Escola de Caça e a
Políticadministração como EC
Depois que vi as
atividades dos meninos como preparação para a caçada de outrora, em quase tudo
que é masculino passei a ver essa incubação racional DOS HOMENS (machos e
pseudofêmeas) caçadores do Modelo da Caverna.
Por exemplo, há em
Jardim da Penha, como em vários locais do país, que copiou os EUA e o mundo, as
tais Lan (Local Area Network, Área Local de Rede, não sei traduzir direito)
House, quer dizer, Casa LAN, que não passa de uma escola de caça disfarçada,
onde os meninos vão aprender a preparar-se para investigar a presa e
capturá-la. Não existe mais a caça antiga, para a qual os jovens pretendentes
eram treinados pelos maduros e os velhos guerreiros, mas há agora as novas
versões, muito mais variadas e dinâmicas. São as ESCOLAS DOS CAÇADORES
VIRTUAIS, dissimuladas como eventos cibernético-eletrônicos.
Por outro lado, para
adultos há outro sistema, que é duplo: 1) política no Estado; 2) administração
nas empresas. A política, digamos, está representada simbolicamente pelo Toni
Ramos na novela da Globo, Cabocla,
onde ele interpreta o coronel Bonerges (do PCB, partido do Coronel Bonerges),
gesticulando muito e se enfurecendo, liderando seu grupo de caça em
predação-racional, pois não visa bicho ou animal e sim gente, embora sem
estripar, sem dilacerar fisicamente. Mas tudo se passa como se fossem tomar o
campo do inimigo, preparando armadilhas. Claro que as coisas não podem ser
reduzidas, sob pena de se perder a totalidade, que é o que dá graça; mas a
contração cuidadosa nos permite a indução verdadeira que tem enorme
significado, porque aponta transientes, os moldes que transitam entre um e
outro tipo de expressão, dos mais baixos aos mais altos. Os tecnocientistas vem
usando classicamente esse tipo de redução proporcional.
Resulta disso que a
política é formestrutura substitutiva de caça, é predação também, predação
política. E será melhor prateoria se for tratada como caça, com um grupo
cercando pela direita, outro pela esquerda, outro atacando pelo centro e todos
se preparando antecipadamente com grande apuro. É uma guerra, como outra
qualquer, só que em geral não há mortos e feridos. Nem sempre, pelo menos. Ou,
não sempre pelo menos nos países civilizados.
Vitória, domingo, 29
de agosto de 2004.
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