Lobatos Sem Água
Na Terra há água,
mas nos outros planetas não.
Os Lobatos podem se
formar em qualquer condição. No caso de haver água ela transitará no grande
canal, no caso de não haver é o pó que estará circulando para lá e para cá; ou
metano, hidrogênio líquido ou o que for.
Leia neste Livro 91 Todas os Tipos de Formações de Placas
para ver as condições de composição. Se um meteorito cair, seja ele
supergrande, grande ou pequeno seguramente empurrará um cráton para um lado ou
para o outro, nas direções-sentido da Rosa dos Ventos. A partir daí a crosta se
movimentará, segundo as repartições, até se assentar nalguma posição
definitiva, quando não houver mais calor interior na termomecânica planetária,
aquele que é contido pela irradiação de calor do Sol, na Terra estabelecendo
empate termométrico 90 metros para baixo (mais baixo que isso o calor do Sol
não vai; mas isso garante que o calor irradiante das radiações do interior da
Terra não vaze todo para fora, o que acabaria por tornar o planeta gelado – é
preciso ver quanto Marte já esfriou).
Então, com toda
certeza Mercúrio e Vênus por receberem muito mais calor que a Terra (dado que
estão muito mais perto do Sol), devem ter equilíbrios muito mais profundos que
o nosso; nosso planeta é um caso médio; Marte é o mais desfavorecido, de forma
que dele mais calor interior foi gasto, calor daquele estoque primordial e
daquele que foi sendo gerado, e há menos calor nas camadas de cima, rumo à
crosta, de modo que suas placas movimentam-se bem menos. E lá não há água; porisso
os Lobatos de lá estão cobertos com pó, com areia, com gelo de C02
ou o que for.
Já nas luas
jupiterianas ou saturnianas ou uranianas ou netunianas (se existem tais
topônimos; em todo caso, de Júpiter, de Saturno, de Urano e de Netuno, e até de
Plutão, Caronte) pode ser que hajam placas de metano ou de água ou de gás
carbônico montando umas sobre as outras; ali os Lobatos serão distintos. E nos
planetas gigantes, onde hidrogênio líquido se move sobre hidrogênio sólido,
teremos Lobatos em que o hidrogênio líquido vagueia para lá e para cá nos
grandes canais de hidrogênio, sólido nas bordas – sei lá, que os planetólogos
digam.
Enfim, os Lobatos
estão em toda parte, eles são universais e vieram para ficar. Até em
tempestades poderemos desenhá-los. Por exemplo, a Grande Mancha de Júpiter, uma
tempestade que dura já séculos, pode definir nas margens algum Lobato gasoso.
Não é nada exagerado pensar assim, é a lógica.
Vitória,
sexta-feira, 20 de agosto de 2004.
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