Os Feijões Mágicos de
Pitágoras
Pitágoras viveu no
século VI antes de Cristo e é tido até hoje como um grande matemático, vindo
dele o teorema que leva seu nome (a2 = b2 + c2).
Descobriu a relação das notas musicais como frações e fez um punhado de coisas
que faz as pessoas retornarem a ele depois de 25 séculos. Acontece que no meio
de tudo que realizou Pitágoras exigia que os discípulos não comessem feijão.
Isso atravessou a história como uma esquisitice dele; gênio, sim, mas
esquisito, deslocado, meio doido de proibir que se comesse feijões. Como se
Einstein aconselhasse - depois de ter feito tanto - seus leitores a não comerem
abóboras ou melões. Então, soou como místico. Mística é a pessoa que não
entendemos, que afirma coisas no vazio, sem prova. É uma maneira educada de
dizer doida certa pessoa que não compreendemos.
Olhando reações que
tenho quando como e não como feijão, depois de muitos anos de observações pude
ver que ele provoca sono; não é a feijoada “pesada” de proteínas de porco que
adormece, é a quantidade de feijão. Sabendo-se que quase todos os brasileiros
comem feijão com arroz e quase todos sentem sono depois do almoço é de se
perguntar se não vem disso? Ademais, aconteceria com todos os povos que comem
feijão? Um médico homeopata nosso amigo disse que a combinação de feijão e
arroz, muito barata, provê equilíbrio na alimentação popular (por razões que
colocou e esqueci). O feijão-com-arroz barato provocava sono, razão pela qual
os patrões entupiram os operários de café, para contrabalançar, combatendo
veneno com veneno, viciando nossa gente.
Se há no feijão uma “propriedade
dormitiva” (como se dizia antigamente) ou uma “propriedade química” ou
“princípio ativo” (como ainda se diz) o isolamento de tais moléculas poderia
ajudar tremendamente os insones. Ademais, como se sabe e foi isolado, a alface
realmente provoca sono, de modo que se fossem juntadas as duas moléculas da
alface e do feijão em latinhas de conserva para os de menor poder aquisitivo
(como custa dizer “pobre” no linguajar politicamente covarde!) e em pílulas
para os ricos, isso ajudaria não só a dormir como a reequilibrar o espírito,
acredito. Seria preciso pesquisar e achar um químico para assinar as fórmulas
na base de 50/50, 60/40, 70/30, 80/20 e 90/10 entre uma e outro, devendo-se,
como disse Gabriel, verificar qual dos dois é mais potente.
Ou seja, feijão cozido com alface
batida, tudo misturado.
No final das contas percebemos que
Pitágoras estava certo mais uma vez: não comer feijão para não dormir nas
aulas. Ele não era místico coisa nenhuma! De longe todo sábio parece
incompreensível. O que julgávamos misticismo nele era apenas nossa
incompreensão, afinal de contas.
Vitória, segunda-feira, 30 de agosto
de 2004.
PITÁGORAS NA Internet
|
Pitágoras, o
fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos pelos anos 571-70 a.C. Em
532-31 foi para a Itália, na Magna Grécia, e fundou em Crotona, colônia
grega, uma associação científico-ético-política, que foi o centro de
irradiação da escola e encontrou partidários entre os gregos da Itália
meridional e da Sicília.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário