quarta-feira, 12 de julho de 2017


O Lobato da Austrália

 

                            A Austrália se encontra numa posição única no mundo humano, porque ela é sozinha uma placa. Conseqüentemente tem um cráton primordial, uma cadeia ancestral de montanhas, um planalto recuado para os lados do Oeste, enquanto na frente de formação no Leste há um arco de montanhas que futuramente atingirão grandes alturas de seis a oito mil metros e intermediariamente aos dois um canal Lobato, ou Lobato da Austrália, LA, que é só seu e de mais ninguém, não tem de ser dividido com nenhumas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos ou empresas), fora as suas, e nenhuns AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nação e mundo), fora os seus.

                            Em conseqüência disso não precisará fazer acordos de busca (como a soma é zero isso é tanto ganho quanto perda e sabemos da dialética, do TAO e do modelo que das dificuldades advém facilidades e vice-versa) e irá diretamente à fonte, instalando suas plataformas nas páleo-fozes dos páleo-rios. Como sabemos: 1) nada será tirado dos crátons, 2) muito gás há no arco de montanhas (a Grande Cordilheira Divisória, que avança rumo à Tasmânia – esta estará futuramente ligada ao continente), 3) petróleo em abundância no LA.

                            Podemos antecipar que o continente australiano subirá três ou quatro mil quilômetros nos próximos 50 milhões de anos sobre a placa que está defronte, para os lados do Leste, assim como a placa asiática subiu no Himalaia esse tanto sobre o subcontinente indiano. A Nova Caledônia, as Novas Hébricas e a Nova Zelândia encostarão no Arco de Montanhas da Austrália, com o trânsito desenhando uma paisagem muito legal.

                            Tudo que foi fundo do mar passou a conjunto de lagos, virou pântano, foi uma floresta amazônica exuberante, a seguir terra firme e depois terra em processo de desertificação, por fim estará elevado vários milhares de metros – por ali, outrora, há 70, 50, 30 milhões de anos passava água num canal portentoso. Restos dessa configuração poderão ser descobertos. Podemos ver a marcha da Austrália e defini-la ponto a ponto sem nem realizar pesquisas de campo; pelo contrário, as pesquisas de campo é que farão surgir fatos em apoio da teoria.

                            E tudo isso, ao contrário do resto do mundo inteiro, está em poder de um único país, que tem um tantinho de gente a administrar. É lindo isso, não é? Por que ELI, Natureza/Deus, Ela/Ele deu tanto a um só?

                            Vitória, quinta-feira, 12 de agosto de 2004.

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