sábado, 15 de julho de 2017


O Levantamento do LAS

 

                            O Lobato da América do Sul é uma das conformações possíveis estimadas no texto deste Livro 91, Todos os Tipos de Formações de Placas.

                            Qual?

                            É difícil saber sem maiores informações.

                            Que gênero de placa é Nazca? Podemos ver pela conformação geral do arco de montanhas, os Andes, que Nazca entrou pouco, só uma fímbria ou franja de norte a sul, ou melhor, de noroeste a sudeste, da Colômbia à Terra do Fogo. Mas Nazca é arqueada no centro? É um triângulo que avança ou um retângulo? Por outro lado, como era por baixo a placa da América do Sul? Plana ou pontuda para baixo? Tudo isso deverá ser levado em conta. Os geólogos vão ter de queimar as pestanas, pensar muito; e fazer muitas experiências, tanto com modelos materiais quanto virtuais em computador.

                            Entrementes, podemos ver pelo mapa da América do Sul que o cráton que avançava, hoje o Planalto Brasileiro, tem uns planaltos pelos lados de Mato Grosso do Sul, do Paraguai e da Bolívia, de modo que estimamos que o levantamento ali ou vem de que Nazca era localmente arqueada ou de que havia um pontão para baixo na placa da América do Sul. Em todo caso, vemos que se formaram DOIS CONSÓRCIOS de rios, um para o lado do norte e outro para o lado do Sul, aquele o rio Amazonas e este o rio da Prata. Cada consórcio, já o sabemos, é a reunião das feições atuais dos páleo-rios, aglomerados como a grande sociedade atual de rios. Uma quantidade deles se reuniu para sair pela boca-norte do LAS e outro para sair pela boca-sul dele. Ou seja, o consórcio amazônico saiu no que é hoje a grande foz em volta da Ilha de Marajó e o consórcio platino saiu na grande foz entre Argentina e Uruguai.

                            Desse modo podemos estimar que haja um arqueamento no centro do antigo LAS, o grande canal que ia de sul a norte, respectivamente desde a Argentina até Venezuela/Brasil. Que tenha vindo de cima de Nazca ou de baixo da América do Sul, pouco importa, o resultado é o mesmo, separou o LAS em dois, escorrendo uma parte das águas para cima e outra para baixo. Mas, se o resultado acima é o mesmo, abaixo não é, porque se há um agulhão debaixo da AS sobre Nazca esta está sendo superempurrada para o manto, com resultados imprevisíveis. Quando à superfície, a forma geral da AS importa muito, porque nos dirá como ela montará sobre Nazca e o que arqueará em cima e a que ritmo.

                            Vitória, sexta-feira, 20 de agosto de 2004.

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