quarta-feira, 19 de julho de 2017


Filmando Conan

 

                            Conan, o Bárbaro, personagem criado por Robert E. Howard em algum ponto da primeira metade do século XX foi filmado em longas metragens, creio que três vezes, existindo sobre ele várias séries de revistas, coloridas ou não, com muitos desenhistas e roteiristas – vários se interessaram pelo personagem, que é brutal devido a sua época e natureza e ao nascimento e condições de crescimento, mas que comporta alguns gestos grandiosos. O fato é que prosperou e as revistas que tenho da segunda edição (da primeira dei todas) chegam às duas centenas. Devem estar em várias centenas agora.

                            Como as temporadas americanas são de 40 episódios a cada ano, pode ser que já existam revistas a filmar por 10 anos seguidos. Devido ao fabuloso da Era Hiperbórea, em que ele vive em ficção, o que é mágico e fantástico intervém inúmeras vezes, com muitas figuras plásticas ou fluídas, com os novos métodos de modelação computacional ou computação gráfica podendo-se prover a criação de ótimas imagens. A criançada e muitos adultos agradeceriam, inclusive eu, poder ter essa chance de deleite, começando com algum filme-piloto bem bolado, bem coerente, mas longe daquele Arnold S. tão exagerado em músculos. Músculos sim, claro, pois do personagem é dito tratar-se de um “gigante cimério”; então de preferência alguém com dois metros ou mais, porém sem frisar demais a musculação (isso foi uma das coisas que ficaram no inconsciente coletivo recente, sobrelevando os supertreinamentos imitativos nas academias de ginástica). Seriam dez anos de diversão garantida, se planejado com cuidado, começando tranqüilamente sem grande espalhafato. Ademais, com a própria criação viriam novas adesões e mais alento seria impresso ao projeto.

                            Não é nada de intelectual, é para ajudar as pessoas a relaxarem, a gozarem a vida, a se livrarem das preocupações, a esvaziarem a mente de todo e qualquer impulso para superpensar e supertrabalhar.

                            Ajuda simples e sem pretensão.

                            Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

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