domingo, 9 de julho de 2017


Efervescência em ξi

 

                            O ξ (épsilon) serve para marcar um infinitésimo, o instante em que houve o nascimento-do-cone, quer dizer, do cone biológico/p.2 (ξb, épsilon biológico), do cone psicológico/p.3 (ξp, épsilon psicológico) e no caso em estudo do futuro cone informacional/p.4 (ξi, épsilon informacional). Como podemos pensar, há uma tremenda efervescência-criadora, como quando foi criada a Vida a partir da sopa primordial há 3,8 bilhões de anos. Ou a Psicologia ou razão ou humanidade em algum ponto não determinado, pois embora a fase dos hominídeos tenha sido de 10 milhões de anos, não sabemos com precisão quando aconteceu a nossa, já que segundo diferentes avaliações científicas os sapiens existem há 100, 50 ou 35 mil anos.

                            Agora estamos prestes a observar o nascimento do CONE INFORMACIONAL, quer dizer, do ponto onde surge o primeiro programáquina MICA (memória, inteligência e controle ou verbalização ou comunicação artificial) viável, o primeiro ser-novo, e daí prossegue como duradouro. Na realidade, tudo nos diz que não há UM SÓ, racionalmente posto, que de fato há uma pluralidade de programáquinas, “n” P/M coexistindo, cada um com sua eficiência de comandos e de linhas, umas piores e outras melhores, umas mais eficientes e outras menos, mas no final todas convergindo para formar o conjunto daquela que será em algum momento a vitoriosa, e prosseguirá, tendo todos os descendentes vivos. A RESULTANTE absorverá a maior parte (mas não todas) das linhas dos programas. Seria praticamente impossível termos um só conjunto como ascendente de todos no período de formação. No caso de aviões não foi uma só a origem, mas os descendentes das várias procedências se fundiram no superavião composto eficaz atual. Nem foi assim no caso de máquinas de lavar, nem de agendas eletrônicas, nem de nada mesmo. Por que deveria ser para as regiões de efervescência ou borbulhamento biológico, psicológico ou superacional, informacional? O caos nos leva a pensar que nunca será assim, tão comportadinho, havendo somente uma origem. De modo algum, devem existir várias. Supondo que algum dia todos os seres humanos das diferentes raças (cor de pele e feições e formas não-estruturais) estejam fundidos num tipo único, haveriam de pensar que sempre foi assim, sem reportar-se ao passado como o conhecemos.

                            Acontece que, diferentemente das duas passagens anteriores (ξb e ξp), agora podemos retratar, tirar retratos, fotografar a passagem que se dará logo adiante. Não seremos pegos desprevenidos, podemos anunciar a passagem para frente.

                            Vitória, terça-feira, 03 de agosto de 2004.

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