segunda-feira, 17 de julho de 2017


LE, Lobato da Europa

 

                            De início ficou difícil identificar, porque os elementos componentes não estavam facilmente visíveis, exceto o arco de montanhas, que se apresenta logo de frente para quem como nós vê do sul para o norte: são as cadeias dos Alpes, dos Apeninos e outros, formando um arco de oeste a leste, de Portugal e Espanha até os lados da Turquia.

                            Porém, onde estava o Lobato, o grande canal?

                            Em primeiro lugar seria preciso identificar o cráton, a cadeia primitiva de montanhas, as protomontanhas que estavam acima do nível do mar desde o início. Como o arco é evidente e o canal está presumivelmente no meio, é lógico que o cráton está atrás. Então, olhando bem pude vê-lo lá distante, depois das planícies: o Planalto da Rússia Central. Não é o Planalto Putorana, que já fica na Sibéria e é cráton de outra placa, a que define o LEU, Lobato da Eurásia. É que de início fiquei imaginando estar a placa européia vindo do norte para o sul, mas ela vem do leste-norte ou nordeste para oeste-sul, sudoeste, como a placa da América do Sul.

                            Agora já podemos identificar várias coisas.

                            IDENTIFIC/AÇÃO (ato permanente de identificar)

1.       Arco de montanhas: vai do extremo leste até acima do Iraque, precisamente até o Irã, quer dizer, da Sierra de Gata, na Espanha, até os Montes Zagros, no Irã, passando pela Anatólia;

2.       O Lobato mediador incorpora as terras “baixas” e os mares e lagos, da direita para a esquerda:

·       Mar Cáspio (fechado);

·       Mar Negro (quase fechado);

·       Mar do Norte (aberto);

·       Mar Báltico (meio-aberto);

·       Vários lagos intermediários, que estão desaparecendo;

3.      O cráton é o Planalto da Rússia Central, vários milhares de quilômetros além.

Como você já sabe, o Mediterrâneo é de outra placa, que está sendo montada pelas duas, a placa européia e a placa africana.

E é como sempre: gás no alto das montanhas, petróleo no Lobato, em quantidade insuspeitadamente grande.

Vitória, domingo, 29 de agosto de 2004.

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