quinta-feira, 14 de setembro de 2017


A Entrega do Poder pelas Mulheres

 

                            No Livro 113 no artigo Os Cinco Milhões de Anos das Mulheres e os 10 Mil Anos dos Homens estimamos que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras, tendo começado sua construção na metade da faixa hominídea que vem desde 10 milhões de anos atrás, período em que inventaram quase todas as coisas, exceto aquelas da caça, acabaram ao fim dele por assentar os homens (machos e pseudofêmeas) seus adorados (e vice-versa; não era como agora, em que existe excesso de gente e perdendo uma aqui se pode facilmente arranjar outra acolá – e o contrário também para elas -, pois tudo era mais raro, raríssimo; as mulheres e os homens eram contados, se você perdesse a sua não tinha chance nenhuma de arranjar outra) e por fim estes acabaram por dominar a coletividade.

                            Mas ninguém entrega o poder assim fácil, sem mais nem menos, pois há luta, luta renhida, difícil transposição.

                            Por quê as mulheres declinaram de sua ditadura?

                            Veja que era ditadura de cinco milhões de anos e não dessas contemporâneas que duram uma geração. Nasciam e morriam os milênios e eram as mulheres que continuavam mandando. Acontece que vimos naquele artigo que a relação foi de 500/1, isto é, se o mundo tem hoje mais de seis bilhões de moradores (a relação é, desde já, falsa; mas coincide e isso permite dar uma idéia), 6.000/500 = 12 milhões de pessoas no raiar da civilização masculina lá por 11 mil anos atrás no aparecimento de Jericó. Ora, as mulheres pegaram perto de zero e ao cabo de CINCO MILHÕES DE ANOS entregaram em 10 milhões; os homens pegaram e em pouco tempo, 1/500 daquele, multiplicaram até 6.000 milhões.

                            As mulheres certamente perceberam que estavam andando em círculos. Não foi nada de racionalizado, foi um sentimento que foi entranhando e permanecendo, o de que com elas a produção não iria muito longe. Tudo ainda depende de pesquisas de campo e de laboratório psicológico, de estudos filosóficos e científicos, de muitas buscas ao longo de décadas, mas a indicação parece ser essa.

                            Elas não entregaram se supetão nem de mão beijada.

                            A pura inércia de ficarem presas ao círculo durante tanto tempo as levou a tal decisão. De fato, a ser isso mesmo, foi a correta, pois o reto caminho masculino levou a essa explosão produtiva dos mais recentes 100 séculos.

                            Vitória, segunda-feira, 18 de abril de 2005.

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