quinta-feira, 20 de julho de 2017


Programas de Depósito: Penugem v. Fozes

 

                            O que significa mais no tempo: o pequeno depósito constante da penugem de ficto e zôoplancto que continuamente cai no mar ou os pesados depósitos nas fozes, desde as protofozes, passando pelas páleo-fozes? Sabemos que o mar constitui 2/3 da superfície, enquanto o solo é apenas 1/3; embora pareça logo de cara que nas terras emersas há mais vida isso pode nem ser verdade, dado que no mar há várias centenas de metros de profundidade. Seria preciso medir com certa precisão. Entrementes, mesmo que se constate que a penugem ao longo do tempo é mais relevante havemos de ver que nas fozes há duplo efeito: 1) a penugem de toda parte; 2) seu depósito especial. Porisso se no geral os depósitos do mar podem ser maiores, nesse caso particular há combinação, razão pela qual onde foi páleo-foz deve haver mais.

A questão é, por conseguinte, descobrir as páleo-fozes. Só que elas têm muitos milhões de anos, estando todas soterradas. É porisso, justamente, que são interessantes, depósitos dos quais ninguém sacou. A Natureza as criou e deixou em estoque.

Até esse pesquisar durante anos para estimar a produção da penugem e aquilatar as das fozes pode custar muito, em termos de decisões não-tomadas, daí a urgência de ir mesmo na base da brutalidade até o campo. É apenas o caso de pensar onde podem estar e furar para achar indícios. O mapeamento será feito com o cruzamento da páleo-modelação e dos dados das perfurações, uma apontando as outras e vice-versa, seguindo nessa oscilação e ganhando conhecimento à medida que a tarefa prosseguir.

Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

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