sábado, 15 de julho de 2017


Lobatos Sem Água

 

                            Na Terra há água, mas nos outros planetas não.

                            Os Lobatos podem se formar em qualquer condição. No caso de haver água ela transitará no grande canal, no caso de não haver é o pó que estará circulando para lá e para cá; ou metano, hidrogênio líquido ou o que for.

                            Leia neste Livro 91 Todas os Tipos de Formações de Placas para ver as condições de composição. Se um meteorito cair, seja ele supergrande, grande ou pequeno seguramente empurrará um cráton para um lado ou para o outro, nas direções-sentido da Rosa dos Ventos. A partir daí a crosta se movimentará, segundo as repartições, até se assentar nalguma posição definitiva, quando não houver mais calor interior na termomecânica planetária, aquele que é contido pela irradiação de calor do Sol, na Terra estabelecendo empate termométrico 90 metros para baixo (mais baixo que isso o calor do Sol não vai; mas isso garante que o calor irradiante das radiações do interior da Terra não vaze todo para fora, o que acabaria por tornar o planeta gelado – é preciso ver quanto Marte já esfriou).

                            Então, com toda certeza Mercúrio e Vênus por receberem muito mais calor que a Terra (dado que estão muito mais perto do Sol), devem ter equilíbrios muito mais profundos que o nosso; nosso planeta é um caso médio; Marte é o mais desfavorecido, de forma que dele mais calor interior foi gasto, calor daquele estoque primordial e daquele que foi sendo gerado, e há menos calor nas camadas de cima, rumo à crosta, de modo que suas placas movimentam-se bem menos. E lá não há água; porisso os Lobatos de lá estão cobertos com pó, com areia, com gelo de C02 ou o que for.

                            Já nas luas jupiterianas ou saturnianas ou uranianas ou netunianas (se existem tais topônimos; em todo caso, de Júpiter, de Saturno, de Urano e de Netuno, e até de Plutão, Caronte) pode ser que hajam placas de metano ou de água ou de gás carbônico montando umas sobre as outras; ali os Lobatos serão distintos. E nos planetas gigantes, onde hidrogênio líquido se move sobre hidrogênio sólido, teremos Lobatos em que o hidrogênio líquido vagueia para lá e para cá nos grandes canais de hidrogênio, sólido nas bordas – sei lá, que os planetólogos digam.

                            Enfim, os Lobatos estão em toda parte, eles são universais e vieram para ficar. Até em tempestades poderemos desenhá-los. Por exemplo, a Grande Mancha de Júpiter, uma tempestade que dura já séculos, pode definir nas margens algum Lobato gasoso. Não é nada exagerado pensar assim, é a lógica.

                            Vitória, sexta-feira, 20 de agosto de 2004.

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