Univer-cidades
Cada governante do
Executivo, cada juiz do Judiciário, cada político do Legislativo acha que sabe
lidar com os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) sem
qualquer preparação específica. Há formação nas 6,5 mil profissões e em geral
em cada um dos ramos do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, na Ciência/Técnica e na Matemática), mas não para gerir
prefeituras que têm milhares de empregados e centenas de contratos de vulto com
outras tantas empresas.
As PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) não são treinadas para administrar os
ambientes, nem entre eles particularmente as cidades e municípios; há algumas
pessoas que fizeram tais ou quais cursos universitários e realizam uma
administração um pouco melhor, mas no geral não há qualquer desenvolvimento
prático ou teórico especial, focado sobre as necessidades das pessoas. Não há
departamentos para indivíduos, famílias, grupos e empresas – o atendimento é genérico,
inespecífico. Nem há separação para as idades (bebês, jovens, adultos, maduros,
da terceira idade). Não há visão renovada sobre o espaçotempo urbano, em
particular sobre as praças, como já pedi. Não há quem se ocupe da relação com
os demais ambientes. Não há especialistas dentro daquela única prefeitura ou
num conjunto qualquer delas para se ocupar das relações com a Economia
(agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e em especial
bancos). Se começarmos a pensar em tudo cairemos no puro pavor de nos vermos
conduzidos por pessoas que sabem pouco mais que nós ou até menos.
O ideal seria focar
o tremendo poder organizador e produtivo das universidades (com centenas de
anos de processos) nas cidades. Gerar administradores de cidades, de estados,
de nações, de mundos. Gente com competência especial naquilo, que levasse a
décadas de pesquisas teóricas & desenvolvimentos práticos em laboratórios e
bibliotecas criadas só para isso. Afinal de contas, só no Brasil temos 5,5 mil
cidades/municípios, havendo umas 200 ou 300 mil no mundo. Quase toda a
população da Terra mora em alguma cidade e em algum município, fora os cantões
mais remotos em que nem há definição de território. Essa gente não merece mais
respeito?
Vitória,
quinta-feira, 12 de agosto de 2004.
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