Programas de
Depósito: Penugem v. Fozes
O que significa mais
no tempo: o pequeno depósito constante da penugem de ficto e zôoplancto que
continuamente cai no mar ou os pesados depósitos nas fozes, desde as protofozes,
passando pelas páleo-fozes? Sabemos que o mar constitui 2/3 da superfície,
enquanto o solo é apenas 1/3; embora pareça logo de cara que nas terras emersas
há mais vida isso pode nem ser verdade, dado que no mar há várias centenas de
metros de profundidade. Seria preciso medir com certa precisão. Entrementes,
mesmo que se constate que a penugem ao longo do tempo é mais relevante havemos
de ver que nas fozes há duplo efeito: 1) a penugem de toda parte; 2) seu
depósito especial. Porisso se no geral os depósitos do mar podem ser maiores,
nesse caso particular há combinação, razão pela qual onde foi páleo-foz deve
haver mais.
A questão é, por conseguinte,
descobrir as páleo-fozes. Só que elas têm muitos milhões de anos, estando todas
soterradas. É porisso, justamente, que são interessantes, depósitos dos quais
ninguém sacou. A Natureza as criou e deixou em estoque.
Até esse pesquisar durante anos para
estimar a produção da penugem e aquilatar as das fozes pode custar muito, em
termos de decisões não-tomadas, daí a urgência de ir mesmo na base da brutalidade
até o campo. É apenas o caso de pensar onde podem estar e furar para achar
indícios. O mapeamento será feito com o cruzamento da páleo-modelação e dos
dados das perfurações, uma apontando as outras e vice-versa, seguindo nessa
oscilação e ganhando conhecimento à medida que a tarefa prosseguir.
Vitória, sábado, 04 de setembro de
2004.
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