quinta-feira, 20 de julho de 2017


Vizinhança do Poço Partilhado e o Problema Australiano

 

                            Vimos no Livro 92 em Superpoder Australiano que o LA - Lobato da Austrália - pertence só àquele país, numa solução inusitada que parece dar tremenda proeminência a ele. Do modelo nós sabemos, pelo discurso dialógico, que algo têm também como solução seu contrário. Assim, o que parece tremenda facilidade pode se converter no ciclo de soma zero 50/50 no oposto, isto é, em tremenda dificuldade. Uma aplicação prática geo-histórica disso foi a descoberta das Américas pelos ibéricos e do contorno do sul da África (contornando o chamado “Caminho das Índias”) pelos portugueses; esses dois países, disparadamente os mais ricos em 1550, logo se viram com problemas de 1650 para frente.

                            Veja o LAS, Lobato da América do Sul, que tem Equador e Chile encarrapitados no alto dos Andes, exclusivamente com gás, e os demais de frente para o LAS ou dentro dele – e esse são todos os demais. Assim, dos 13 pelo menos 11 partilharão soluções e problemas. Aprenderão a resolver estes últimos e encontrarão futuro equivalente. Não ter problema nenhum significa não ter solução nenhuma, o que implica depender das soluções alheias, que custam caro; logo o capital se acaba e os conjuntos passam à dependência, como viram Portugal e Espanha em relação aos que encontraram soluções (Grã-Bretanha, França, Alemanha e todos aqueles a quem nada tinha sido dado de mão-beijada).

                            Todos que estão defrontes para o poço da região devem aprender a beber dele, partilhando companhia; os que não dependem de nada se deixam ficar nas mordomias do Paraíso e morrem de tédio, ou de fome depois de gastarem da herança. Desse modo, o partilhamento, que é de início dificuldade, logo se converte em vantagem; por outro lado a independência total australiana pode se transformar numa aguda desvantagem mais adiante. Ora, resta saber como o governempresa australiano fará para se prevenir.

                            AS SOLUÇÕES AUSTRALIANAS

1.       Gastar tudo sem produzir nada (solução fácil);

2.       Investir parte nas soluções alheias (produção parasita);

3.      Gastar com parcimônia e forçar os seus a solucionarem problemas;

4.      Deixar em estoque no subsolo e forçar o desenvolvimento da inteligência;

5.      Outras.

Vitória, segunda-feira, 30 de agosto de 2004.

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