Dificuldade de
Escrever
Alguns amigos me
dizem que escrevo muito. Deve ser verdade, dado que encerrei o Livro 91 (média
em torno de 50, porque os primeiros não ficaram exatamente com cinco dezenas) isso
dá 4.550 textos, mais de 4,55 mil páginas. Ah! Mas isso não é assim fácil, é
meditado.
O PROCESSO DE CRIAÇÃO
1. Pensar cada título (existem milhares
que não pude ainda tratar; eles acumulam mais depressa do que consigo passá-los
ao papel);
2. Escolher um e se dispor a ficar uns 40
minutos pensando-e-escrevendo, pois não dá tempo de fazer rascunho;
3. Procurar na memória, em enciclopédias,
em livros, na Internet dados de apoio;
4. Encadear a lógica de sustentação, pois
do lado-leitor existe o Conhecimento (mágicos-artistas, teólogos-religiosos,
filósofos-ideólogos, cientistas-técnicos e matemáticos) que não dá folga, que
está esperando qualquer falhazinha para, como diz o povo, “cair matando”,
aleijar mesmo, destroçar (e isso nem são os amigos, desde já impiedosos);
5. Reler para salvar das falhas mais
corriqueiras;
6. Tensão pré-publicação (outra leitura);
7. Leitura por encomenda, por gente
competente de cada setor (que a editora fará realizar – para isso devemos estar
PREVIAMENTE preparados, desde a primeira intenção de escrever);
8. Pensar continuamente depois se não se cometeu
alguma “rata” gigantesca que nos envergonhasse;
9. Contar com auto simplificação
ilimitada, que não nos faça ultrapassar nenhum sinal;
10. E assim por diante.
Enfim, não é fácil. Devemos ter uma
completa identidade com fazer a coisa certa para nos atrevermos - num mundo tão
complexo - a escrever, ainda mais quando sobre tantos assuntos diversos. Sim,
escrevo muito, porém não é nem de longe fácil.
Vitória, segunda-feira, 23 de agosto
de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário