segunda-feira, 17 de julho de 2017


Rádio Programado e o Alvo Desenvolvimento

 

                            As rádios começaram como governamentais, visando servir a educação, assim como as televisões, mas passaram à iniciativa privada, o que foi muito bom, senão teriam definhado e morrido ou não teriam se expandido suficientemente, ficando sempre como tímido serviço dominado por alguns burocratas ociosos e ensimesmados em suas “intelectuais” criações “profundas”.

                            Tal linha tendo levado a essa vantagem por terem sido privatizadas também significou alguma privação e outro tanto de provação, pois se caiu no mercantilismo, com pouco ou nada de análise e síntese, especialmente essa sintanálise que o modelo pede. Não se investigam as 22 tecnartes (DA VISÃO: fotografia, pintura, desenho, moda, dança, prosa, poesia, etc.; DO PALADAR: comidas, bebidas, pastas, temperos, etc.; DO OLFATO: perfumaria, etc.; da AUDIÇÃO: músicas, discursos, etc.; DO TATO: arquiengenharia, esculturação, decoração, teatro, cinema, paisagismo/jardinagem, urbanismo, tapeçaria, etc.). Tratam mais de notícias e músicas, quase nada das demais; e quando sim, mal. Mesmo no caso da música, que é onipresente, não abordam as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) que as fazem nem os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) onde são feitas. Não falam da Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança e transportes) ou quando o fazem é só de passagem; nem de outras bandeiras e chaves do modelo. Enfim, são vazias as rádios, embora, evidentemente, muito mais interessantes enquanto das empresas do que o seriam nas mãos dos governos, pois as poucas em mãos do Estado são insossas, sem gosto.

                            Poderíamos, pelo contrário, ter rádios muito mais pulsantes, o que chamei de rádios-programadas, com program/ação, ato permanente de programar, criar cursos de ação, visando tal ALVO desenvolvimento, incremento claro, cristalino, totalmente consciente. Para isso seria preciso que os do Conhecimento (magos/artistas, teólogos/religiosos, filósofos/ideólogos, cientistas/técnicos e matemáticos), especialmente os filósofos, elaborassem um curso de ação, planejassem.

                            Começando com esta pergunta: para quê serve a Rádio geral e as rádios particulares?

                            Vitória, sexta-feira, 27 de agosto de 2004.

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