Museu da Caverna
O Modelo da Caverna
começou despretensioso e de tanto andar chegou a algum lugar muito útil como
lógica de sustentação de inúmeros raciocínios. Ficou mais do que patenteado que
há algo de errado com a visão que tínhamos de nossas origens sapiens. Tornou-se
claro, transparente, translúcido, que os estudiosos dos 100 milhões de anos
primatas, dos 10 milhões de anos hominídeos e dos 100, 50 ou 35 mil anos
sapiens não sabem o que estão dizendo.
Pois despontaram
inúmeros traços seqüenciais que teriam de ter sido preenchidos para tornar o
subir da escada suave, com todos os degraus no lugar; ao invés disso há buracos
enormes. Por exemplo, no modelo vigente saltamos de uma nebulosíssima caverna
já para as cidades, enquanto como mostrei há uma quantidade de passos – pelo
menos em torno de dez – intermediários a serem preenchidos.
INÚMEROS PASSOS
1. Um primeiro casulo de barro deve ter
sido construído;
2. Vários, até tomar a maior parte da
caverna;
3. Esborrou e saiu dela;
4. Continuou borbulhando dentro e fora
(os mais prestigiados, lógico, dentro, sempre junto do mais antigo);
5. Foi se estendendo em volta em grande
número;
6. Separou-se da caverna-mãe e seguiu em
frente;
7. Distanciou-se tanto que esqueceu as
origens;
8. Apareceu uma primeira rua (separação)
e sucessivamente muitas;
9. Surgiu a primeira casa quadrada;
10. Brotou o primeiro quintal;
11. As quadradas tornaram-se dominantes;
12. Quadras (com todas as ruas em volta)
emergiram como modelo final que conhecemos (e disso veio a primeira
cidade-quadrada).
O Museu da Caverna seria feito no
sentido de não apenas contemplar essa busca como de mostrar ali seus resultados
(que estão desaparecidos e se presentes em algum lugar não foram contados à
guisa de tal teoria). Uma novíssima configuração está disponível. Precisamos
juntar os materiais que demonstrem aos estudantes sua forma geral.
Vitória, sexta-feira, 20 de agosto de
2004.
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