sábado, 15 de julho de 2017


Mapas Espaçotemporais

 

No livro de S. E. Grove, O Mapa de Vidro, Campinas, Verus, 2015 (sobre original de 2014), volume 1, a autora inventou algo notável, sendo tantos os livros e os autores: a contiguidade de eras, de tempos, e não de espaços somente – no livro eras diferentes têm fronteiras. Em lugar de Brasil ter separação fronteiriça políticadministrativa com o Paraguai e continuidade espacial, no livro há eras convivendo no mesmo espaço. Há erros no livro, espero poder falar deles, não para diminuir a autora, de modo nenhum, só para colocar reparos quanto à compreensão do tempespaço, como venho fazendo há décadas.

AUTORA E VOLUME 1

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Resultado de imagem para S. E. GROVE MAPA DE VIDRO
Por sinal, o desprezo por nós é grande, toda a América do Sul é chamada de Patagônia Tardia.

É evidente (até por não nos termos precavido, guardando mais informações; também há a dificuldade de não sabermos o que vai ser pedido) que não reservamos os dados para manipulá-los no futuro, não o fazendo por não sabermos pelo que os da frente se interessarão.

MAPAS DA BANDEIRA ELEMENTAR

1.       Mapas do ar (nos anos, milênios, centenas de milhares de anos, como ele fluiu – qual era sua composição? Sequer fizeram ainda reprodução das atmosferas das diversas eras geológicas, paleontológicas, etc.);

2.       Mapas da água (onde estavam os oceanos efetivamente, os mares, lagos e rios, por onde corriam? Qual era o ciclo da água, quanto dela estava suspensa na atmosfera, quanta estava em aquíferos? Há muito a pesquisar);

3.      Mapas da terra/solo (sabemos que o que estava no fundo dos oceanos está agora no alto dos Alpes, do Himalaia, dos Andes, das Rochosas, mas onde, precisamente?);

4.      Mapas do fogo/energia (por onde correu o petróleo, onde estavam os vulcões, como eram os cortes das profundezas da Terra? Que energias assolavam nosso mundo?);

5.      Mapas da Vida (arquea, fungos, plantas, animais e primatas) estão sendo lentamente estabelecidos;

6.      Mapas da Psicologia (esses vão sendo aprontados mais rapidamente, até por serem poucos e mais recentes).

O Google Earth foi um grande alento, pois os mapas eram estáticos, você tinha um que durava anos, décadas até, ao passo que agora os satélites os modificam diariamente, com enorme precisão, de centímetros. E eram caros, caríssimos, poucos podiam comprar. E quão poucas informações! Agora vemos as construções em 3D com o GE Street View, é mundo antigo apontado recentemente de forma dinâmica, imagino que os satélites estejam mostrando segundo a segundo.

MAPAS DO GOOGLE

GE
GESV
Praia do Canto, Vitória, ES.
O prédio onde moro.

Contudo, com todas as maravilhas, não temos mapas ano a ano, nem mesmo de 10 em 10 anos, exceto no prazo que o Google guardou.

NÃO TEMOS MAPAS DAS TECNARTES E DOS TECNARTISTAS

TÉCNICA-ARTE
ESCURIDÃO
TOTAL
Artes da AUDIÇÃO (2)
Músicas, discursos, etc.
2
Artes da VISÃO (11)
Poesia, prosa, pintura (a dos corpos femininos fica aqui, como também tatuagens, mas não piercings), desenho (inclusive caligrafia), fotografia, dança, moda, PAINÉIS (mosaicos, vitrais), LABIRINTOS (jogos), CARTUM/CHARGE (por qualificar a política/ideologia e todo o Conhecimento), QUADRINHOS (por misturar cinema, fotografia, desenho), etc.
13
Artes do OLFATO (1)
Perfumaria, etc.
14
Artes do PALADAR (4)
Comidas, bebidas, pastas, temperos, etc.
18
Artes do TATO (11), sentido central.
Arquiengenharia, cinema, teatro, esculturação (inclusive ourivesaria; os piercings entram aqui – não há porque não apelar aos outros sentidos, além da visão), decoração, COSTURA (para o corpo feminino, todo tipo de roupa, chapéu, sapatos, etc., numa nova visão da mulher 4D), paisagismo/jardinagem (TOPIARIA), urbanismo, tapeçaria (inclusive macramé), PROPAGANDA (veja que eles não usam a totalidade dos sentidos, mas poderiam fazê-lo, com grande proveito), TESSITURA (não há porque não apelar aos outros sentidos, inclusive olfato com perfumes), etc.
29

O que temos, afinal de contas?

Bem pouco.

Até ter despertado para esta ideia através do livro, pouco mais que os demais eu pedia, um tantinho de toda a riqueza a produzir.

De fato, a geografia é bem pobre.

Vitória, sábado, 15 de julho de 2017.

GAVA.

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