segunda-feira, 10 de julho de 2017


Preenchimento dos Canais Lobato

 

                            Pensando anteriormente num canal a Oeste, antes de ter imaginado os imensos canais Lobato, especialmente o Lobato da América do Sul, eu esbarrava nas imensas quantidades de terra que seriam necessárias para enchê-lo, pois se trata de 1,4 mil km ao norte e 1,0 mil ao sul, ou mais, multiplicado por 8 mil km. Colocando média de 1,0 mil por 8,0 mil, teremos 8,0 milhões de km2; e bastam que sejam 3 km de profundidade para dar 24 milhões de km3 de solo. O processo aluvial demoraria demasiado tempo.

                            A questão é que não é necessário nada disso, pelo menos em tão grande volume, pois TODO O SOLO marinho é levantado ao mesmo tempo, primeiro no Arco de Montanhas e depois no restante no caso do LAS, que se coloca a leste do Arco, quer dizer, dos Andes. Lentamente todo o fundo do mar vai sendo levantado e deve ser depositado durante e depois um quase nada relativo de terra, especialmente nos charcos e antes deles nos lagos imensos, que também vão sendo alteados, como o foi o Titicaca, originalmente no fundo do mar e depois ao nível dele.

                            O mesmo aconteceu em toda parte, em cada um dos Lobatos, em particular no Lobato da América do Norte, cuja face transparente é hoje o meio-Oeste americano, inclusive os canhões de lá, os canyons, digamos aqueles do Colorado. Tudo é levantado junto e pouco sobra para preencher com terra. O pensamento da primeira lógica nos leva a ajuizar esse recheamento lento de milhões de anos, e não houve nada disso, pelo menos em tão larga escala.

                            Quando se viu já estava depois de 70 milhões de anos tudo em cima, acima do nível do mar e cada vez mais alto, sem que fosse necessário mover tão enormes quantidades de solo. O chão em si foi levantado milhares de metros, três mil desde o fundo do mar até o nível dele e depois vários milhares acima dele, de modo que lá estão as planícies e montanhas do LAS e do LAN (Lobato da América do Norte).

                            Não é lindo isso? É sim, pelo que a Terra muda em largas escalas de tempo e contraria a primeira lógica.

                            Vitória, sábado, 07 de agosto de 2004.

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