Oportunismo Capixaba
Houve um momento em
que algum idiota inventou o “capixabismo”, sem atentar o que estava fazendo. O
modelo diz que todo “ismo” é sobreafirmação do info-controle
(informação-controle) ou verbalização ou comunicação. É excesso palavroso, é
doença do IC mais apto, agoraqui a humanidade; especialmente, no caso do
capixabismo, excesso capixaba. Sobreafirmar o capixaba é negar o brasileiro;
hiperafirmar o americano no americanismo, quer dizer, a adesão sem raciocínios
ao americano, é burrice criminosa, porque se os EUA constituem espetacularmente
25 % de toda a riqueza anual do mundo, ainda será verdade que o restante do
mundo fica com 75 %, três vezes aquele tanto. Negar os EUA é ruim, porém negar
o mundo é pior ainda.
Negar o ES é ruim, todavia
negar o Brasil é muito pior.
Talvez haja um tempo
em que se afirme a CAPIXAB/IDADE, o tempo em que teremos alguma satisfação
especial em sermos capixabas. Talvez sim, talvez não, mas mais que isso é
doentio. Deve-se estar sempre muito atento quanto a tal cuidado, porque há os
restantes brasileiros, cujo trabalho e diário empenho, ano após ano, deve ser
respeitado. Sair de uma condição de deboche quanto ao que é do ES para uma era
de escarnecimento quanto ao que não é equivale a passar de uma escravidão a
outra.
Tal oportunismo, o
excesso de oportunidades, não é garantia de felicidade, nem de longe. Pode ser
que uma família particularmente predadora se sinta feliz no interior de sua
existência e, no entanto, seja amplamente odiada de fora, como foram os
Bórgias, tão poderosos e detestados.
As lideranças não
devem de modo nenhum apoiar esse tipo de manifestação. Pelo contrário, devem
contraditá-las, pois excessos não levam a nada de bom.
Vitória,
sexta-feira, 27 de agosto de 2004.
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