LE, Lobato da Europa
De início ficou
difícil identificar, porque os elementos componentes não estavam facilmente
visíveis, exceto o arco de montanhas, que se apresenta logo de frente para quem
como nós vê do sul para o norte: são as cadeias dos Alpes, dos Apeninos e
outros, formando um arco de oeste a leste, de Portugal e Espanha até os lados
da Turquia.
Porém, onde estava o
Lobato, o grande canal?
Em primeiro lugar
seria preciso identificar o cráton, a cadeia primitiva de montanhas, as
protomontanhas que estavam acima do nível do mar desde o início. Como o arco é
evidente e o canal está presumivelmente no meio, é lógico que o cráton está
atrás. Então, olhando bem pude vê-lo lá distante, depois das planícies: o
Planalto da Rússia Central. Não é o Planalto Putorana, que já fica na Sibéria e
é cráton de outra placa, a que define o LEU, Lobato da Eurásia. É que de início
fiquei imaginando estar a placa européia vindo do norte para o sul, mas ela vem
do leste-norte ou nordeste para oeste-sul, sudoeste, como a placa da América do
Sul.
Agora já podemos
identificar várias coisas.
IDENTIFIC/AÇÃO (ato permanente de identificar)
1. Arco de montanhas: vai do extremo
leste até acima do Iraque, precisamente até o Irã, quer dizer, da Sierra de
Gata, na Espanha, até os Montes Zagros, no Irã, passando pela Anatólia;
2. O Lobato mediador incorpora as terras
“baixas” e os mares e lagos, da direita para a esquerda:
·
Mar
Cáspio (fechado);
·
Mar
Negro (quase fechado);
·
Mar
do Norte (aberto);
·
Mar
Báltico (meio-aberto);
·
Vários
lagos intermediários, que estão desaparecendo;
3. O cráton é o Planalto da Rússia
Central, vários milhares de quilômetros além.
Como você já sabe, o Mediterrâneo é de
outra placa, que está sendo montada pelas duas, a placa européia e a placa
africana.
E é como sempre: gás no alto das
montanhas, petróleo no Lobato, em quantidade insuspeitadamente grande.
Vitória, domingo, 29 de agosto de
2004.
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