Vizinhança do Poço
Partilhado e o Problema Australiano
Vimos no Livro 92 em
Superpoder Australiano que o LA -
Lobato da Austrália - pertence só àquele país, numa solução inusitada que
parece dar tremenda proeminência a ele. Do modelo nós sabemos, pelo discurso
dialógico, que algo têm também como solução seu contrário. Assim, o que parece
tremenda facilidade pode se converter no ciclo de soma zero 50/50 no oposto,
isto é, em tremenda dificuldade. Uma aplicação prática geo-histórica disso foi
a descoberta das Américas pelos ibéricos e do contorno do sul da África (contornando
o chamado “Caminho das Índias”) pelos portugueses; esses dois países,
disparadamente os mais ricos em 1550, logo se viram com problemas de 1650 para
frente.
Veja o LAS, Lobato
da América do Sul, que tem Equador e Chile encarrapitados no alto dos Andes,
exclusivamente com gás, e os demais de frente para o LAS ou dentro dele – e
esse são todos os demais. Assim, dos 13 pelo menos 11 partilharão soluções e
problemas. Aprenderão a resolver estes últimos e encontrarão futuro
equivalente. Não ter problema nenhum significa não ter solução nenhuma, o que
implica depender das soluções alheias, que custam caro; logo o capital se acaba
e os conjuntos passam à dependência, como viram Portugal e Espanha em relação
aos que encontraram soluções (Grã-Bretanha, França, Alemanha e todos aqueles a
quem nada tinha sido dado de mão-beijada).
Todos que estão
defrontes para o poço da região devem aprender a beber dele, partilhando
companhia; os que não dependem de nada se deixam ficar nas mordomias do Paraíso
e morrem de tédio, ou de fome depois de gastarem da herança. Desse modo, o
partilhamento, que é de início dificuldade, logo se converte em vantagem; por
outro lado a independência total australiana pode se transformar numa aguda
desvantagem mais adiante. Ora, resta saber como o governempresa australiano
fará para se prevenir.
AS SOLUÇÕES AUSTRALIANAS
1. Gastar tudo sem produzir nada (solução
fácil);
2. Investir parte nas soluções alheias
(produção parasita);
3. Gastar com parcimônia e forçar os seus
a solucionarem problemas;
4. Deixar em estoque no subsolo e forçar
o desenvolvimento da inteligência;
5. Outras.
Vitória, segunda-feira, 30 de agosto
de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário