatalmente combatidos da forma dura da direita (direita = DURA = DITADURA, na Rede Cognata), com tremendas retaliações quando o ciclo dialético se fechar. O resultado será maior prisão do que antes, porque os gozadores só querem gozar a vida, eles não lutam as lutas, não “ferem os conflitos”, no dizer de Ciro Gomes. Se beneficiam dos dilatados limites novos inventados por outros e só querem usufruir, desfrutar, gozar, deleitar-se e curtir, caindo então na zombaria e na chacota.

                            É fatal.

                            Vira praça de guerra.

                            Veja só o que é a dialética!

                            Se pelo menos eles conhecessem.

                            Vitória, sábado, 09 de abril de 2005.

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