quarta-feira, 13 de setembro de 2017


A Extrema Complexidade do Brasil

 

Agora vemos com a Lava Jato a elevada complexidade do país, o emaranhado nacional que reverbera no mundo. Ora, o Brasil sempre foi visto como simples demais, simplório, deplorável república quase bananeira: não era visto como primeiro mundo porque não era, e nem se dava atenção a nós, mesmo com essa bobagem de BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

As nações estão pasmadas e, como já disse, de dois modos:

1.       O Brasil é socioeconomicamente primeiro mundo já faz tempo (vi isso no período em que estive em Linhares, 1984-1987, escrevi sobre isso);

2.       Recentemente passou à condição de visível, de aceito, de respeitado e de consultável, não precisa se aliar a Rússia, Índia e China.

As pessoas não veem e não entendem. Como aconteceu isso? A primeira passagem aconteceu em razão do esforço dos militares, 1964-1985, os propagandistas até colocam isso na Web.

Resultado de imagem para o governo militar o que fez
Regime Militar
Em 21 anos os militares fizeram as obras...
...em 32 anos os civis roubaram à vontade as obras.

Emílio Odebrecht, pai, disse que com os militares não havia nada de irregular, nenhuma oportunidade de entrar para promover corrupção e roubo do patrimônio nacional, que tudo começou com Sarney e vem durando esses 32 anos 1985-2017. Em 2012 começou a transparecer toda a bandidagem com o Mensalão. Deu um salto, quando de 2014 a 2017 veio a Lava Jato, o pessoal de Curitiba avaliou em 10 trilhões de reais a soma potencial do ataque ao Erário.

Isso, por contraste negativo e motivação do excelente grupo do Paraná, levou à explosão que o mundo está vendo: foi mérito da Justiça do estado, especialmente de Moro, do MPF e da PF. Depois entraram em cena o juiz Marcelo Bretas do Rio de Janeiro e o juiz Vallisney de Souza, de Brasília, que são firmes, resistentes.

Tudo isso repercute.

Foi essa segunda parte, a exposição da ditadura civil, que lançou os olhos do mundo sobre nós: é negativo, mas produz efeitos, diz ao planeta que há uma grande disputa interna (que significa externa, também), mostrando a relevância do Brasil no cenário mundial, do qual participará doravante, porque atinge alto nível dialógico. O Brasil é, de agora em diante, plenamente primeiro mundo, não precisa mais se sujeitar a nenhum dos outros, pode falar de igual para igual, não precisa baixar a crista nem se sujeitar à China, pelo contrário, esse rebaixamento de Temer e dos anteriores só mostra que não compreendem mesmo nada, nem de política mundial, nem sequer da brasileira, são estúpidos, não fazem ideia do que está em curso. Nem os brasilianistas entenderam isso. Passaram ao largo. Não projetaram antecipadamente, não acompanharam enquanto acontecia, não identificaram a finalização – tremenda incapacidade, veja só!

Vitória, quarta-feira, 13 de setembro de 2017.

GAVA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário