Filmando em
Profundidade os Preconceitos
Dois filmes.
PRECONCEITO DE COR
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Cidades e países onde os
literalmente de cor (azul, vermelha, amarela, etc.) são discriminados. Num
país são os amarelos, enquanto noutros os verdes e assim por diante, de modo
que cada gente acha motivo para desconfiar das outras cores. Argumentos
intensos, vida comum, tudo transcorrendo como num filme trivial com enredo,
só que as pessoas justificarão seus preconceitos, achando sua suposta
racionalidade, que soará propositalmente esdrúxula ou esquisita ou desfocada aos
espectadores. Claro que serão os mesmos que temos, só que em vez de negros e
índios, esses de cor. Com a modelação computacional é possível tornar a pele
das pessoas de qualquer cor. Amarelos serão os negros, os brancos, os índios,
os orientais e do mesmo modo os de outras cores. Nas universidades acharão
motivos que sustentam serem as cores perigosas. Professores discursarão sobre
as razões históricas da desconfiança.
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PESSOAL
SEM PROFUNDIDADE
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Crianças são separadas, os parentes
vendo com horror a mistura delas, como se fosse uma praga. Pessoas estreitas,
mas com certa profundidade, evitando as pessoas sem profundidade, mas com
certa largura de vida, como ricos e pobres. Certo contestador discute com o
pai e a mãe dizendo que se todos se juntassem poderiam ser ao mesmo tempo
largos e profundos, mas é levado ao psiquiatra, que o entope de remédios. A
moça sonha como seria a vida de filhos largo-profundos e sai de casa,
encontrando o tal contestador. Segue-se a perseguição, os dois são presos e
“reeducados” para seguirem suas vidas; ela, com certeza, está grávida e foge
novamente, passando a viver no gueto dos largo-profundos, pois outros já
trilharam a mesma senda. Seguem-se debates entre os largo-profundos e eles
migram para constituir uma nova socioeconomia em terras distantes. Mas esses
que foram, tendo construído uma S/E próspera e desenvolvida, depois também se
tornam opressores dos altos e dos baixos, os quais igualmente têm combatido a
união heterodoxa produtora de médios alto-baixos. Alto-baixos e
largo-profundos se aproximam e sonham com o futuro, etc.
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Em resumo, é o preconceito que deve
ser estudado em profundidade, em todo o mundo, pois não se pode tolerá-lo.
Vitória, sábado, 04 de setembro de
2004.
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