domingo, 16 de julho de 2017


Dificuldade de Escrever

 

                            Alguns amigos me dizem que escrevo muito. Deve ser verdade, dado que encerrei o Livro 91 (média em torno de 50, porque os primeiros não ficaram exatamente com cinco dezenas) isso dá 4.550 textos, mais de 4,55 mil páginas. Ah! Mas isso não é assim fácil, é meditado.

                            O PROCESSO DE CRIAÇÃO

1.       Pensar cada título (existem milhares que não pude ainda tratar; eles acumulam mais depressa do que consigo passá-los ao papel);

2.       Escolher um e se dispor a ficar uns 40 minutos pensando-e-escrevendo, pois não dá tempo de fazer rascunho;

3.      Procurar na memória, em enciclopédias, em livros, na Internet dados de apoio;

4.      Encadear a lógica de sustentação, pois do lado-leitor existe o Conhecimento (mágicos-artistas, teólogos-religiosos, filósofos-ideólogos, cientistas-técnicos e matemáticos) que não dá folga, que está esperando qualquer falhazinha para, como diz o povo, “cair matando”, aleijar mesmo, destroçar (e isso nem são os amigos, desde já impiedosos);

5.      Reler para salvar das falhas mais corriqueiras;

6.      Tensão pré-publicação (outra leitura);

7.       Leitura por encomenda, por gente competente de cada setor (que a editora fará realizar – para isso devemos estar PREVIAMENTE preparados, desde a primeira intenção de escrever);

8.      Pensar continuamente depois se não se cometeu alguma “rata” gigantesca que nos envergonhasse;

9.      Contar com auto simplificação ilimitada, que não nos faça ultrapassar nenhum sinal;

10.   E assim por diante.

Enfim, não é fácil. Devemos ter uma completa identidade com fazer a coisa certa para nos atrevermos - num mundo tão complexo - a escrever, ainda mais quando sobre tantos assuntos diversos. Sim, escrevo muito, porém não é nem de longe fácil.

Vitória, segunda-feira, 23 de agosto de 2004.

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