Tela de Espalhamento
Simbólico dos Sapiens
Chamemos a isso de
TES, uma precaução necessária e até notável em seu propósito e em sua chance de
converter-nos em mais moderados pesquisadores. Pois, como é sabido na
tecnociência, as coisas não são definitivas, são provisórias. Do lado da
técnica o próprio fato de os técnicos serem desenvolvedores ou empíricos torna-os
precavidos, capazes de evitar a armadilha, pois a demonstração é a do uso e o
uso é irredutível. Ninguém dirá que o rádio é impossível, desde que temos
aparelhos. Mas os cientistas nos impõe, principalmente fora das ciências
matematizadas, absurdas e até abusadas concepções que depois se mostram
errôneas. Seria o caso da auto-imposição da cautela, colocando todas essas
hipóteses em tal Tela de conhecimento universal, onde elas entrariam e sairiam
de acordo com um controle internacional que avaliaria sua veracidade provada
até aquele instante.
Por exemplo, na
escola ensinam a todos sobre a “pré-história”, imenso buraco dentro do qual só
desde os neandertais de EMAY (Eva Mitocondrial + Adão Y) estão 200 mil anos de
desconhecimentos, dos quais temos fracas notícias apenas sobre os mais recentes
10 mil. Antes disso é pior ainda. Quando fui raciocinar sobre todos aqueles
passados despontaram centenas de coisas diferentes, bem distintas das que eram
mostradas. E isso é só o começo, o que pude raciocinar com os poucos recursos
de que disponho. O que teriam feito, o que farão os quase ilimitados recursos
mundiais? A TES dos sapiens colocaria em suspenso as afirmações sobre eles.
Ficaríamos aguardando mais pontos surgirem e se posicionarem na TES/S, formando
retas, planos e espaços de maior credibilidade. Impor o vazio de antes, quase
sem lógica e sem dados de campo é absurdo. Isso vale para a geologia, a paleontologia,
a antropologia, a arqueologia e a geo-história, cinco telas, TES/G, TES/P,
TES/A, TES/Ar e TES/GH. Em vez de avançarmos tais ou quais hipóteses como sendo
a verdade elas seriam cotejadas na grande tela mundial, com subtelas para as
nações e microtelas para os estados (menos que isso não seria bom, mas a
representatividade das universidades – são seis mil no mundo – é de esperar).
Com a TES/A (antropológica)
teríamos a TES/AS (dos sapiens: N, neandertais, e CM, cro-magnons) e nos
colocaríamos à espera; quem desejasse se referiria à sua preferida teoria de
modo definitivo, sabendo que não é nada disso; podendo-se à medida das adesões
se metrificar em porcentos, quer dizer, quantos dentre todos os profissionais
se manifestaram a favor.
Vitória,
segunda-feira, 06 de dezembro de 2004.
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