As Lagoonas do Japão
Em seu livro Geologia Sedimentar, São Paulo, Edgard
Blücher, 2003, p. 6, Kenitiro Suguio diz:
“São
internacionalmente conhecidos os estudos realizados no Japão sobre conjuntos de
terraços fluviais, principalmente no que diz respeito as suas correlações.
Muitas dúvidas persistem em relação a esses terraços, mas verifica-se uma forte
tendência de relacioná-los a movimentos tectônicos subseqüentes às atividades
vulcânicas ou às variações de nível relativo do mar, em função de alternâncias
de estádios glaciais e interglaciais”.
A POSIÇÃO DO JAPÃO
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ESSA CONFUSÃO TECTÔNICA AÍ
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Com três mil e quinhentas ilhas o
arquipélago do Japão é particularmente suscetível às subidas e descidas do
nível do mar e quando na mais recente glaciação - a Glaciação de Wisconsin, de
115 a 10 mil anos atrás - o nível desceu e depois subiu 160 metros isso deve
ter afetado substancialmente a existência da gente que lá estava. De fato a
passagem do e para o continente deve ter sido até corriqueira, porque no mínimo
a água estava 160 metros mais baixa e com isso podem ter se formado muitas
pontes de terra. Como o homem de neandertal andava muito, deve ter chegado à
China e de lá ao Japão.
NO
ESTREITO DE TATAR
(é muito estreito, mesmo, menos de 7 km de largura; por ali passariam e
chegariam às ilhas hoje do Japão)
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Ora, nesse lugar onde existem à
direita agora tantas lagoas de baixada devem ter existido outras no passado,
como estudamos na questão das lagoonas que são formadas na descida e na subida
das águas.
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O Japão é um lugar especialmente
frutuoso para se estudar a questão, porque tem tantas praias num espaço tão
pequeno, de 377,75 mil km2. Por lá os conflitos ou pelo menos
anteposições entre mar e terra podem ser observados (e em lugares como a Grã-Bretanha
e outros que são arquipélagos) em maior quantidade e qualidade que nos
continentes.
Vitória, sábado, 30 de abril de 2005.







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