terça-feira, 18 de julho de 2017


São Tantos os que Vem Até Minha Casa

 

Já escrevi várias vezes sobre o tema, com outras palavras, porque me encanta muito, demais: saber que há, além, uma rede até inexplicável que me sustenta - eu que quase nada sei fazer, fora pensar – chega a ser arrepiante. Se a gente pedisse a qualquer um que listasse aquilo de que depende e que, de um jeito ou de outro, compra até o limite de suas posses (alguns, além e muito além disso, os corruptos, os sonegadores, os governos), elas passariam dias na tarefa e ficariam muito espantadas de se verem como tão dependentes.

Milhares vem até minha residência todo ano: alimentos, água, refrigerantes às vezes, leite, colchas e fronhas e lençóis, meias, roupas, pasta de dentes e escova e fio dental, livros, filmes, material de limpeza, multidão incontável de coisas. Somos mal-agradecidos, até porque não aprendemos desde o pré-primário ou jardim ou pré-escolar ou creche ou socialização, ou o que for, a ver tudo que recebemos em troca de trabalho, tudo que está nos supermercados, farmácias, lojas de roupas, bares, ruas e calçadas. Eu colocaria como tarefa das crianças desde as primeiras letras (em combinação com pais e mães ajudantes) a encher vários cadernos com tudo de disponível.

Infinidade, mesmo para os mais pobres.

INFINIDADE, O QUE NÃO TEM FIM (até tem, mas para a curta vida humana é praticamente inesgotável)

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A Grande São Paulo tem 2,5 mil quilômetros quadrados de área.
Resultado de imagem para hipermercados
Hipermercados tão grandes que poderiam abrigar milhares de pessoas.
Resultado de imagem para fábricas imensas
Fábricas tão gigantescas que comportam vários aviões.
Resultado de imagem para linhas de metro
Cidades são ultra mercados tão imensos que precisam de trens de alta velocidade para facilitar a circulação.

Tudo isso está em tese disponível, mais que qualquer indivíduo poderia ver numa vida de 70 anos caso - numa esteira rolante – passasse diante de si um item por segundo. Então, repito a pergunta, por que somos tristes, por que estamos sempre aborrecidos e raivosos? Temos mais do que podemos consumir. E os governos poderiam se organizar facilmente para oferecer mais acessos ainda com o que já arrecadam.

Vitória, terça-feira, 18 de julho de 2017.

GAVA.

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