Rádio Programado e o
Alvo Desenvolvimento
As rádios começaram
como governamentais, visando servir a educação, assim como as televisões, mas
passaram à iniciativa privada, o que foi muito bom, senão teriam definhado e
morrido ou não teriam se expandido suficientemente, ficando sempre como tímido
serviço dominado por alguns burocratas ociosos e ensimesmados em suas
“intelectuais” criações “profundas”.
Tal linha tendo
levado a essa vantagem por terem sido privatizadas também significou alguma
privação e outro tanto de provação, pois se caiu no mercantilismo, com pouco ou
nada de análise e síntese, especialmente essa sintanálise que o modelo pede.
Não se investigam as 22 tecnartes (DA VISÃO: fotografia, pintura, desenho,
moda, dança, prosa, poesia, etc.; DO PALADAR: comidas, bebidas, pastas,
temperos, etc.; DO OLFATO: perfumaria, etc.; da AUDIÇÃO: músicas, discursos,
etc.; DO TATO: arquiengenharia, esculturação, decoração, teatro, cinema,
paisagismo/jardinagem, urbanismo, tapeçaria, etc.). Tratam mais de notícias e
músicas, quase nada das demais; e quando sim, mal. Mesmo no caso da música, que
é onipresente, não abordam as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas)
que as fazem nem os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo)
onde são feitas. Não falam da Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde,
segurança e transportes) ou quando o fazem é só de passagem; nem de outras
bandeiras e chaves do modelo. Enfim, são vazias as rádios, embora,
evidentemente, muito mais interessantes enquanto das empresas do que o seriam
nas mãos dos governos, pois as poucas em mãos do Estado são insossas, sem
gosto.
Poderíamos, pelo
contrário, ter rádios muito mais pulsantes, o que chamei de rádios-programadas,
com program/ação, ato permanente de programar, criar cursos de ação, visando
tal ALVO desenvolvimento, incremento claro, cristalino, totalmente consciente.
Para isso seria preciso que os do Conhecimento (magos/artistas,
teólogos/religiosos, filósofos/ideólogos, cientistas/técnicos e matemáticos),
especialmente os filósofos, elaborassem um curso de ação, planejassem.
Começando com esta
pergunta: para quê serve a Rádio geral e as rádios particulares?
Vitória,
sexta-feira, 27 de agosto de 2004.
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