domingo, 16 de julho de 2017


Grandes e Pequenas Bolas de Gelo

 

                            Se houver uma queda qualquer (pequena a hipergrande, mas nunca dos micros) de meteorito, logo depois começa uma oscilação, como vimos no texto anterior deste Livro 92, Bola de Gelo e Bola de Fogo. A questão é que quando tudo já está quase pacificado, de 26 em 26 milhões de anos cai um meteorito e balança fortemente a crosta; a introdução de calor anteriormente ausente da equação faz o subsolo ferver, a crosta rebentar, explodirem vulcões que juntam ainda mais poeira e água à atmosfera, o Sol ser ocultado, a Terra congelar e logo em seguida vir a Bola de Fogo e ficar assim oscilando até o nervosismo passar, como numa pessoa que está irada.

                            Então, tal como para os meteoritos, temos HIPERBOLAS, SUPERBOLAS, BOLAS GRANDES e BOLAS PEQUENAS. Grandes meteoritos levam a grandes bolas de gelo e a grandes bolas de fogo; supermeteoritos promovem o aparecimento de superbolas, tanto de gelo quando de fogo. Na realidade, então, a Terra é uma onda como outra qualquer; é uma bola que oscila tremendamente entre extremos de frio e de calor. Os seres sobre ela são apenas acidentais, não contam realmente para as grandes equações geológicas e a estabilidade térmica, que não vem sendo estudada a contento.

                            Como tivemos um grande meteorito em G-65, a oscilação que então aconteceu começou com uma Bola de Gelo, BG-65, havendo logo em seguida uma Bola de Fogo, BF-65, as duas em conjunto fazendo uma (BG+BF) -65 que se propagou nos milhões de anos a seguir, nas várias glaciações, das quais a última terminou há apenas 11 mil anos. Estamos num período interglacial, porque as oscilações não terminam nunca, já que daqui a 13 milhões de anos cairá outro meteorito, embora pequeno. Jamais pára, continua sempre; apenas amortece. A Vida prossegue nesses amortecimentos. É como se a Bola de Gelo inflasse e esvaziasse, enchendo então a Bola de Fogo, esvaziando, e assim por diante, indefinidamente. Esse ritmo GEOLÓGICO nada tem a ver com os outros ritmos, por exemplo, o paleontológico, o antropológico, o arqueológico, o geo-histórico, todos muito mais curtos. São tempos MUITO DIFERENTES, que não se tocam, que não interferem com suas modelações, suas construções próprias. Embora as elaborações mais vastas contaminem as mais curtas, o contrário não é verdadeiro. Foi pura presunção humana achar que interferimos na modelação geológica.

                            O velho orgulho, pura bobeira.

                            Vitória, quinta-feira, 26 de agosto de 2004.

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