Hiperealismo de ASC
Ao configurar ASC
para publicação, dentro da linha do modelo, seria conveniente fazê-lo em PAL/I
(palavras/imagens), quer dizer, cada vez que houver uma cena destoando da
realidade como apontada até então mostrar a figura correlata.
Digamos, quando
Adão, serpente-do-paraíso, decide montar os cavalos; como tem pernas curtinhas
não pode fazê-lo, optando então por passar a corpo sapiens remodelado, o que o
faz perder milhares de anos de vida e atrapalhar novamente os planos de Deus.
Agora, o modelo diz
que no futuro vai haver uma Língua pal/i completa, diferente de tudo que
fazemos agora, até por falta de recursos, pois não podemos ir mostrando imagens
à medida que falamos. No futuro, sim, será possível, pois os seres-novos
operarão de modo diferente. Em ASC teremos um precursor, um antecipador. Em vez
de colocar em quadros, do lado ou acima ou abaixo, em todo caso separado, as
imagens estarão como que fundidas às palavras, acontecendo em simultâneo com as
descrições. Se falamos de Adão saindo do planeta Paraíso na Grande Nave imagens
dele e de Eva sucederão, pequenas que sejam, encadeadas, seguindo-se umas às
outras ao longo do texto, pequenas imagens cujo objetivo não é de modo algum
tolher o pensamento que pode e deve disparar em todas as direções e sentidos e
sim abreviar o avanço do leitor, no sentido de emparelhar imediatamente com o
que foi pensado pelo autor, fazendo os dois comungarem minimamente.
Para tal é
fundamental fazermos desenhos hiper-realistas, tipo bico-de-pena com pontos, de
modo a conseguir os efeitos de distanciamento em relação ao mundo real, que os
desenhos permitem, ao mesmo tempo preservando a presença que o HR possibilita.
Volto a frisar que
de modo algum os desenhos devem ser postos de parte, como se a pessoa devesse
parar de ler para ver; é o contrário, ler e ver devem ser sentidos com o tempo
como sendo a mesma coisa – a visão lateral cuidará da integração.
Vitória,
quarta-feira, 11 de agosto de 2004.
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