quinta-feira, 14 de setembro de 2017


A Guerra dos Cardeais

 

                            Agora em 2005 por ocasião da morte do papa João Paulo II vai começar em 18/04 a reunião dos cardeais para a eleição do substituto, que não é chamado de primeiro a “n” àtoa, é um rei, no caso o vice-rei de Cristo na Terra, o grão-vizir do reinado do Califa (na Rede Cognata, Califa = ADÃO). São uns 120 cardeais, enquanto tais chamados “príncipes da Igreja”, porque é o que são, herdeiros do reinado do Reino do Vaticano.

                            A RC diz que Sínodo = SENADO, de modo que são também senadores de uma república, pois há um povo chamado Povo de Deus (e é perante ele, o poder de Deus, que os “príncipes” se reduzem a senadores da “coisa pública”). Então, Sínodo de Roma = SENADO DE ROMA e lá vão eles fazer política da República de Deus, a Igreja.

                            De pronto na soma 50/50 dos pares polares opostos/complementares metade (60) estão lá apenas para constar, são os do “baixo clero”, como se diz no Congresso brasileiro. Da metade que conta metade ou 25 % (30) não significam tanto assim, é mais um grupo de apoio que tem parcas chances de ser eleito. Do 1/8 ou 12,5 % ou 15 que realmente têm importância é que vai sair o futuro papa; esses guerreiam aberta e veladamente e a coisa não é tranqüila como é mostrada do lado de fora. O modelo diz que esses se reduzirão ainda a 6,25 % ou 7,5 indivíduos que figuram como “papáveis”; e que estão no centro mesmo, como quinta partição, 3,125 % ou 3,75 cardeais. Qualquer um dos quase quatro seria eleito (e será apenas questão de manobras decidir qual será efetivamente). Ora, são essas manobras que levam à guerra aberta e velada. Prometem mundos e fundos, fazem todo tipo de aliança, conspiram, mentem e operam qualquer gênero de trapaça como qualquer político.

                            Nem é preciso pensar que sejam diferentes. São até piores, porque todos sabem (eles e os outros) que o papa estará em evidência durante o restante de sua vida, quer proceda bem ou não, quer seja destacado ou medíocre. Quem se lembra dos cardeais que concorreram com João XXIII ou Paulo VI ou João Paulo I ou, mais recente de todos, João Paulo II? A luta é para ocupar o cargo mais proeminente do mundo, inclusive mais que o de presidente dos EUA, porque este fica em geral quatro e no máximo oito anos na mira da imprensa, enquanto o papa é para sempre, vivo ou morto. Então, se trata da guerra mais acirrada que há. Com a diferença que é feito tudo às escondidas, porque não pode transparecer a sujeira.

                            Vitória, sexta-feira, 15 de abril de 2005.

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